Subutilizado. Assim o ministro da Defesa, Nelson Jobim, definiu o Aeroporto Mário de Almeida Franco, no dia da inauguração da reforma e ampliação. Isso aconteceu há cerca de um ano, exatamente no dia 14 de julho, e até hoje a definição se encaixa perfeitamente ao aeroporto."Precisamos criar novas linhas para Uberaba. Por isso assumimos um compromisso e estamos criando formas de estimular a aviação regional, para conseguir fazer a utilização de toda a capacidade do aeroporto de Uberaba, considerando suas condições", disse o ministro, à época.
Porém, além de não criar novas linhas, Uberaba ainda perdeu voos. Segundo o superintendente do Aeroporto Mário de Almeida Franco, João Itacir, recentemente foi concretizada linha de Uberaba para São Paulo, através da empresa Air Minas, mas ainda não há data certa para o início das operações. "A informação que temos é que a empresa já está autorizada para iniciar os voos e a aeronave está em processo de homologação junto à Agência Nacional de Aviação Civil [Anac], porém, a data ainda não está definida de quando começa. A empresa afirmou que nos próximos dias o presidente da empresa vem a Uberaba para fazer este anúncio", diz Itacir.
"Uma de minhas metas é melhorar o número de disponibilidade de aeronave de maior porte para aumentar sensivelmente o número de passageiros. O que acontece hoje são problemas econômicos. Como Uberlândia está perto de Uberaba, as empresas sabem que os passageiros daqui vão embarcar lá e não perdem passageiros. Sabem que se for usar a estrutura de Uberaba terão mais custos, porque a decolagem demanda alto custo. Então ficam acomodadas. Isso só vai mudar quando houver concorrência", avalia Itacir.
Ele anuncia que hoje estará em Barueri, onde terá reunião no escritório da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. "Vou oferecer e mostrar a qualidade que temos em Uberaba e chamar a Azul para operar aqui. Como estão em um momento de expansão e têm interesse de operar no Triângulo Mineiro, vamos oferecer para que operem a partir de Uberaba. Se isso acontecer, será um incremento grande no número de passageiros. E será bom para nós, já que a Azul está iniciando agora com a ideia de redução de custos, o que acarretará preços menores das passagens. Nosso propósito é que surgissem voos vindos de Goiânia ou Cuiabá, partindo para São Paulo, porque é uma linha que não existe por aqui. Isso também vai estimular a concorrência e, quando perceberem que estão perdendo uma fatia do mercado, podem tornar-se mais competitivos", observa.
Segundo ele, além de estar em contato com a Azul, continua mantendo diálogo com outras empresas, como a Gol e a Tam. "Em paralelo trabalhamos com órgãos públicos, para passar as reivindicações das empresas aéreas", diz.
Fonte: Maria das Graças Salvador (Jornal de Uberaba)
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