O avião Tucano T-27 (similar ao da foto acima) da Esquadrilha da Fumaça que caiu durante apresentação na tarde desta sexta-feira em Lages (SC) provocou pânico no público que assistia às acrobacias. O desastre, porém, poderia ter feito mais vítimas, segundo a dona de casa Maria José Teixeira Ciofi, 63 anos, uma das testemunhas.Maria José, que estava com dois netos, disse que o avião não atingiu a plateia por muito pouco. "Passou perto. Ouvimos um barulho terrível e senti um calor muito forte depois que ele caiu", afirmou. "Sempre vou rezar para este piloto, pois acho que ele evitou que a tragédia fosse maior". Na opinião de Maria José, em seus últimos segundos de vida, o oficial teve a preocupação de afastar o avião do público.
A apresentação fazia parte das comemorações dos 68 anos do AeroLages (Aeroclube de Lages), um dos mais tradicionais do Estado, e era presenciada por cerca de 5 mil pessoas. A aeronave caiu entre a cabeceira da pista e uma rua secundária, a menos de 200 metros de onde estava o público.
O piloto da aeronave morreu no acidente, segundo o comando do Exército Brasileiro, que isolou o local e não divulgou o nome da vítima. Pilotos da Esquadrilha da Fumaça e integrantes da direção do Aeroclube foram proibidos de dar informações, segundo a Aeronáutica, por "questões técnicas".
Outro caso
O mesmo local do desastre desta sexta-feira foi palco de um dos maiores acidentes aéreos já registrados em Santa Catarina. Dois aviões do Aeroclube de Lages se chocaram no ar matando onze pessoas no dia 18 de maio de 1997. Na ocasião, uma mulher que estava em solo morreu de parada cardíaca logo após presenciar a colisão.
Fonte: Fabrício Escandiuzzi (Terra) - Foto: José Reynaldo da Fonseca (Wikipédia)
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