Protótipo do caça sueco da fabricante Saab
O presidente da fabricante de aviões caça sueca Saab, Ake Svensson, disse ontem em entrevista coletiva que ficaria surpreso se o governo brasileiro tomasse uma decisão de compra sem esperar o relatório que esta sendo preparado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O Brasil encomendou o orçamento de 36 caças à companhia escandinava, que concorre com a americana Boeing e a francesa Dassault, fabricante do Rafale. Há meses, o presidente Lula e outros integrantes da cúpula brasileira manifestam preferência por esse último.
No desfile de Sete de Setembro, em Brasília, acompanhado do presidente frances Nicolas Sarkozy, Lula declarou publicamente estar negociando a compra dos caças Rafale. Em julho, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria sido recebido em jantar luxuoso oferecido por dirigentes da Dassault no interior da França.
“Percebemos que sempre que há uma avaliação dessas (de compra) existe um elemento político”, disse Svensson.
Na última sexta-feira, a Saab apresentou em Brasília uma “oferta melhorada” para a venda de seus aviões, na qual incluiu a transferência de tecnologia, a produção conjunta de caças para exportação, provavelmente dentro da Embraer, e a possibilidade de comprar o cargueiro KC-390 e aviões de treino Super Tucano, ambos da Embraer. Os suecos também prometem oferecer 175% de compensações ao governo brasileiro em cima do valor do contrato.
A Boeing e a Dassault ainda não apresentaram suas ofertas finais.
O presidente Lula chega a Estocolmo hoje à noite para participar da Cupula Brasil-União Europeia, a ser realizada amanhã.
Fonte: Helena Carnieri (Gazeta do Povo) - Imagem: AFP
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