As características e a extensão das lesões encontradas nos corpos de 43 das 49 vítimas do voo 447 da Air France já periciadas em Fernando de Noronha sugerem que ao menos parte do Airbus A330 caiu de “barriga” no mar.
Ontem, o comando militar informou que mais um corpo foi avistado e recolhido pela Corveta Caboclo - dessa forma, já foram resgatadas 50 das 228 pessoas a bordo.
Ontem, a Fragata Bosísio chegou às proximidades de Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pelo navio-anfíbio francês Mistral.
Peritos ouvidos pela reportagem dizem que praticamente 95% dos cadáveres até agora apresentavam fraturas no terço medial das pernas, nos braços e na região do quadril - semelhantes aos verificados em pessoas que caem de grande altura.
Na avaliação de legistas, esse é um indício de que alguns passageiros estariam sentados em suas poltronas no momento da queda. Outro sinal é a baixa incidência de traumatismo craniano.
Se o avião tivesse caído de bico, dizem peritos, era de se supor que as vítimas apresentassem ferimentos mais severos na cabeça - sobretudo as que estavam sem o cinto.
Também foram detectadas petéquias (lesão de cor avermelhada) nas mucosas de grande parte dos cadáveres. Embora estejam associadas à morte por asfixia, elas podem surgir em outras situações, como politraumatismo.
“Sabemos que houve despressurização da cabine, conforme indicou uma das mensagens enviadas pelo avião. Mas ainda é cedo para afirmar que as vítimas morreram por causa disso”, disse um legista.
A quantidade de roupas nos cadáveres – um importante indicativo da dinâmica do acidente – tem variado. Alguns chegaram com trajes completos e outros com pouca roupa.
Entre os primeiros 16 corpos retirados do mar, grande parte estava despida ou com roupas mínimas – mas os legistas descobriram que a maior parte das vítimas entregues ao IML do Recife dessa forma havia sido resgatada pela fragata francesa Ventose, que pode não ter seguido o protocolo brasileiro.
Apesar de as pistas indicarem que parte do avião pode ter chegado íntegro ao mar, a hipótese de que o jato se despedaçou no ar continua sendo investigada por legistas do IML e peritos da Aeronáutica. Os trabalhos em Recife estão sendo acompanhados de perto por duas equipes de peritos franceses.
A conclusão do processo de identificação das vítimas não tem prazo para ser concluído. O grau de dificuldade varia conforme o estado do cadáver.
Fonte: Agência Estado via Diário do Norte do Paraná
Ontem, o comando militar informou que mais um corpo foi avistado e recolhido pela Corveta Caboclo - dessa forma, já foram resgatadas 50 das 228 pessoas a bordo.
Ontem, a Fragata Bosísio chegou às proximidades de Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pelo navio-anfíbio francês Mistral.
Peritos ouvidos pela reportagem dizem que praticamente 95% dos cadáveres até agora apresentavam fraturas no terço medial das pernas, nos braços e na região do quadril - semelhantes aos verificados em pessoas que caem de grande altura.
Na avaliação de legistas, esse é um indício de que alguns passageiros estariam sentados em suas poltronas no momento da queda. Outro sinal é a baixa incidência de traumatismo craniano.
Se o avião tivesse caído de bico, dizem peritos, era de se supor que as vítimas apresentassem ferimentos mais severos na cabeça - sobretudo as que estavam sem o cinto.
Também foram detectadas petéquias (lesão de cor avermelhada) nas mucosas de grande parte dos cadáveres. Embora estejam associadas à morte por asfixia, elas podem surgir em outras situações, como politraumatismo.
“Sabemos que houve despressurização da cabine, conforme indicou uma das mensagens enviadas pelo avião. Mas ainda é cedo para afirmar que as vítimas morreram por causa disso”, disse um legista.
A quantidade de roupas nos cadáveres – um importante indicativo da dinâmica do acidente – tem variado. Alguns chegaram com trajes completos e outros com pouca roupa.
Entre os primeiros 16 corpos retirados do mar, grande parte estava despida ou com roupas mínimas – mas os legistas descobriram que a maior parte das vítimas entregues ao IML do Recife dessa forma havia sido resgatada pela fragata francesa Ventose, que pode não ter seguido o protocolo brasileiro.
Apesar de as pistas indicarem que parte do avião pode ter chegado íntegro ao mar, a hipótese de que o jato se despedaçou no ar continua sendo investigada por legistas do IML e peritos da Aeronáutica. Os trabalhos em Recife estão sendo acompanhados de perto por duas equipes de peritos franceses.
A conclusão do processo de identificação das vítimas não tem prazo para ser concluído. O grau de dificuldade varia conforme o estado do cadáver.
Fonte: Agência Estado via Diário do Norte do Paraná
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