terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O que a TAM leva da Pantanal

Uma dívida tributária de R$ 55 milhões a ser quitada em 15 anos é a principal obrigação feita pela TAM na compra da Pantanal, negociação anunciada nesta segunda (21) e que tem como principal aspecto a aquisição da totalidade das ações da empresa regional, em processo de recuperação judicial já homologada. Outros R$ 18 milhões com credores deverão ser pagos a curto prazo, no primeiro semestre de 2010. O total do négocio, somado também preço das ações, chega a mais de R$ 85 milhões.

A direção da TAM vai avaliar a utilização dos três aviões ATR-42 que constituíam a frota da empresa adquirida responsáveis por 0,15% no market share do mercado doméstico, com maioria de passageiros corporativos. . A aérea regional tem sete lojas próprias, hangares de manutenção (inclusive em Congonhas) e áreas de pátio para aeronaves. Com 245 funcionários, o faturamento da Pantanal foi de cerca de R$ 70 milhões nos últimos 12 meses.

A marca da Pantanal, empresa em funcionamento desde 1991, deve ser mantida, segundo Líbano Barroso, presidente da TAM. Em seu histórico, a partir de sua fundação com a propriedade do empresário Marcos Ferreira, a companhia começou maior, atendendo a três estados nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Campo Grande, Ponta Porá, Dourados, Presidente Prudente, Lins e Foz do Iguaçu, cidades anteriormente operadas pela TAM Regional. Antes, funcionava como empresa de táxi aéreo e passou a ser alimentadora de vôos da TAM.

Em 12 de abril de 1993, com sede na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, passou a operar voos regulares em sua formação oficial, deixando de operar os aviões Embraer 110 e iniciando a incorporação de equipamentos turbo-hélices da Aerospatiale, o ATR-42. Dois anos depois adquiriu mais dois aviões, um deles sublocado para atender à Petrobrás na região Amazônica. Chegou a ter oito equipamentos deste tipo em sua frota.

Em sua fase de maior sucesso, passou a utilizar o aeroporto central de Bacacheri, em Curitiba e mudou sua base principal para Congonhas, em São Paulo. Teve voos para Caçador (SC) e Rio Verde (Goiás) Entre acordos e desacordos com a TAM, em 2002 desfez mais um e deixou de voar para as cidades de Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Uberlândia. Em 2003 devolveu duas aeronaves ATR 42-300 e no ano seguinte voltou a realizar um acordo com a TAM para as cidades de Bauru e Marília.

A crise na empresa eclodiu mesmo no início de 2008, com o acumulo de dívidas trabalhistas, levando a ANAC a não renovar sua concessão de vôo. Estava operando atualmente com base em liminar judicial.

Fonte: Brasilturis

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