segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Investigadores e empresas criticam relatório de pilotos sobre o voo 447

Investigação 'paralela' culpa falhas nos tubos de Pitot pelo acidente.

Para BEA, Air France e Airbus, é 'cedo demais' para apontar culpados.


O BEA (escritório de investigações e análises), órgão do governo francês que investiga o acidente do voo 447 da Air France, criticou nesta segunda-feira (5) o relatório sobre o caso divulgado pelo sindicato de pilotos da Air France. A companhia aérea e a Airbus, fabricante do avião acidentado, também se somaram às críticas.

O acidente, ocorrido em 1º de junho em um voo entre o Rio de Janeiro e Paris, deixou 228 mortos.

De acordo com os investigadores e as duas empresas, é "cedo demais" para tentar entender as circunstâncias do acidente.

O relatório, antecipado na véspera pelo francês "Jornal du Dimanche", afirma que o acidente teria sido provocado por uma série de falhas, depois de terem sido subestimados defeitos das sondas Pitot, que medem a velocidade do avião.

O BEA afirma em um comunicado que os elementos disponíveis estão sendo estudados pelos melhores especialistas franceses e estrangeiros e que "a investigação avança, mas é particularmente difícil". E acrescentou que deve dibulgar um novo relatório sobre o caso antes do fim do ano.

A Air France disse que considera as hipóteses manifestadas por um responsável do pessoal de navegação técnico e por um piloto aposentado de outra companhia. Ele disse que está "cooperando" com a BEA e a gendarmeria.

A Airbus qualificou as declarações dos pilotos de "especulativas".

Fonte: AFP via G1

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