Algumas das famílias de vítimas do voo 447 da Air France já começaram a receber um adiantamento das indenizações pelo acidente, de acordo com declarações de Patrick de la Morinerie, diretor-geral adjunto da seguradora francesa Axa, à BBC Brasil.
A Axa administra o processo de indenização pelo acidente. Morinerie não revelou maiores detalhes sobre o número de famílias que já receberam o pagamento prévio de parte da indenização a que têm direito.
"As primeiras cartas foram enviadas no fim de semana para os parentes das vítimas que entraram em contato com a Air France", disse Morinerie. "Este adiantamento é de cerca de 17,6 mil euros (cerca de R$ 47 mil)."
A Convenção de Montreal, de 1999, ratificada pela França e pelo Brasil, fixa as regras em relação às indenizações de passageiros que tenham sofrido lesões corporais ou falecido a bordo de um avião ou durante operações de embarque ou desembarque.
O texto, que entrou em vigor no Brasil em 2006, prevê que os familiares das vítimas têm direito a receber, antecipadamente, uma parte do montante da indenização para auxiliar nas primeiras despesas.
Esse adiantamento, que será posteriormente deduzido da quantia total recebida, não pode ser inferior a cerca de 17,6 mil euros, segundo a norma internacional.
A Convenção de Montreal não fixa teto para as indenizações no caso de lesões corporais ou morte do passageiro - ou seja, elas podem ser ilimitadas, calculadas em função da situação social e profissional de cada vítima.
A única exceção que isenta a companhia aérea de indenizar uma determinada vítima é quando ela consegue comprovar que esse passageiro cometeu uma falha ou agiu com negligência.
Acidente mais caro
Segundo estimativas do jornal Le Monde, as indenizações do acidente aéreo do voo 447 podem custar entre US$ 330 milhões e US$ 750 milhões, no caso de ações na Justiça.
Isso pode tornar o voo Paris-Rio o acidente mais caro da história da aviação, à frente da queda de um avião da America Airlines em 2001, que custou US$ 708 milhões, de acordo com o jornal.
Cerca de 15 companhias de seguro estão envolvidas no acidente, elas próprias seguradas junto a companhias de resseguros. A francesa Axa, seguradora da Air France e também da Airbus, administra todo o contrato, em nome das outras seguradoras.
Os 216 passageiros estão cobertos pela apólice de seguro da Air France. No caso da tripulação, o contrato é relativo a acidentes de trabalho. O avião da Air France -com 12 tripulantes-- transportava inúmeros chefes de família e executivos, o que deve contribuir para aumentar o valor das indenizações.
As seguradoras da Air France também deverão indenizar a companhia aérea em um montante estimado em 67,4 milhões de euros pela perda do Airbus.
Somente os resultados da investigação poderão determinar a parte de responsabilidade das empresas envolvidas, o que pode incluir até empresas terceirizadas que fazem, por exemplo, a manutenção dos aviões.
De acordo com o Le Monde, as seguradoras já estariam fazendo estimativas no caso da Air France ser considerada a única ou principal responsável pelo acidente ou da sua responsabilidade civil ser dividida pela metade com a Airbus.
Veja nomes de ocupantes do voo 447
A Axa administra o processo de indenização pelo acidente. Morinerie não revelou maiores detalhes sobre o número de famílias que já receberam o pagamento prévio de parte da indenização a que têm direito.
"As primeiras cartas foram enviadas no fim de semana para os parentes das vítimas que entraram em contato com a Air France", disse Morinerie. "Este adiantamento é de cerca de 17,6 mil euros (cerca de R$ 47 mil)."
A Convenção de Montreal, de 1999, ratificada pela França e pelo Brasil, fixa as regras em relação às indenizações de passageiros que tenham sofrido lesões corporais ou falecido a bordo de um avião ou durante operações de embarque ou desembarque.
O texto, que entrou em vigor no Brasil em 2006, prevê que os familiares das vítimas têm direito a receber, antecipadamente, uma parte do montante da indenização para auxiliar nas primeiras despesas.
Esse adiantamento, que será posteriormente deduzido da quantia total recebida, não pode ser inferior a cerca de 17,6 mil euros, segundo a norma internacional.
A Convenção de Montreal não fixa teto para as indenizações no caso de lesões corporais ou morte do passageiro - ou seja, elas podem ser ilimitadas, calculadas em função da situação social e profissional de cada vítima.
A única exceção que isenta a companhia aérea de indenizar uma determinada vítima é quando ela consegue comprovar que esse passageiro cometeu uma falha ou agiu com negligência.
Acidente mais caro
Segundo estimativas do jornal Le Monde, as indenizações do acidente aéreo do voo 447 podem custar entre US$ 330 milhões e US$ 750 milhões, no caso de ações na Justiça.
Isso pode tornar o voo Paris-Rio o acidente mais caro da história da aviação, à frente da queda de um avião da America Airlines em 2001, que custou US$ 708 milhões, de acordo com o jornal.
Cerca de 15 companhias de seguro estão envolvidas no acidente, elas próprias seguradas junto a companhias de resseguros. A francesa Axa, seguradora da Air France e também da Airbus, administra todo o contrato, em nome das outras seguradoras.
Os 216 passageiros estão cobertos pela apólice de seguro da Air France. No caso da tripulação, o contrato é relativo a acidentes de trabalho. O avião da Air France -com 12 tripulantes-- transportava inúmeros chefes de família e executivos, o que deve contribuir para aumentar o valor das indenizações.
As seguradoras da Air France também deverão indenizar a companhia aérea em um montante estimado em 67,4 milhões de euros pela perda do Airbus.
Somente os resultados da investigação poderão determinar a parte de responsabilidade das empresas envolvidas, o que pode incluir até empresas terceirizadas que fazem, por exemplo, a manutenção dos aviões.
De acordo com o Le Monde, as seguradoras já estariam fazendo estimativas no caso da Air France ser considerada a única ou principal responsável pelo acidente ou da sua responsabilidade civil ser dividida pela metade com a Airbus.
Veja nomes de ocupantes do voo 447
Fonte: Daniela Fernandes (BBC Brasil) via UOL Notícias
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