Cônsul francês (dir.) acompanha passageiros detidos
Os franceses detidos em São Paulo no voo JJ 8096 da TAM no dia 6 de dezembro devem deixar o Brasil apenas após o dia 7 de janeiro, devido ao recesso judiciário. "A Polícia Federal precisava ter entregado o relatório sobre a prisão dos três até a última sexta-feira, às 18h. Esse relatório chegou por volta das 19h", disse o cônsul-geral da França em São Paulo, Sylvain Itte. "O juiz plantonista que analisou o caso disse que não tem competência para resolver a questão. Por isso, ao que tudo indica, eles permanecerão no Brasil pelo menos até o dia 7, quando termina o recesso."
A prisão dos europeus aconteceu após um suposto tumulto dentro de uma aeronave da companhia aérea TAM. Em nota, a empresa afirmou que a confusão foi motivada pela demora causada por um problema no avião. Um grupo de passageiros a bordo iniciou um tumulto. Um vídeo com imagens da confusão foi postado no site Youtube. Eles respondem por desacato, desobediência e atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo
O cônsul francês informou que a embaixada da França no Brasil entrou em contato com o Itamaraty, mas que dificilmente haverá uma intervenção para que eles possam deixar o País antes desse prazo. O consulado da França foi acionado no dia do incidente no voo.
Os três estão hospedados na Associação Francesa beneficente 14 de Julho, que é um asilo de idosos que abriga pessoas que origem francesa que passam por dificuldades no Brasil. Antonio do Nascimento, 63 anos, que trabalha no ramo de eletrotécnica, afirmou que não houve qualquer tipo de tumulto dentro do avião que justificasse a prisão dos três.
Segundo ele, a prisão só aconteceu porque uma das aeromoças apontou o grupo aos policiais federais. "Passamos uma situação muito difícil. Em 63 anos, eu jamais havia entrado em uma prisão", afirmou. Ele prestou depoimento no Aeroporto de Guarulhos e foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, onde passou cinco dias.
"Na prisão, fomos muito bem tratados, tanto pelos presos quanto pelos agentes. Nossa maior dificuldade era fazer com que eles entendessem o que havia acontecido com a gente", disse Nascimento. "Essa explicação nem nós tínhamos."
Já Emilie Camus Pires, 54 anos, responsável pelo setor de limpeza em um hospital no subúrbio de Paris, fez um apelo às autoridades brasileiras para que os passaportes deles, que estão retidos pela PF, sejam liberados o mais rápido possível.
"Peço tanto ao presidente Sarkozy quando ao Lula da Silva para que eles possam interceder nessa situação e nós possamos voltar para o nosso país o mais rápido possível. Tenho uma filha que vai ser mãe a qualquer momento e precisa do meu auxílio", afirmou Camus.
"Não há motivo para estarmos detidos há tanto tempo. Tudo o que a gente quer agora é voltar para casa", disse ainda Michel Ilinskas, aposentado de 61 anos.
Os três deixaram a França em um cruzeiro que partiu da cidade de Nice e durou 19 dias. No Brasil, eles passaram pelas cidades de Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador e Ilhéus (BA), Rio de Janeiro e Santos (SP). A volta seria de avião.
Fonte: Vagner Magalhães (Terra) - Foto: Reinaldo Marques
A prisão dos europeus aconteceu após um suposto tumulto dentro de uma aeronave da companhia aérea TAM. Em nota, a empresa afirmou que a confusão foi motivada pela demora causada por um problema no avião. Um grupo de passageiros a bordo iniciou um tumulto. Um vídeo com imagens da confusão foi postado no site Youtube. Eles respondem por desacato, desobediência e atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo
O cônsul francês informou que a embaixada da França no Brasil entrou em contato com o Itamaraty, mas que dificilmente haverá uma intervenção para que eles possam deixar o País antes desse prazo. O consulado da França foi acionado no dia do incidente no voo.
Os três estão hospedados na Associação Francesa beneficente 14 de Julho, que é um asilo de idosos que abriga pessoas que origem francesa que passam por dificuldades no Brasil. Antonio do Nascimento, 63 anos, que trabalha no ramo de eletrotécnica, afirmou que não houve qualquer tipo de tumulto dentro do avião que justificasse a prisão dos três.
Segundo ele, a prisão só aconteceu porque uma das aeromoças apontou o grupo aos policiais federais. "Passamos uma situação muito difícil. Em 63 anos, eu jamais havia entrado em uma prisão", afirmou. Ele prestou depoimento no Aeroporto de Guarulhos e foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, onde passou cinco dias.
"Na prisão, fomos muito bem tratados, tanto pelos presos quanto pelos agentes. Nossa maior dificuldade era fazer com que eles entendessem o que havia acontecido com a gente", disse Nascimento. "Essa explicação nem nós tínhamos."
Já Emilie Camus Pires, 54 anos, responsável pelo setor de limpeza em um hospital no subúrbio de Paris, fez um apelo às autoridades brasileiras para que os passaportes deles, que estão retidos pela PF, sejam liberados o mais rápido possível.
"Peço tanto ao presidente Sarkozy quando ao Lula da Silva para que eles possam interceder nessa situação e nós possamos voltar para o nosso país o mais rápido possível. Tenho uma filha que vai ser mãe a qualquer momento e precisa do meu auxílio", afirmou Camus.
"Não há motivo para estarmos detidos há tanto tempo. Tudo o que a gente quer agora é voltar para casa", disse ainda Michel Ilinskas, aposentado de 61 anos.
Os três deixaram a França em um cruzeiro que partiu da cidade de Nice e durou 19 dias. No Brasil, eles passaram pelas cidades de Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador e Ilhéus (BA), Rio de Janeiro e Santos (SP). A volta seria de avião.
Fonte: Vagner Magalhães (Terra) - Foto: Reinaldo Marques
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