Apesar da crise global, que castigou o mercado aeronáutico, a Embraer entregou 244 aviões aos seus clientes no ano passado. É um recorde e representa alta de quase 20% sobre as 204 unidades de 2008.
Também está acima da meta de 242 aeronaves projetada pela companhia. O volume de vendas é maior, mas a composição da carteira piorou de um ano para outro com a entrada de mais jatos executivos, de menor valor.
Quando se leva em conta somente os aviões comerciais, os resultados apontam uma queda de 24,7%, para 122 unidades entregues em 2009. No ano passado, a Embraer também repassou sete modelos para clientes de defesa e governo, um a mais que em 2008. Na aviação executiva, o número de aeronaves entregues cresceu expressivamente, saindo de 36 em 2008 para 115 unidades em 2009, um salto de 220%. Mas a primeira entrega dos jatos Phenom 100 (foto acima) ocorreu no final de 2008.
A Embraer também anunciou que sua carteira de pedidos firmes somava, em 31 de dezembro de 2009, US$ 16,6 bilhões. Trata-se de uma queda de 20,57% sobre os US$ 20,9 bilhões de um ano antes.
O vice-presidente de Aviação Executiva da companhia, Luis Carlos Affonso, disse, em dezembro passado, que as entregas de aviões executivos em 2010 devem superar as de 2009, com a chegada do Phenom 300, cuja produção começa neste início de ano, e do Legacy 650, que deve ficar pronto no terceiro trimestre. No mundo, porém, o mercado executivo continuará com problemas.
O presidente da fabricante de aeronaves, Frederico Fleury Curado, também reiterou na ocasião que 2010 seria um ano "tão ou mais difícil que 2009", com previsão de queda de receita. Quando divulgou o balanço do terceiro trimestre, em 30 de outubro, a Embraer informou que sua receita líquida em 2010 ficaria 10% inferior à apurada em 2009, estimada em US$ 5,5 bilhões, considerando o padrão contábil americano US Gaap.
Apesar da crise, a Embraer prevê manter o patamar investido em 2009, de US$ 350 milhões. Neste ano, a representatividade dos aviões comerciais deve se manter em torno de 60% da receita. A aviação executiva deve ficar entre 15% e 20%, enquanto defesa e serviços complementa o resto.
Curado disse que não espera uma nova onda de cancelamentos em 2010, ano em que o excesso de estoques deve ser absorvido. Mas novas vendas e contratos devem ocorrer só em 2011.
Na semana passada, o banco JP Morgan baixou de "neutra" para "abaixo da performance do mercado" a classificação para os papéis da fabricante de aeronaves.
Embora julgue que a Embraer voltará a ser atrativa no futuro, o JP Morgan observou, em relatório, que as ações da empresa subiram muito no passado recente e sua performance pode ser afetada pelo acirramento da competição. O banco também citou pressões sobre as margens da Embraer, em parte pela apreciação do real sobre o dólar, que eleva os custos.
Fontes: Agência Estado/iG via Blog Notícias sobre Aviação
Também está acima da meta de 242 aeronaves projetada pela companhia. O volume de vendas é maior, mas a composição da carteira piorou de um ano para outro com a entrada de mais jatos executivos, de menor valor.
Quando se leva em conta somente os aviões comerciais, os resultados apontam uma queda de 24,7%, para 122 unidades entregues em 2009. No ano passado, a Embraer também repassou sete modelos para clientes de defesa e governo, um a mais que em 2008. Na aviação executiva, o número de aeronaves entregues cresceu expressivamente, saindo de 36 em 2008 para 115 unidades em 2009, um salto de 220%. Mas a primeira entrega dos jatos Phenom 100 (foto acima) ocorreu no final de 2008.
A Embraer também anunciou que sua carteira de pedidos firmes somava, em 31 de dezembro de 2009, US$ 16,6 bilhões. Trata-se de uma queda de 20,57% sobre os US$ 20,9 bilhões de um ano antes.
O vice-presidente de Aviação Executiva da companhia, Luis Carlos Affonso, disse, em dezembro passado, que as entregas de aviões executivos em 2010 devem superar as de 2009, com a chegada do Phenom 300, cuja produção começa neste início de ano, e do Legacy 650, que deve ficar pronto no terceiro trimestre. No mundo, porém, o mercado executivo continuará com problemas.
O presidente da fabricante de aeronaves, Frederico Fleury Curado, também reiterou na ocasião que 2010 seria um ano "tão ou mais difícil que 2009", com previsão de queda de receita. Quando divulgou o balanço do terceiro trimestre, em 30 de outubro, a Embraer informou que sua receita líquida em 2010 ficaria 10% inferior à apurada em 2009, estimada em US$ 5,5 bilhões, considerando o padrão contábil americano US Gaap.
Apesar da crise, a Embraer prevê manter o patamar investido em 2009, de US$ 350 milhões. Neste ano, a representatividade dos aviões comerciais deve se manter em torno de 60% da receita. A aviação executiva deve ficar entre 15% e 20%, enquanto defesa e serviços complementa o resto.
Curado disse que não espera uma nova onda de cancelamentos em 2010, ano em que o excesso de estoques deve ser absorvido. Mas novas vendas e contratos devem ocorrer só em 2011.
Na semana passada, o banco JP Morgan baixou de "neutra" para "abaixo da performance do mercado" a classificação para os papéis da fabricante de aeronaves.
Embora julgue que a Embraer voltará a ser atrativa no futuro, o JP Morgan observou, em relatório, que as ações da empresa subiram muito no passado recente e sua performance pode ser afetada pelo acirramento da competição. O banco também citou pressões sobre as margens da Embraer, em parte pela apreciação do real sobre o dólar, que eleva os custos.
Fontes: Agência Estado/iG via Blog Notícias sobre Aviação
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