A poodle Miluxa coleciona mais viagens que anos de vida. Já voou 12 vezes para Portugal - "conhece" Coimbra, Lisboa e Porto - e visitou a Espanha. Em cada entrada ou saída da Europa, o mesmo processo: Maria Inês Vaz, a dona da cadela, precisou apresentar uma pasta de documentos no balcão de check-in. Burocracia que está com os dias contados.
Graças a um decreto publicado pelo governo brasileiro no fim de março, a dupla poderá substituir, na próxima viagem, a papelada por um passaporte internacional feito sob medida para a mascote. O objetivo é tornar mais ágil o processo de embarque de cães e gatos brasileiros nos voos internacionais. O processo para solicitar a caderneta ainda vai ser definido.
O documento reunirá dados do animal, do dono e poderá ser apresentado na ida e na volta. Hoje, o atestado de saúde assinado por um veterinário, obrigatório, tem validade de dez dias. Se passar um período mais longo fora do Brasil, o dono tem de conseguir outro antes de regressar.
O passaporte, opcional, será expedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O órgão sugere também a implantação de microchips - já obrigatórios para entrar na União Europeia e no Japão - nos bichos que viajam com frequência, como forma de identificação eletrônica. A poodle Miluxa tem o seu. Do tamanho de um grão de arroz, é implantado em menos de 30 segundos. "Vejo como mais uma forma de fiscalização e segurança. Se eu perder a cadela, tenho como provar que ela é realmente minha", diz Maria Inês.
Cada empresa aérea faz suas normas para o transporte de cães e gatos. Algumas só aceitam levar os animais como carga, no compartimento de bagagem. Outras permitem que os pets sigam na cabine com o dono, dependendo de seu peso e tamanho - o limite costuma variar entre 6 e 10 quilos, incluindo a caixa onde o animal será acomodado.
Taxa. Todas as aéreas cobram taxas - o valor fica entre US$ 90 e US$ 180. E limitam o número de animais na cabine por voo: é recomendado fazer reserva com antecedência de 48 horas.
Se o animal for grande, não tem discussão, será despachado. Desde seu primeiro voo internacional, a labrador Maya, companheira de Lígia Rabay, segue como carga. Tinha apenas 6 meses - mas muitos quilos - quando veio da Tailândia para São Paulo. Nesta situação, as regras quase não mudam: o animal deve ser acomodado em uma caixa arejada, forrada, na qual possa ficar em pé e dar um giro de 360 graus.
Ligia diz que experiência é segura. "Maya chegou bem, foi até tratada pelos funcionários na escala em Amsterdã. Sei disso porque embarcou na caixa forrada com jornal tailandês e chegou ao Brasil com outro, escrito em holandês", conta.
Antes e depois
Como é hoje: nos voos internacionais são exigidos atestado de saúde do animal assinado por veterinário, certificado sanitário internacional e carteira de vacinação (vacinas antirrábica e as exigidas no país de destino).
O que muda: o passaporte reunirá dados do proprietário (nome e endereço) e do animal (nome, raça, sexo, idade e vacinas).
Fonte: Bruna Tiussu (O Estado de S.Paulo) - Imagem: vitorsilva.blogspot.com
Graças a um decreto publicado pelo governo brasileiro no fim de março, a dupla poderá substituir, na próxima viagem, a papelada por um passaporte internacional feito sob medida para a mascote. O objetivo é tornar mais ágil o processo de embarque de cães e gatos brasileiros nos voos internacionais. O processo para solicitar a caderneta ainda vai ser definido.
O documento reunirá dados do animal, do dono e poderá ser apresentado na ida e na volta. Hoje, o atestado de saúde assinado por um veterinário, obrigatório, tem validade de dez dias. Se passar um período mais longo fora do Brasil, o dono tem de conseguir outro antes de regressar.
O passaporte, opcional, será expedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O órgão sugere também a implantação de microchips - já obrigatórios para entrar na União Europeia e no Japão - nos bichos que viajam com frequência, como forma de identificação eletrônica. A poodle Miluxa tem o seu. Do tamanho de um grão de arroz, é implantado em menos de 30 segundos. "Vejo como mais uma forma de fiscalização e segurança. Se eu perder a cadela, tenho como provar que ela é realmente minha", diz Maria Inês.
Cada empresa aérea faz suas normas para o transporte de cães e gatos. Algumas só aceitam levar os animais como carga, no compartimento de bagagem. Outras permitem que os pets sigam na cabine com o dono, dependendo de seu peso e tamanho - o limite costuma variar entre 6 e 10 quilos, incluindo a caixa onde o animal será acomodado.
Taxa. Todas as aéreas cobram taxas - o valor fica entre US$ 90 e US$ 180. E limitam o número de animais na cabine por voo: é recomendado fazer reserva com antecedência de 48 horas.
Se o animal for grande, não tem discussão, será despachado. Desde seu primeiro voo internacional, a labrador Maya, companheira de Lígia Rabay, segue como carga. Tinha apenas 6 meses - mas muitos quilos - quando veio da Tailândia para São Paulo. Nesta situação, as regras quase não mudam: o animal deve ser acomodado em uma caixa arejada, forrada, na qual possa ficar em pé e dar um giro de 360 graus.
Ligia diz que experiência é segura. "Maya chegou bem, foi até tratada pelos funcionários na escala em Amsterdã. Sei disso porque embarcou na caixa forrada com jornal tailandês e chegou ao Brasil com outro, escrito em holandês", conta.
Antes e depois
Como é hoje: nos voos internacionais são exigidos atestado de saúde do animal assinado por veterinário, certificado sanitário internacional e carteira de vacinação (vacinas antirrábica e as exigidas no país de destino).
O que muda: o passaporte reunirá dados do proprietário (nome e endereço) e do animal (nome, raça, sexo, idade e vacinas).
Fonte: Bruna Tiussu (O Estado de S.Paulo) - Imagem: vitorsilva.blogspot.com
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