Nova fase de buscas será iniciada em fevereiro e custará 10 milhões de euros. Sem as caixas-pretas é impossível determinar a causa do acidente
A próxima etapa dos trabalhos de busca dos destroços do Airbus A-330 acidentado quando realizava o voo 447 da Air France, entre Rio de Janeiro e Paris, na passagem de 31 de maio para 1º de junho, serão realizadas em uma área do oceano Atlântico cinco vezes menor do que a superfície rastreada até agora e os investigadores estão otimistas com a busca pelos gravadores de dados e de voz, mais conhecidos como caixas-pretas
A maior precisão se deve à análise das correntes marítimas da região, da força dos ventos e de dados do voo feita por especialistas de seis países a pedido do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil da França (BEA, pelas iniciais em francês).
A nova fase das buscas será iniciada em fevereiro, custará 10 milhões de euros e terá um papel decisivo: sem as caixas-pretas ou os destroços, será impossível explicar a queda da aeronave da Air France, na qual as 228 pessoas a bordo morreram.
A admissão foi feita nesta terça-feira, em Paris, pelo novo diretor-geral do BEA, Jean-Paul Trouadec, e pelo chefe de Investigações, Alain Bouillard. "Não creio que iremos muito além com os elementos que dispomos", admitiu Trouadec, indicando que, se os gravadores ou os restos do avião não forem localizados, o relatório final, previsto para dezembro de 2010, será "inconclusivo".
O BEA reconhece que o Airbus A-330 enfrentou uma pane nas sondas pitot, os sensores de velocidade que orientam toda a eletrônica embarcada de navegação. Os experts reafirmam, contudo, que a falha "é um elemento de uma cadeia de fatores", e não a causa única do acidente.
"Houve um problema de sondas. Mas houve outros problemas de sondas em voos anteriores, sempre temporários, com duração máxima de três minutos, que foram dominados pela tripulação", pondera Brouillard. "A questão aqui é: por que o avião perdeu 35 mil pés (11 mil metros) em cinco minutos? Não poderemos ter a resposta sem localizar os gravadores."
Para responder essas perguntas e entender por que o avião não sofreu despressurização da cabine durante a queda, por que os coletes salva-vidas não foram usados e por que não houve preparação para uma amerissagem antes do impacto com a água, o BEA prepara-se para lançar ao mar a nova expedição, com duração de 90 dias.
A área original, de 150 quilômetros de diâmetro, será reduzida a 50 quilômetros - uma superfície entre cinco e seis vezes menor.
Uma empresa será contratada em janeiro para fornecer os navios e equipamentos, como sonares, necessários para rastrear grandes profundidades, que na região chegam a 4 mil metros.
A iniciativa será financiada pela Airbus e pela Air France - que contribuirão com € 5 milhões cada, mas será comandada de forma independente pelo BEA, asseguram Troadec e Brouillard.
Além da nova rodada de buscas, o escritório confirmou que enviará aos órgãos europeu e norte-americano de segurança da aviação civil novas recomendações sobre as caixas-pretas, sugerindo o aumento do tempo de vida das balizas de sinalização - que emitem sinais sonoros - de 30 para 90 dias, assim como a instalação de uma baliza extra no corpo do avião.
O BEA pede ainda a realização de estudos para a instalação de caixas-pretas e balizas ejetáveis, em caso de acidente, e sobre a transmissão em tempo real dos dados de voo, via satélite.
Fonte: Agência Estado via Gazeta do Povo
A próxima etapa dos trabalhos de busca dos destroços do Airbus A-330 acidentado quando realizava o voo 447 da Air France, entre Rio de Janeiro e Paris, na passagem de 31 de maio para 1º de junho, serão realizadas em uma área do oceano Atlântico cinco vezes menor do que a superfície rastreada até agora e os investigadores estão otimistas com a busca pelos gravadores de dados e de voz, mais conhecidos como caixas-pretas
A maior precisão se deve à análise das correntes marítimas da região, da força dos ventos e de dados do voo feita por especialistas de seis países a pedido do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil da França (BEA, pelas iniciais em francês).
A nova fase das buscas será iniciada em fevereiro, custará 10 milhões de euros e terá um papel decisivo: sem as caixas-pretas ou os destroços, será impossível explicar a queda da aeronave da Air France, na qual as 228 pessoas a bordo morreram.
A admissão foi feita nesta terça-feira, em Paris, pelo novo diretor-geral do BEA, Jean-Paul Trouadec, e pelo chefe de Investigações, Alain Bouillard. "Não creio que iremos muito além com os elementos que dispomos", admitiu Trouadec, indicando que, se os gravadores ou os restos do avião não forem localizados, o relatório final, previsto para dezembro de 2010, será "inconclusivo".
O BEA reconhece que o Airbus A-330 enfrentou uma pane nas sondas pitot, os sensores de velocidade que orientam toda a eletrônica embarcada de navegação. Os experts reafirmam, contudo, que a falha "é um elemento de uma cadeia de fatores", e não a causa única do acidente.
"Houve um problema de sondas. Mas houve outros problemas de sondas em voos anteriores, sempre temporários, com duração máxima de três minutos, que foram dominados pela tripulação", pondera Brouillard. "A questão aqui é: por que o avião perdeu 35 mil pés (11 mil metros) em cinco minutos? Não poderemos ter a resposta sem localizar os gravadores."
Para responder essas perguntas e entender por que o avião não sofreu despressurização da cabine durante a queda, por que os coletes salva-vidas não foram usados e por que não houve preparação para uma amerissagem antes do impacto com a água, o BEA prepara-se para lançar ao mar a nova expedição, com duração de 90 dias.
A área original, de 150 quilômetros de diâmetro, será reduzida a 50 quilômetros - uma superfície entre cinco e seis vezes menor.
Uma empresa será contratada em janeiro para fornecer os navios e equipamentos, como sonares, necessários para rastrear grandes profundidades, que na região chegam a 4 mil metros.
A iniciativa será financiada pela Airbus e pela Air France - que contribuirão com € 5 milhões cada, mas será comandada de forma independente pelo BEA, asseguram Troadec e Brouillard.
Além da nova rodada de buscas, o escritório confirmou que enviará aos órgãos europeu e norte-americano de segurança da aviação civil novas recomendações sobre as caixas-pretas, sugerindo o aumento do tempo de vida das balizas de sinalização - que emitem sinais sonoros - de 30 para 90 dias, assim como a instalação de uma baliza extra no corpo do avião.
O BEA pede ainda a realização de estudos para a instalação de caixas-pretas e balizas ejetáveis, em caso de acidente, e sobre a transmissão em tempo real dos dados de voo, via satélite.
Fonte: Agência Estado via Gazeta do Povo
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