sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Relatório de acidente de avião no Vale do Itajaí (SC) em 2020 é divulgado

Aeronave colidiu contra barranco após passar limites da pista.

(Foto: Divulgação/CENIPA)
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou o relatório final do acidente de avião no aeródromo Fazendo Aero Amil, em Brusque. O caso aconteceu no dia 19 de setembro de 2020. Ninguém se feriu.

A aeronave, um monomotor, decolou do aeroporto Comandante Antônio Amilton Beraldo, em Ponta Grossa (PR), com destino a Brusque. No entanto, durante o pouso, o avião ultrapassou a extremidade oposta da pista e colidiu contra um barranco.

Momento do impacto (Imagem: Reprodução)
As investigações, finalizadas no dia 3 de novembro, dão conta que “o piloto realizou uma rampa mais alta que a ideal”, conforme escreve o Cenipa no documento, o que acarretou em excesso de velocidade para pouso.

“Imagens de vídeo mostraram certa dificuldade do piloto em manter o controle da aeronave, após o segundo toque no solo e, ainda, que a aeronave apresentava alta velocidade nos momentos anteriores ao impacto contra o barranco, no final da pista”, escreve o Cenipa.

Avião prestes a pousar (Imagem: Reprodução)
O piloto nunca havia pousado em pistas com menos de 1 quilômetro utilizando esse modelo de aeronave, além de nunca ter pousado no aeródromo de Brusque.

A entidade escreveu ainda que, apesar da velocidade e da aproximação final alta, o piloto não considerou a possibilidade de arremeter. Além disso, o Cenipa disse que ele possuía pouca experiência de voo.

Conclusões

Por fim, foi concluído pelo Cenipa que a pouca experiência do piloto em situações similares, como pousar com vento de cauda em pista curta, prejudicou a capacidade dele em reconhecer uma situação de risco.

“Mesmo estando qualificado para a realização do voo, ocorreram julgamentos inadequados e tomadas de decisões equivocadas, revelando falhas no processo decisório”, finaliza a entidade no relatório.

O piloto estava com Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e habilitação de Avião Monomotor Terrestre (MNTE) válidos. A aeronave estava com Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) válido e dentro dos limites de peso e balanceamento.

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