Tanto a Britsh Airways quanto o aeroporto de Heathrow, em Londres, dependem muito do novo terminal 5, que será inaugurado em 27 de março de 2008.
O aeroporto, um dos mais movimentados do mundo, vem operando acima de sua capacidade teórica há anos. E os viajantes, irritados com as longas filas causadas pelas verificações de segurança, pelos atrasos nos vôos e pelos problemas com bagagens, têm optado cada vez mais por aeroportos regionais menores, como Stansted e Luton, e por linhas aéreas de baixo preço. Porque Heathrow serve como ponto central de operação para a British Airways, a companhia vem sendo a mais prejudicada pelas deficiências do aeroporto.
O terminal 5 não só deve aliviar muitos desses problemas como é um projeto limpo e arejado, com atrações como lojas sofisticadas - Prada e Tiffany's, por exemplo - e um restaurante dirigido por um cozinheiro estrelado pelo guia Michelin, e isso deve ajudar a atrair passageiros.
"Queremos recuperar parte do glamour das viagens aéreas, com a combinação de lojas e a arquitetura do terminal", disse Nick Ziebland, diretor de comércio do terminal 5 na BAA, a empresa que opera os maiores aeroportos britânicos, uma subsidiária da construtora espanhola Ferrovial.
Em uma visita ao terminal, a maior parte das obras pesadas já parece concluída, e os operários agora estão concentrados na instalação das lojas e restaurantes.
Inicialmente construído para atender a um máximo de 45 milhões de passageiros ao ano, os quatro terminais atuais de Heathrow estão atendendo 70 milhões, número que a BAA espera aumentar. A operação em capacidade superior à máxima causa dificuldades, e os passageiros votaram em Heathrow como pior aeroporto do mundo em uma pesquisa conduzida pela TripAdvisor em 2006. No mais recente incidente, milhares de malas deixaram de chegar aos seus proprietários, em agosto, devido a um defeito em uma correia transportadora e a cancelamentos de vôos em função da neblina que recobria a cidade.
O terminal 5 foi projetado para atender 30 milhões de passageiros ao ano. As fachadas de vidro oferecem vistas distantes para o novo estádio de Wembley e o castelo de Windsor. Em seus corredores pavimentados de granito claro, o terminal projetado pelo arquiteto Richard Rodgers oferece contraste com os corredores sem janelas e acarpetados dos demais terminais do aeroporto.
A construção do terminal está orçada em US$ 8,7 bilhões, e ele terá 112 lojas, uma proporção por passageiro superior à dos demais terminais, e oferecerá mais cafés, bares e restaurantes sofisticados. Gordon Ramsey, chef de cozinha e astro de um reality show britânico, operará um restaurante que vai oferecer um cardápio especial para uma refeição com duração de 60 minutos.
O objetivo geral, de acordo com Ziebland, é criar uma atmosfera que faça com que os passageiros desejem chegar mais cedo ao aeroporto para comprar e comer. A fim de atingir esse objetivo, a BAA selecionou lojas que prometeram conceitos inovadores. A Harrods criará um mini shopping center e o estilista britânico Paul Smith abrirá uma loja decorada com suas recordações de viagens.
Quando o terminal 5 estiver em plena operação, a BAA planeja demolir o terminal 2, o mais precário de todos, no ano que vem, e construir um novo terminal chamado Heathrow East no local. Assim que o projeto estiver concluído, ela expandirá o terminal 3 e fechará o 1, deixando o aeroporto uma vez mais com quatro terminais.
Fonte: The New York Times
Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
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