Infraero promete investir R$ 6,5 bilhões até 2014 mas Snea teme caos pela demora nas obras

Até 2014 a Infraero vai investir R$ 6,5 bilhões nos aeroportos do país. Deste total pelo menos R$ 5,3 bilhões são relativos aos localizados nas cidades sede da Copa do Mundo no Brasil. O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas alerta que as melhorias só acontecerão dentro de dois anos a até lá prevê problemas no atendimento aos passageiros.

O tema foi assunto de discussão durante reunião organizada pelo Conselho de Turismo da CNC no Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente do Snea, José Márcio Mollo, do diretor de engenharia da Infraero, Jaime Parreira e da diretoria do Conselho, tendo à frente Oswaldo Trigueiros e Heraldo Alves além de nome como Tasso Gadzanis, vice presidente da SPTuris.

O presidente do Snea, José Márcio Mollo se confessou preocupado com o crescimento na demanda dos passageiros. " Já temos problemas em diversos aeroportos como o de Brasília e até o momento nenhuma obra está sendo realizada ali. O mesmo acontece em outros aeroportos que já apresentam problemas no atendimento aos passageiros e as soluções da Infraero são para daqui a dois anos", alerta.

Na explanação o diretor de engenharia da Infraero confirmou que serão construídos Módulos Operacionais para atender aos 160 milhões de passageiros que devem circular pelos principais aeroportos no país dentro de quatro anos. Destacou então as obras que vem sendo planejadas como o terceiro terminal de passageiros em Guarulhos. "Fechamos um acordo com a Polícia Federal para duplicar a quantidade de guichês no atendimento aos passageiros que chegam nos voos internacionais", adiantou.

Já o diretor do Snea, Ronaldo Jenkes tomou como exemplo o aeroporto de Guarulhos que ocupa o 62 lugar entre os mais movimentados do mundo. "Poderiamos ocupar um lugar melhor se os espaços fossem melhor ocupados como acontece com outros aeroportos como o de Gatwick e lembro que dentro de quatro anos Guarulhos estará com um fluxo de 35 milhões de passageiros ao ano", destacou. Ele apresentou um estudo realizado pela Coppe e UFRJ sobre as perspectivas e soluções para os principais aeroportos do país.

Fonte: Mercado & Eventos