quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Avião monomotor com cinco tripulantes falha durante pouso e bate contra árvores em Santa Catarina

Piloto teve traumatismo cranioencefálico leve e precisou de atendimento. Acidente ocorreu em Imbituba.


O avião monomotor Piper PA-32R-301T Saratoga II TC, prefixo PR-DII, bateu em árvores em Imbituba, no Sul catarinense, e o piloto ficou ferido, informou o Corpo de Bombeiros Militar. No total, havia cinco tripulantes na aeronave, mas somente um precisou de atendimento.

O acidente ocorreu por volta das 12h45 desta quarta-feira (4). De acordo com os bombeiros, o monomotor Piper Saratoga, ao pousar, não conseguiu parar e bateu nas árvores.


Chovia fraco e a pista não é pavimentada. Além do caminhão dos bombeiros, foi chamado também o helicóptero da corporação, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O piloto teve traumatismo cranioencefálico leve e foi levado ao hospital de Imbituba, conforme os bombeiros.

Via g1 - Fotos: CBMSC/Divulgação

Boeing 777 da Air France descarta combustível antes de pouso de emergência em Paris


A Air France confirmou que a tripulação do voo AF072 de Paris-CDG para Los Angeles (LAX) em rota com o Boeing 777-328ER, prefixo F-GSQL, em nesta quarta-feira (4) decidiu retornar após uma hora de voo devido a um problema técnico (sistema de óleo do motor).

A aeronave pousou normalmente em Paris-CDG às 15h47, horário local.

As equipes da Air France cuidaram dos passageiros assim que chegaram. Eles foram acomodados e seriam transportados para seu destino hoje pela manhã.

A Air France lamentou o inconveniente causado por esta situação e lembrou que a segurança de seus clientes e tripulantes é um imperativo absoluto.

Via Airlive.net


Passageiro de classe executiva urina em mulher e é banido pela Air India por 30 dias


Um passageiro foi banido de viajar pela Air India por 30 dias após ter urinado em uma mulher que também ocupava um assento na classe executiva durante um voo de Nova York, nos EUA, para Nova Delhi, na Índia. Ele teria propositalmente "aberto o zíper das calças" antes de mirar na pessoa e exibir seus genitais.

Segundo a emissora americana CNBC, a companhia aérea considerou o comportamento "inaceitável". De acordo com a empresa, a penalidade máxima de proibir um passageiro que se comporta de forma inapropriada é bani-lo de viajar por 30 dias, o que foi adotado no caso em questão.

"O registro policial já foi apresentado e a Air India está empenhada em ajudar as agências de aplicação da lei, bem como as autoridades reguladoras", afirmou a companhia. A Air India também constituiu um comitê interno para investigar lapsos de parte da tripulação da Air India e abordar as deficiências que atrasaram a rápida correção da situação. 

A Direção-Geral da Aviação Civil (DGCA) também solicitou um relatório do incidente à companhia aérea. "Estamos buscando um relatório da companhia aérea e tomaremos medidas contra os que forem considerados negligentes", disse a DGCA nesta quarta-feira.

A emissora indiana News 18 Hindi informou que o autor estaria embriagado quando urinou numa passageira. A tripulação teria sido alertada, mas nada teria feito com relação ao estado do homem.

Após o avião pousar na Índia, e o homem desembarcar normalmente, a mulher relatou o caso às autoridades. Segundo o jornal Times of India, o homem caminhou até seu assento "completamente embriagado" depois que o almoço foi servido e as luzes foram apagadas.

"Ele abriu o zíper das calças, aliviando a si mesmo e continuou a me mostrar suas partes íntimas. Minhas roupas, sapatos e bolsas estavam completamente encharcados de urina", afirmou ela, acrescentando que a tripulação "não foi proativa na gestão de uma situação muito delicada e traumática".

Via Extra

Bela filmagem no cockpit do grande Boeing 747 mostra piloto ‘brigando’ com o vento até o pouso

Os pilotos no Boeing 747 em cena de um dos vídeos apresentados a seguir (Imagem: Air-Clips.com)
Um vídeo de um comandante do grande avião Jumbo Jet, o icônico Boeing 747, durante uma aproximação para pouso com bastante instabilidade gerada pelo vento, tem feito muito sucesso nos últimos dias, sendo amplamente compartilhado nas redes sociais.

A gravação disponibilizada a seguir foi publicada pelo canal “Air-Clips.com” no YouTube há algum tempo, em julho de 2021, mas somente nos últimos dias passou a ganhar notoriedade, com diversas pessoas e perfis reproduzindo o conteúdo, a maioria sem dar os devidos créditos ao autor, infelizmente.

Trata-se de uma aproximação feita pelo comandante Enrique e pela primeiro-oficial Casie, em um Boeing 747-400 da companhia norte-americana National Airlines, até o pouso no Aeroporto Internacional Narita, de Tóquio, no Japão.


Além das imagens acima, as belas cenas do trabalho dos dois tripulantes no cockpit de um dos maiores aviões da história da aviação também foi registrada a partir de outra câmera, localizada na parte central traseira do cockpit, conforme o vídeo a seguir:


A National Airlines opera várias unidades do Boeing 747-400 para fretamentos ao redor do mundo, inclusive frequentemente passando pelo Brasil, como no recente transporte especial de um foguete sul-coreano até o Maranhão.

Avião de Almir Sater roubado em 'arrastão' pode ter sido usado pelo tráfico e estar na Bolívia

Investigações do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) espera autorização do governo boliviano para realizar perícia em aviões apreendidos.

Um dos aviões roubados era de Almir Sater (Foto: Reprodução)
Após mais de um ano do "arrastão" que levou três aviões, incluindo o do cantor e ator Almir Sater, do aeroporto de Aquidauana (MS), o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) apura a hipótese de que a aeronave do artista esteja na Bolívia e tenha sido usada pelo tráfico internacional de drogas.

O g1 recebeu informações sobre o desenrolar das investigações do roubo da aeronave de Almir Sater. De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, no fim de 2022 houve uma grande apreensão de aeronaves no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e o avião do cantor pode estar entre os apreendidos.

"As aeronaves apreendidas estavam lá a serviço do narcotráfico. Algumas características das aeronaves roubadas em Aquidauana batem com os aviões que estão apreendidos na Bolívia. Nós fizemos todas as gestões para que pudéssemos ter acesso as aeronaves e periciá-las, pois estavam adulteradas", detalha Medina.

Brasil espera autorização para perícia técnica


No Brasil, a Polícia Civil já estabeleceu todos os trâmites e aguarda a autorização do governo boliviano para que a perícia técnica seja feita nos aviões em Santa Cruz de La Sierra.

"Aguardamos o posicionamento do governo da Bolívia para a nossa entrada lá. A gente não pode afirmar que são os aviões. As características são parecidas, mas para qualquer tipo de constatação existe a necessidade de ir até o local e periciar. Os modelos são muito semelhantes".

A delegada e responsável pela Dracco explica que a hipótese de o avião ter ido para a Bolívia já havia sido levantada. A comparação entre as aeronaves apreendidas na Bolívia e das roubadas em Mato Grosso do Sul foi feita apenas por fotos até agora.

"A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul já adotou junto a Brasília todos os pedidos necessários para que a gente possa ter acesso a essas aeronaves aprendidas. Tiveram 38 pessoas presas na época. A gente tem informações que os aviões estão todos alterados", detalha a delegada.

O g1 entrou em contato com o ministério do governo da Bolívia responsável pela segurança no país e questionou sobre as investigações e por quais motivos a polícia do Brasil ainda não conseguiu realizar a perícia das aeronaves. Até a última atualização desta matéria, nenhuma resposta havia sido dada.

Entenda o caso


O roubo da aeronave ocorreu no aeroporto de Aquidauana por volta das 2h (no horário local de MS) de 6 de setembro de 2021. De acordo com a polícia, ao menos 18 criminosos estiveram no local do roubo.

O grupo rendeu o vigia e o obrigou a abastecer os aviões, além de outras pessoas que trabalhavam no aeroporto. Ao todo, seis pessoas já foram presas pelo crime, sendo um homem localizado na Bolívia.

Foram levados os seguintes aviões:
  1. Um do tipo bonanza v35b, matrícula PTING, de propriedade do pecuarista e ex-prefeito de Aquidauana José Henrique Trindade;
  2. Um do tipo Sky Lane, matrícula PTKDI, do pecuarista Zelito Alves Ribeiro e de seu sócio, Joel Jacques;
  3. Um do tipo Sky Lane, matrícula PTDST, do cantor Almir Sater.
Como não havia iluminação, os homens entraram pelos fundos e, de início, tentaram levar uma aeronave. Na sequência, eles renderam o vigia e o obrigaram a fazer o abastecimento, amarrando o homem em seguida e fugindo.

Uma testemunha conversou com a polícia e disse que chegou a escutar o barulho do momento em que levantavam voo, porém, achou que fosse alguma emergência médica e, por isso, não foi verificar.

Os bandidos que fizeram um arrastão estavam "fortemente armados", sendo que alguns deles falavam "língua espanhola e outros o idioma brasileiro", segundo a polícia.

'Vão os anéis, ficam os dedos'


"Bens materiais a gente trabalha, mas espero que seja recuperado. Mas se não, vão os anéis e ficam os dedos", descreveu o cantor Almir Sater após ter a aeronave roubada.

Almir detalhou ao g1 que trabalhava no campo, em uma das fazendas no Pantanal, pouco antes de saber sobre o roubo. "Estou no Pantanal. Estava no campo trabalhando, cheguei na hora do almoço e tinha por volta de 300 ligações", disse.

Ainda no campo, Almir contou que um rapaz foi em direção a ele, de motocicleta, para dar a notícia. Neste momento, o cantor descreveu o momento de apreensão.

"Quando vemos estas pessoas no campo, ficamos preocupados. Já senti meu coração apertado, pensei que seria algo com a minha família. Aí ele me deu a notícia de que tinham roubado o avião. Dos males, foi o menor. Vi o motoqueiro chegar e fiquei assustado", compartilhou.

Almir usava o avião apenas para as demandas das fazendas que tem no Pantanal. O cantor disse que os períodos de mais uso eram os de cheia. "A aeronave atendia minha fazenda, não era para shows. Atendia nossa vida pantaneira."

Via g1

Por que passagem de avião é tão cara? Escassez de aeronaves é um dos motivos

Preço das passagens aéreas subiu demais no Brasil em 2022, e a culpa pela alta é tanto da escassez de aviões quanto do dólar e do petróleo, segundo a Abear.

(Foto: Photovs/Envato/CC/Canaltech)
A passagem de avião está mais cara do que nunca no Brasil. A afirmação pode ser feita com base nos dados divulgados pela plataforma Voopter, desenvolvida para efetuar buscas e comparações entre os valores dos tíquetes em voos nacionais e internacionais, nas mais diversas companhias aéreas.

De acordo com o levantamento divulgado recentemente pelo jornal O Estado de S.Paulo, o preço da passagem de avião aumentou durante todo o ano, mas estabeleceu recordes em dezembro, principalmente em voos marcados para o período entre o Natal e o Ano-Novo. O trecho que liga São Paulo a Recife, por exemplo, estava 124,7% mais caro do que em 2021.

A plataforma informou que um voo ligando a capital paulista à pernambucana saía por R$ 2.625 há um ano, e agora não podia ser encontrado por menos de R$ 5.855.

Uma viagem de Salvador, na Bahia, para São Paulo, também ficou mais "salgada" e hoje custa R$ 2.132, ante os R$ 970 que eram necessários para cobrir o mesmo trecho no início do ano.

Por que a passagem de avião está tão cara?


São três os principais motivos para a passagem de avião estar tão cara no Brasil. O primeiro deles é, também, o mais surpreendente: a escassez de aeronaves.

A reabertura da China para voos internacionais, apesar da nova onda da covid-19, fez a procura por passagens aéreas explodir. E as companhias aéreas não estão conseguindo atender a demanda.

Empresas como a United Airlines e a Air India fizeram pedidos por novas aeronaves, mas não têm previsão para recebê-las. Airbus e Boeing, por sua vez, informaram que não poderão atender às solicitações de compras até meados de 2029. O total de pedidos por novos aviões já ultrapassou 12,7 mil, segundo o Jefferies Group.

Além da falta de aeronaves, o preço do petróleo é outro fator que influencia o preço da passagem de avião e a torna tão cara. Ajay Awtaney, fundador do site LiveFromALounge, afirmou à Bloomberg que a disparada nos preços do querosene usado como combustível nas aeronaves impactou diretamente na alta das passagens.

O tripé de "culpados" pela passagem de avião estar tão cara no Brasil fica completo com a volatilidade do dólar. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) colocou as altas constantes da moeda estadunidense no mesmo patamar do preço do petróleo para justificar o aumento nos preços dos bilhetes.

Segundo o órgão, os custos com combustível, que são reajustados com base no preço internacional do petróleo, representam 40% das contas das empresas aéreas. Como eles subiram 50% desde janeiro, impactaram o preço médio das passagens, que ficaram cerca de 22,4% mais caras desde então.

Via Paulo Amaral (Canaltech)

China “deixa vazar” imagens pixeladas do seu novo caça J-35, tido como cópia do F-35 americano


A China, de tempos em tempos, divulga seus avanços em defesa ao deixar passar por seus filtros imagens de má qualidade dos protótipos de seus aviões militares nas redes sociais que controla. Nessa última vez, imagens de um dos protótipos do J-35 surgiram nas mídias sociais chinesas para provar que o programa de desenvolvimento continua em ritmo acelerado, reporta o Aviacionline.

Foram publicadas uma série de imagens de testes de voo do que poderia ser o terceiro protótipo do J-35, com um novo esquema de pintura de baixa visibilidade, ou poderia ser um novo protótipo.


De J-31 a J-35


Nascido como Shenyang J-31, foi o segundo caça furtivo projetado na China, desenvolvido às custas do próprio Shenyang para a Força Aérea do Exército de Libertação (PLAAF) e para exportação, sob a designação FC-31 Gyrfalcon. No entanto, o modelo atraiu apenas a atenção da Marinha, que exigia uma aeronave de combate de nova geração para equipar seus futuros porta-aviões CATOBAR (com catapulta de lançamento).

Trata-se de um bimotor de peso médio, de categoria semelhante ao F-35. De fato, há cerca de 12 anos, ocorreu nos EUA uma série de manobras inteligentes de ciberespionagem, orquestradas pela China, que conseguiram roubar várias informações confidenciais dos sistemas de armas dos EUA, incluindo plantas e outros dados relevantes do F -22 e F-35. E assim evoluiu o design do J-31, beneficiando-se desta informação.

Em sua configuração atual, o J-35 é equipado com um par de motores WS-21, uma variante derivada do anterior WS-13E, que por sua vez é a versão chinesa do russo RD-93, usado nos JF-17. O WS-21 teria mais potência que os modelos anteriores, contava com escapamentos de motor serrilhados, para reduzir as assinaturas de radar e calor, e possivelmente teria adaptações para melhor operar no ambiente marinho.

O cockpit de parte única do avião é inegavelmente semelhante ao do F-35. Também teria um sistema optrônico do tipo IRST ou EOTS sob o nariz e uma escada de embarque semelhante às do caça norte-americano.


O J-35 possui um compartimento interno de armas com capacidade de carga estimada em 2.268 kg, com seis hard points para mísseis ar-ar ou ar-superfície. Quando a missão não exige o grau máximo de furtividade, a capacidade dessa arma pode ser aumentada em mais seis pontos nas asas.

Segundo informações fornecidas pela AVIC, o J-31/FC-31 tem peso máximo de decolagem (MTOW) de 28 toneladas, teto operacional de 15 quilômetros e velocidade máxima de Mach 1,8, ou 2.205 quilômetros por hora, com um alcance estimado de 2.000 km.

Em contraste, o J-35 desenvolvido para o PLAN parece ser um pouco maior, com maior capacidade interna de combustível e geralmente evidencia um design furtivo mais refinado. Claro, ele tem as modificações necessárias para operar a partir de um porta-aviões, como gancho para-raios na cauda, ​​asas com mecanismo dobrável, trem de pouso dianteiro reforçado e adaptado para decolagem por catapulta.


Sem dúvida, este será um ano de muitas novidades no que diz respeito à Marinha chinesa, e em particular seus novos porta-aviões e sua futura ala de combate embarcada.

Tráfego aéreo europeu tem recuperação em 2022 e registra 83% do nível pré-covid

Um voo Air France decola no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris (Foto: Christophe Ena/AP) 
Apesar das greves, da guerra e dos apelos dos ecologistas pela diminuição dos deslocamentos em avião, o tráfego aéreo europeu atingiu, no ano passado, 83% do nível que tinha em 2019, antes da pandemia de covid, uma recuperação "sólida" impulsionada por companhias de baixo custo e destinos no sul da Europa, informou o Eurocontrol na segunda-feira (2).

O órgão que monitora o tráfego aéreo adiou em um ano, até 2025, sua estimativa da data de retorno do nível pré-crise, devido à fragilidade da recuperação da economia e ao risco de que persista a guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia.

Companhias aéreas e aeroportos registraram 2 bilhões de passageiros em 2022 — em 2019 foram 2,42 bilhões — com fortes "disparidades" entre países e empresas. Estes números incluem todas as partidas e chegadas ao território europeu.

A Alemanha, por exemplo, atingiu 75% do nível de tráfego que tinha antes da crise em 2022, contra 86% na França; 91% na Espanha; e 96% em Portugal. Já na Grécia, o tráfego aéreo chegou a 101% do volume de três anos atrás.

Companhias de baixo custo


De acordo com os dados fornecidos pelas empresas, as companhias aéreas de baixo custo saíram mais fortalecidas da crise, alcançando 85% do tráfego em relação a 2019, ante 75% das companhias aéreas tradicionais.

"Em 2022, a aviação europeia resistiu à tempestade", resumiu o Eurocontrol.

A agência projeta que o número de voos anuais no continente europeu chegará este ano a 92% do nível de 2019. Antecipa, no entanto, um ano "difícil" pelo desafio de limitar os atrasos, um problema que afetou muitos viajantes no início do verão no hemisfério norte, em 2022.

Via RFI (Com informações da AFP)

Comissária explica porque a tripulação ama turbulências nos voos

A informação pode ser bastante assustadora, mas a comissária de bordo Barbie garante que é o momento perfeito para eles.

Barbie tem vídeos que contam os bastidores dos voos
Um comissário de bordo é o responsável por manter a ordem dentro de um avião, de garantir o bem-estar de todos e, durante o voo, também fica encarregado de servir a comida para todos os passageiros , mas o que ninguém imaginava era que o momento predileto do voo para eles seria a tensão das turbulências.

Barbie é uma comissária de voo argentina e influencer que conta tudo na internet sobre os bastidores de um avião e revelou que, durante uma turbulência, todos dentro da aeronave precisam se sentar e colocar o cinto de segurança, independentemente do que estejam fazendo. Por este motivo, é o momento em que, finalmente, muitos desses profissionais podem se sentar e relaxar um pouquinho.

A comissária é conhecida apenas como Barbie e preserva seu nome verdadeiro
“Às vezes, comissários de bordo e pilotos não contam toda a verdade aos passageiros. Eles fazem isso para tentar não assustá-los e evitar uma situação potencialmente perigosa durante o voo. Quando você está no céu, não tem saída, então precisa minimizar os riscos”, detalha Barbie, que pediu para não revelar seu sobrenome por motivos de privacidade durante entrevista ao NeedToKnow.Online.

Em um recente vídeo do canal do Youtube de "Barbie la azafata" ("Barbie, a comissária", em português), ela revelou alguns detalhes sobre o que a tripulação faz antes de entrar em um avião. Nas imagens, ela afirma que todos os comissários precisam estar impecáveis, por isso, prepara uma mala com tudo em dobro para caso o primeiro suje por qualquer motivo.


"Algumas empresas aéreas de baixo custo não disponibilizam refeições nem para a tripulação, por isso algumas comissárias levam uma marmita para comer dentro do avião", disse.

Via iG Turismo - Fotos: Reprodução/Instagram

Aeroflot da Rússia compra 10 Boeing 777 encalhados de arrendador irlandês

A companhia aérea russa Aeroflot comprou 10 jatos Boeing 777 encalhados de empresas irlandesas de leasing de aeronaves.


A companhia aérea com sede em Moscou adquiriu recentemente os 10 Boeing 777-300ERs, “que estão sob arrendamento financeiro de uma empresa de leasing irlandesa desde 2013 e 2014”, revelou a Aeroflot em um comunicado visto pela agência de notícias estatal russa TASS em 30 de dezembro, 2022.

“A Aeroflot continuará trabalhando na implementação de transações para a compra de aeronaves, a fim de manter a atual frota de aeronaves estrangeiras em operação e ampliar a possibilidade de sua operação. Essa abordagem também confirma a confiabilidade da Aeroflot como uma contraparte que cumpre com responsabilidade suas obrigações contratuais”, explicou a transportadora aérea.

A Aeroflot fez uma compra semelhante em maio de 2022, comprando oito widebodies Airbus A330, que também foram arrendados de empresas ocidentais. Os aviões ficaram presos na Rússia após sanções internacionais impostas à indústria de aviação do país devido à invasão da Ucrânia.

Embora a Aeroflot não tenha especificado quais arrendadores estiveram envolvidos na recente aquisição, a transportadora aérea confirmou em seu comunicado que a transação foi concluída após “todas as autorizações exigidas dos reguladores russos e estrangeiros”.

No entanto, resta saber se, ao vender a aeronave para a principal companhia aérea russa, os arrendadores violaram as medidas restritivas da União Europeia em vista da guerra em curso na Ucrânia.

De acordo com dados do Planespotters.com, a Aeroflot atualmente opera uma frota mista composta por 173 aviões em 3 de janeiro de 2023. A companhia aérea possui 22 Boeing 777-300ERs, a maioria dos quais marcados como arrendados dos arrendadores estatais russos VEB Leasing e GTLK.

Via Aertotime Hub - Foto: Fasttailwind

Os dispositivos eletrônicos nas cabines estão se tornando a nova ameaça à aviação?


O voo LH457 da Lufthansa entre Los Angeles e Frankfurt com o Boeing 7478 D-ABYJ em 26 de dezembro foi forçado a fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago depois que um laptop pegou fogo na cabine.

Os comissários de bordo agiram rapidamente e usaram um extintor de incêndio a bordo para extinguir o incêndio.


Enquanto isso, a bordo de um Airbus A321 da Ural Airlines (VP-BBH, mas registrado ilegalmente pela Rússia como RA-73842) foi evacuado na rampa do Aeroporto Domodedovo de Moscou depois que o power bank de um passageiro pegou fogo após sofrer uma fuga térmica. O avião foi evacuado.


Será esta uma nova questão de segurança para as companhias aéreas?

Via World Airline News

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

O futuro da aeronave russa que nunca voou

Em maio de 1992, a Popular Mechanics relatou o futuro brilhante das naves com asas no solo, conhecidas no ekranoplane russo. Esse futuro nunca veio.


Na edição de maio de 1992, a Popular Mechanics relatou o futuro brilhante da nave asa-no-solo (WIG), conhecida em russo como ekranoplane. Surgido de um projeto secreto da União Soviética, o Orlyonok representava o que esse futuro poderia ser. Nesta visão ambiciosa de viagens, frotas de navios pairando cruzariam os oceanos transportando passageiros e carga. É um futuro que nunca chegou, e hoje os ekranoplanos são encontrados principalmente em museus .

Em meio às ruínas de um império desgastado pelo longo impasse latente da Guerra Fria, estão espalhadas joias de tecnologia. Nascidos de décadas de trabalho secreto das melhores mentes que esta vasta nação conseguiu reunir, muitos são diferentes de tudo que o Mundo Livre já viu.

Uma dessas joias é chamada Orlyonok, ou Little Eagle. meio avião, meio embarcação, seu protótipo emergiu silenciosamente de um estaleiroao longo das margens do rio Volga, na Rússia, há mais de uma década. É a realização de um conceito com o qual os engenheiros ocidentais apenas brincaram.

Capaz de deslizar alguns metros sobre as ondas a 250 mph e pousar 30 toneladas de tropas, mísseis e suprimentos em uma cabeça de praia em guerra, Orlyonok foi projetado para lutar contra umguerra que nunca veio. Agora, desesperados para fazer seu vasto investimento valer a pena, os construtores de Orlyonok estão procurando novos mercados e começando a compartilhar seus segredos.

As linhas de comunicação entre o Oriente e o Ocidente ainda são instáveis. Mas as entrevistas com fontes russas e aerodinamicistas ocidentais estão começando a produzir uma visão detalhada de uma tecnologia que poderia, se devidamente alimentada, proporcionar o primeiro grande avanço no transporte de alta velocidade desde que a Boeing trouxe o voo a jato para as massas.

Orlyonok


Uma ilustração do Orlyonok

O Orlyonok é uma máquina enorme e complexa. Com um comprimento de 190 pés e um peso máximo de decolagem de 275.000 libras, está na escala de um avião largo de tamanho médio como o Boeing 767. O que diferencia Orlyonok, no entanto, é que, junto com um punhado de aviões russos semelhantes embarcação, é a primeira máquina voadora prática em grande escala construída para aproveitar um poderoso fenômeno aerodinâmico conhecido como efeito solo.

Familiar desde os primórdios da aviação, o efeito solo é o que explica o simples fato de as naves aladas voarem com mais eficiência quando estão próximas ao solo. Ele funciona alterando os padrões de fluxo de ar para aumentar a sustentação e reduzir o arrasto.

Em voo normal, o ar de alta pressão que sobe por baixo de cada ponta de asa agita correntes semelhantes a tornados, chamadas de vórtices nas pontas das asas. Eles voltam da asa e desviam a corrente de ar que passa para baixo. Isso dá à direção geral do fluxo de ar uma ligeira inclinação para baixo. E como a sustentação é perpendicular à corrente de ar, a asa tende a puxar o avião ligeiramente para trás e também para cima.

Os aerodinamicistas desenvolveram uma série de maneiras de lidar com isso, incluindo os winglets agora comuns nas pontas das asas dos aviões. Mas nada disso se compara à eficácia de voar tão baixo que o solo bloqueie os vórtices em espiral.

Embora qualquer avião possa se beneficiar do efeito solo simplesmente ficando a cerca de meia envergadura da superfície, é necessário um tipo diferente de veículo aéreo para tirar o máximo proveito disso. 

A recompensa é substancial, entretanto. Um veículo de efeito solo especialmente construído - conhecido como nave asa no solo (WIG) ou ekranoplane em russo - pode voar com cerca de um quinto da potência de um avião de tamanho semelhante voando sem efeito solo. Isso significa cinco vezes a eficiência de combustível.

Flarecraft


O Flarecraft

Ao longo dos anos, vários pequenos protótipos foram construídos para testar todos os tipos de configurações de WIG. Um dos mais avançados é o Flarecraft de 2 lugares, que apareceu em nossa capa de julho de 1989 (acima) e recentemente entrou em produção. Mas todos esses são brinquedos aerodinâmicos em comparação com o que os russos construíram.

“Eles estão, sem dúvida, 30 anos à frente do Ocidente”, diz Stephan Hooker, um importante especialista em efeitos de solo dos EUA que visitou vários escritórios de design russos.

Essa sofisticação é baseada não apenas em análises teóricas sólidas e testes completos, mas em décadas de experiência prática. Onde outros esboçaram, os russos construíram. Uma amostra do know-how resultante pode ser encontrada em Orlyonok. Embora os russos sejam rápidos em apontar que este não é seu design mais avançado, é de longe a WIG mais avançada a que os ocidentais têm acesso.


Um recurso-chave originado pelos russos, e embutido em todos os seus grandes WIGs, é a capacidade de usar algo chamado de efeito Power-Augmented Ram (PAR). No caso de Orlyonok , isso é criado por um par de turbofans Kuznetsov NK-8 montados dentro do nariz. Bicos giratórios direcionam a exaustão de volta para baixo das asas, onde fica presa por flaps da borda de fuga e placas finais das pontas das asas. O resultado é uma almofada de ar que levanta a nave da superfície e permite que ela se mova facilmente em baixas velocidades, como um hovercraft.

O PAR resolve um problema que sempre perseguiu os projetistas de hidroaviões. Ou seja, essa água é cerca de 800 vezes mais densa que o ar. Isso significa que é necessária uma enorme quantidade de energia para fazer um avião se mover na água rápido o suficiente para decolar. Historicamente, a solução tem sido sacrificar o desempenho de vôo ao dominar a nave e dar a ela uma grande área de asa para que possa voar em baixa velocidade. PAR reduz a necessidade de tais compromissos.

Filho de um monstro do mar


O design de Orlyonok foi desenvolvido pelo falecido Rostislav Evgenyevich Alekseev, uma figura reverenciada na aerodinâmica soviética. Um esforço anterior dele, conhecido no Ocidente como o "Marinheiro Cáspio", é a fonte da forma básica de Orlyonok . Construído no início dos anos 1960, aquele navio único era movido por 10 motores de turbina e era cerca de 300 pés de comprimento, tornando-se uma das maiores aeronaves já construídas.

Nos designs de Alekseev, a sustentação vem de uma asa atarracada e de baixa relação de aspecto montada na meia nau e uma grande superfície de cauda horizontal montada no topo da nadadeira vertical. Esta configuração de asa dupla supera a instabilidade longitudinal que tem afetado outros veículos de efeito solo. O problema surge de uma tendência do centro de pressão que suporta a nave se mover para frente e para trás com as mudanças de altitude. Alekseev localiza as superfícies da cauda altas o suficiente fora do efeito de solo e as modela de modo que essas dinâmicas complexas não sejam um problema.


No caso de Orlyonok, a cauda vertical alta também fornece o poleiro para um motor turboélice Kuznetsov NK-12, bem conhecido da OTAN por seu uso no bombardeiro estratégico Bear. Equipado com duas hélices contra-rotativas, ele libera 15.000 cavalos de potência para conduzir Orlyonok em vôo de cruzeiro, durante o qual os motores PAR dianteiros são normalmente desligados. Não apenas o turboélice é mais eficiente do que um jato, mas seu passo variável oferece notável capacidade de manobra em baixa velocidade no modo PAR.

Como é pilotar uma nave tão pouco ortodoxa? Valentin Vassilyevich Nazarov, designer-chefe do bureau de design Ekolen e um dos pilotos de teste de Orlyonok , falou conosco sobre isso por telefone de São Petersburgo, Rússia.

“O procedimento é semelhante ao de qualquer aparelho voador”, diz ele. “É preciso ligar os motores, colocar toda a tripulação em seus lugares, verificar todo o equipamento, aquecer os motores de decolagem e o motor principal. Em seguida, os motores de decolagem começam a bombear o ar sob a asa e o movimento horizontal começa. A embarcação começa a se erguer da água. Ele ganha velocidade de até 150 km/h (93 mph). Depois disso, o piloto pode usar todas as superfícies aerodinâmicas para voar a nave.” A altitude de cruzeiro normal é entre 25 e 40 pés, dependendo da altura da onda.

Parte da tensão de manter a altitude com tanta precisão é aliviada por um sistema de controle de voo computadorizado, que usa dados de Doppler de varredura de superfície e radares convencionais. Para evitar obstáculos, altitudes de até 5000 pés são atingíveis, mas com um alto custo de eficiência.

Uma ilustração de um ekranoplano comercial operado pela American Airlines

Embora notável em muitos aspectos, Orlyonok representa o passado, e não o futuro, do voo com efeito asa no solo. "Orlyonok já é história", diz Nazarov. Sem dinheiro, mas cheio de ideias, Ekolen já projetou uma série de novos ekranoplanos civis para substituí-lo.

De acordo com o presidente da agência, Ilya Lvovich Gerlozin, isso representa uma abordagem totalmente diferente. “Eu usaria apenas uma palavra para descrevê-lo: conforto. Em Orlyonok , não havia conforto porque costumava ser um veículo militar. ”Nem Nazarov nem Gerlozin discutiam detalhes da nova nave, cujos elementos dizem que agora estão sendo patenteados.

Os esforços de Ekolen representam apenas uma pequena parte da atividade dos ekranoplanos que agora emergem do sigilo na ex-União Soviética. Outro consórcio muito maior também é conhecido por realizar o trabalho de Alekseev. Além disso, uma abordagem substancialmente diferente, mas igualmente refinada, está supostamente sendo seguida pelos seguidores do designer italiano/soviético Roberto di Bartini. Seus esforços poderiam levar a veículos adequados para viajar pela tundra árida da Sibéria, bem como sobre a água.

No entanto, nenhuma empresa russa tem recursos para empreender um grande programa de construção por conta própria. Todos procuram parceiros estrangeiros.

A próxima onda


Um ekranoplano abandonado no Mar Cáspio, em foto de 6 de outubro de 2020

Um americano muito interessado em manter esse relacionamento é Stephan Hooker. Sua empresa de engenharia, Aerocon, foi contratada pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) do Pentágono para explorar o potencial do voo de efeito asa no solo. A esperança é que se torne uma tecnologia de considerável valor militar e econômico para os Estados Unidos.

O resultado do pensamento de Hooker é que, se os WIGs devem ser práticos como transportes de longo alcance, eles terão que ser grandes - muito grandes. Típico dos primeiros estudos de design conceitual com que ele está trabalhando é uma nave de 150 metros de comprimento, pesando 4,5 milhões de quilos. Ele chama essa classe de veículo de "nave-asa".

Inicialmente, a ideia de construir uma máquina voadora com aproximadamente 10 vezes o tamanho do maior avião da Terra parece estranha - mas os argumentos de Hooker são lógicos. Eles começam com economia. “Se você é um projetista de aviões comerciais da Boeing, centavos por assento-milha é o seu grande diferencial”, diz ele. Essa consideração manteve a pressão para construir aeronaves cada vez maiores.


Conforme a progressão continua, no entanto, as demandas de aerodinâmica e integridade estrutural começam a se chocar. A aerodinâmica exige que as asas cresçam cada vez mais e mais finas para que a velocidade e a eficiência sejam mantidas. Eventualmente, torna-se impossível torná-los fortes o suficiente para resistir à flexão.

A solução de Hooker é integrar a asa com a fuselagem. "Você tem que trazer a estrutura de volta. Faça com que pareça uma caixa de lenços de papel", diz ele. "Você constrói navios que se parecem com isso e são muito mais pesados ​​do que 10 milhões de libras." Isso resolve o problema estrutural, mas leva para uma forma que carece de eficiência aerodinâmica. A menos que você voe com efeito de solo.

Isso introduz a questão da navegabilidade. Como diz Hooker, "O avião de tamanho padrão não pode competir com a onda do mar de tamanho padrão". Portanto, em condições típicas de oceano aberto, você teria que voar alto demais para usar o efeito de solo. a única maneira de contornar isso é construir uma aeronave maior. Não só ela será capaz de sobreviver ao impacto de uma onda ocasional, mas também terá uma envergadura maior e, portanto, será capaz de permanecer no efeito solo até altitudes mais elevadas. Em outras palavras , diz Hooker, “Para construir uma aeronave grande, tenho que construir uma aeronave enorme”.

Inquestionavelmente, construir uma nave espacial seria um empreendimento gigantesco. Mas não seria sem precedentes. Harvey Chaplin, diretor de tecnologia da Divisão Carderock do Naval Service Weapons Center, compara isso ao esforço que levou ao jato de transporte C-5 Galaxy da Força Aérea. “Você realmente precisa estar motivado para fazer isso”, diz ele. “Mas, se alguém desse esse passo, teria uma recompensa comercial”.


Hooker estima que as asas podem reduzir o custo da viagem entre aqui e a Europa para algo entre US $ 75 e US $ 100 por pessoa, e torná-lo muito mais confortável. "Eles são um pouco como os antigos navios oceânicos em termos de disponibilidade de espaço", disse Wayne Thiessen, um colega de Hooker na Aerocon.

Além do mais, os tempos de travessia não sofreriam significativamente. Os conceitos atuais de Hooker seriam capazes de cerca de 500 nós, apenas um pouco mais lento do que um jato. E, como a atual frota de aviões a jato, as asas poderiam ser chamadas para servir como transportes militares, quando necessário. Mas sua tremenda carga útil e alcance de 10.000 milhas os tornariam muito mais adequados para essa função.

Em última análise, a visão de Hooker é de um mundo mais próximo. "Como engenheiros, nossas raízes estão na construção de pontes", explica ele. E com as barreiras políticas entre os países agora desmoronando, os engenheiros podem finalmente continuar com a tarefa de transpor as barreiras geográficas que permanecem.

Até 2020, o ecranoplano Lun definhou numa base naval russa. Nesse ano de 2022, ele começou a ser transportado para um museu militar em Derbent (Rússia). Transportar a máquina de 385 toneladas pelo mar não foi uma tarefa simples. No caminho, o monstro ameaçou afundar após um vazamento e foi abandonado em uma praia, a alguns quilômetros do seu destino final. Virou atração turística.

Via Popular Mechanics e Extra

‘Vai ladrão’ diz controladora de voo durante decolagem do avião presidencial em Congonhas


Circula um vídeo nas redes sociais em que supostamente o controlador de voo do aeroporto de Congonhas autoriza o voo de avião na mesma hora da descolagem do avião presidencial e alguém entra na frequência e diz “vai ladrão”.

Não se sabe ao certo se o presidente Lula ou alguém de sua comitiva estava a bordo ou se o vídeo ainda é da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro pois não tem identificação da data.


Via Redação Agora1 - Foto: Reprodução

Aconteceu em 4 de janeiro de 2008: Acidente com avião Let L-410 da Transavia em Los Roques, na Venezuela

Em 4 de janeiro de 2008, o voo doméstico da empresa aérea venezuelana Transaven entre o Aeroporto Internacional Simon Bolívar, em Caracas, para o Aeroporto de Los Roques, a 118 quilômetros ao norte da capital, após falha em ambos os motores caiu no mar, matando seus 14 ocupantes.

A aeronave que operou esse voo foi o Let L-410UVP-E3, prefixo YV2081, da Transaven (foto acima) construído na Tchecoslováquia em 1987. A tripulação era composta por um piloto venezuelano e um copiloto. Entre os 12 passageiros, oito eram italianos, três venezuelanos e um suíço.

Los Roques é um parque nacional na costa da Venezuela, conhecido por suas praias de areia branca e águas cristalinas, popular entre os turistas europeus e americanos.

Durante o voo, a 7.500 pés, a 83 km aeroporto de Los Roques, a tripulação relatou sua posição ao ATC às 08h58 (hora local). Dez minutos depois, quando estavam a 3.000 pés, o capitão informou ao ATC que ambos os motores falharam. Foi a última comunicação por rádio. 

A aeronave caiu no mar, a cerca de 30 km do aeroporto de Los Roques, e afundou a 1.240 metros de profundidade. 

Outro Let L-410UVP-E3 da Transaven, sobrevoou a área em que se pensava que a aeronave havia caído, mas não encontrou nenhum vestígio, a não ser uma mancha de líquido na superfície da água que logo depois se dissipou. 

Após 78 horas da queda as buscas com os aviões foram suspensas e prosseguiram com apenas um navio de pesquisa que em uma área de 5.000 quilômetros quadrados tentando rastrear os restos do avião com sonar. Pouco depois, as buscas ativas no mar também foram canceladas sem encontrar qualquer vestígio da aeronave.

Em 12 de janeiro de 2008, alguns pescadores da península de Paraguanà, no estado de Falcon, a cerca de 300 quilômetros da capital Caracas, encontraram o corpo de um homem a 12 quilômetros da costa da Venezuela. 

Após a autópsia, os médicos determinaram que se tratava do copiloto, Osmel Alfredo Avila Otamendi, de 37 anos. A uma curta distância do local da descoberta do corpo do co-piloto, seu colete salva-vidas foi encontrado.

Em abril de 2008, um navio da marinha venezuelana, por meio de um sonar, conseguiu identificar os presumíveis destroços de uma aeronave, localizada a aproximadamente 300 metros de profundidade. Os destroços foram recuperados, mas não pertenciam à aeronave desaparecida. Posteriormente, a pesquisa foi suspensa.

Em 20 de junho de 2013, mais de cinco anos após o acidente, os destroços da aeronave estavam localizados no mar a uma profundidade de 970 metros (3.180 pés), nove quilômetros ao sul de Los Roques. 

Ele foi descoberto pela nau capitânia Sea Scout, que estava trabalhando na área há dias. O navio procurava os destroços de outra aeronave acidentada que afundou cinco anos até o dia do acidente.

A Junta Investigadora de Accidentes de Aviación Civil (JIAAC) da Venezuela divulgou seu relatório final apenas em espanhol, sem nenhuma conclusão formal. A JIAAC relatou que a aeronave foi pilotada por um capitão (36, ATPL, cerca de 6.000 horas no total, cerca de 4.500 horas no tipo) e um primeiro oficial (37, CPL, 1.800 horas no total, 700 horas no tipo).

O relatório afirmava ainda que a aeronave ainda estava desaparecida. O corpo do primeiro oficial foi recuperado juntamente com um colete salva-vidas, que foi positivamente identificado como parte do equipamento de emergência da aeronave. A causa da morte do primeiro oficial foi determinada como traumatismo torácico fechado.

A JIAAC obteve cópia da conta de combustível incorrida pela tripulação no dia do acidente. Os cálculos confirmaram que o combustível era suficiente para o voo. A JIAAC conseguiu descartar a contaminação do combustível e afirmou que o tempo não contribuiu para o acidente.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, baaa-acro.com, avherald.com e rescate.com)

Aconteceu em 4 de janeiro de 1990: Acidente com o voo Aeroflot 101/X-20 na antiga União Soviética

Um Ilyushin Il-18 da Aeroflot, semelhante ao envolvido no acidente (Imagem: Wikimidia)
O Voo Aeroflot 101/X-20 foi um voo doméstico regular de passageiros de Moscou para Alma-Ata via Omsk, na antiga União Soviética , que caiu em condições de baixa visibilidade em 4 de janeiro de 1965, matando 64 das 103 pessoas a bordo.

A aeronave envolvida no acidente era um Ilyushin Il-18B, prefixo soviético CCCP-75685, da Aeroflot (Diretoria de Aviação Civil do Cazaquistão). A aeronave tinha sustentado 6802 horas de voo.

Oito tripulantes estavam a bordo do voo. A tripulação do cockpit consistia em: Capitão Konstantin Sergeevich Artamonov, Capitão e chefe da Diretoria de Aviação Civil do Cazaquistão Rishat Nurmukhametovich Azakov, Copiloto Nikolai Aleksandrovich Slamikhin, Engenheiro de voo Anatoliy Galiyevich Shakirov, Navegador Vladimir Vasiliyevich Pristavka e Operador de rádio Nikolay Nikolayevich Safonov.

O voo estava programado para partir do aeroporto Domodedovo, em Moscou, na Rússia, às 07h30 do dia 4 de janeiro, mas foi atrasado devido a reparos necessários no motor. O voo não partiu de Domodedovo antes das 10h20 e chegou ao aeroporto de Omsk às 15h52, horário de Moscou.

O voo deveria partir de Omsk depois para um voo curto para Alma-Ata, no Cazaquistão. Ao mesmo tempo, o chefe da divisão de aviação do Cazaquistão, R. Azakov, que havia acabado de retornar da investigação de um acidente com um helicóptero Mil Mi-4, inspecionou o material rodante do Il-18 antes de ser liberado para a próxima etapa da viagem.

O destino do voo atrasou 2 horas e 28 minutos porque a visibilidade no aeroporto de Alma-Ata era inferior a 1.000 metros (3.300 pés), o que obrigou ao fechamento do aeroporto por motivos de segurança. 

Às 19h30, horário de Moscou, o voo partiu de Omsk a caminho de Alma-Ata e manteve uma altitude de cruzeiro de 7.000 metros (23.000 pés).

Às 20h15, horário de Moscou, foi relatado que o clima em Alma-Ata tinha uma visibilidade de 3.000 metros (9.800 pés), o vento estava fraco e a pressão atmosférica era de 710,5 mmHg . 

Às 20h32, outro Il-18, de matrícula CCCP-75689, pousou na pista com marcação 230° após falhar duas vezes em pousar na pista com marcação 50° e ter que executar uma arremetida. 

Após pousar enquanto taxiava no aeroporto, o gerente de operações perguntou ao Il-18 se seria seguro outro Il-18 pousar no mesmo clima. O piloto respondeu negando categoricamente que qualquer Il-18 pudesse pousar com segurança nas condições atuais. 

O controlador então disse ao voo 20 para prosseguir para o aeroporto alternativo, Aeroporto Sary-Arka; mas cinco minutos depois, o gerente de operações reverteu a instrução anterior e disse ao voo 20 para começar a diminuir a altitude para 4.500 metros (14.800 pés) e depois para 3.000 metros (9.800 pés) para pousar em Alma-Ata. 

Descumprindo os procedimentos o controlador não informou ao voo as condições de visibilidade ou a altitude do limite inferior da nuvem.

A uma altitude de 3.000 metros, o voo contatou o controle de tráfego aéreo e recebeu permissão para descer a uma altitude de 700 metros (2.300 pés). O pouso deveria ser realizado em um rolamento de 230°. 

O controlador alertou sobre a presença de neblina no aeroporto, mas disse que havia diminuído um pouco e provavelmente não esperava que a visibilidade caísse abaixo do nível mínimo de segurança. 

A tripulação começou a executar a aproximação conforme planejado, mas na quarta curva a aeronave estava 500 metros (1.600 pés) à direita do centro da pista. 

Quando o voo estava a 10 quilômetros (6,2 mi) da pista, o controlador instruiu o voo a diminuir a altitude para 300 metros (980 pés) e alertou que a visibilidade estava começando a piorar. 

Quando a aeronave estava a 8,5 quilômetros (5,3 mi) do final da pista, ela entrou na planagem e continuou diminuindo a altitude para o pouso.

A visibilidade no aeródromo atingiu 800 metros (2.600 pés), bem abaixo da distância mínima de segurança; o controlador não informou o voo ou o gerente de operações da situação. As condições atuais exigiam que o voo fosse mudado para o aeroporto alternativo, mas não foi. 

O as luzes do farol não direcional pulsaram, mas a aeronave começou a desviar ligeiramente para a esquerda. O controlador notificou a tripulação do desvio e instruiu-a a corrigir o curso em 2° e seguir as luzes para se aproximar da pista. 

A tripulação confirmou ter ouvido o que o controlador disse e afirmou ter visto as luzes do farol. O controlador então instruiu o voo a alterar o curso em 3°; a aeronave passou de um pouco à esquerda da pista para um pouco à direita. O controlador aconselhou a tripulação a abortar o pouso e fazer uma arremetida, mas a tripulação ignorou a instrução e continuou com o pouso.

Durante a aproximação, o capitão Azakov instruiu o piloto em comando Artamonov a conduzir uma aproximação por instrumentos, enquanto Azakov assumiu outras funções de pouso. 

Houve confusão entre a tripulação na altitude de decisão (130 metros) porque o controlador disse para dar a volta devido à visibilidade, mas tanto o navegador quanto o inspetor disseram ao capitão que viram as luzes da pista, levando o capitão a continuar o pouso. 

Pouco depois, a tripulação perdeu as luzes de vista, mas o capitão não percebeu que o resto da tripulação perdeu as luzes de vista; o capitão então desviou a atenção de seus instrumentos para procurar as luzes, fazendo com que a aeronave saísse do curso. 

Quando o controlador comandou o voo para fazer uma arremetida, o inspetor procurava as luzes enquanto o piloto em comando esperava que ele o instruísse a dar a volta. Segundos antes da queda o capitão viu que o avião estava prestes a cair e tentou evitar a colisão com o solo, e só então o Azakov ordenou que ele desse uma arremetida.

Às 21h01, horário de Moscou, o voo caiu 210 metros (690 pés) à direita da pista a uma velocidade de 300 quilômetros por hora (190 mph). O trem de pouso foi arrancado e as asas direitas separadas do resto do avião. A asa esquerda e a fuselagem foram quebradas em vários pedaços e um incêndio começou, queimando parcialmente os destroços. 

O operador de rádio, dois comissários de bordo e 61 passageiros (incluindo seis crianças) morreram no acidente. Dezessete dos sobreviventes sofreram ferimentos.

Túmulos de membros da tripulação do voo 101/X-20 (Imagem: airdisaster.ru)
As causas do acidente foram descritas a seguir:
  1. O controlador de tráfego aéreo despachar o voo para pouso em condições meteorológicas abaixo das condições mínimas de segurança e não informar imediatamente a tripulação sobre tais condições;
  2. Erro da tripulação ao executar a aproximação perdida tardia e voar em tempo inseguro.
Uma causa secundária do acidente foi a falha do METAR em fornecer boletins meteorológicos às 20:00, 20:15 e 20:30, quando o mau tempo se intensificou, o que teria ajudado a auxiliar o voo a determinar se deveria ter continuado com a aproximação.

Observou-se também que o chefe da Diretoria de Aviação Civil do Cazaquistão não deveria auxiliar a tripulação no voo, pois já havia trabalhado quinze horas naquele dia e não possuía atestado médico para voar.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Aconteceu em 4 de janeiro de 1990: Incidente no voo 5 da Northwest Airlines - Queda de um motor em voo

Quando você ouve falar de uma aeronave 'perdendo um motor', provavelmente pensa na perda em termos de potência do motor, devido a algum tipo de falha. Mas e quando uma aeronave perde fisicamente um motor ao se desprender completamente dele? 

Uma coisa dessas aconteceu com um Boeing 727 da Northwest Airlines em rota de Miami para Minneapolis, com o incidente ocorrendo há 33 anos na data de hoje.

O voo 5 da Northwest Airlines foi um serviço originado no Aeroporto Internacional de Miami (MIA), na Flórida. Seu destino era Minneapolis-Saint Paul International (MSP) de Minnesota, o aeroporto mais movimentado do meio-oeste dos Estados Unidos. Esta é uma rota operada hoje pela American Airlines, Delta Air Lines, Spirit Airlines e Sun Country Airlines. A última dessas transportadoras atende o corredor apenas sazonalmente.


Em 4 de janeiro de 1990, o Boeing 727-251, prefixo N280US, da Northwest Airlines (foto acima), levava a bordo 139 passageiros e seis tripulantes, perfazendo um total de 145 pessoas. Operado por um avião de 14 anos, o voo decolou nos céus da Flórida por volta das 08h15, horário local.

Pouco menos de uma hora no voo doméstico da manhã, algo bastante peculiar aconteceu. Por volta das 09h10, horário local, enquanto sobrevoava Madison, Flórida, os pilotos da aeronave ouviram um forte estrondo na parte traseira do avião. Depois disso, a uma altitude de 35.000 pés, eles notaram que o motor de estibordo do trijet (no lado direito do Boeing 727) havia perdido potência.

Claro, as aeronaves são projetadas para ainda funcionar no caso de perda de potência de um motor. Como tal, o 727 atingido foi capaz de continuar voando sob a potência de seus dois turbofans restantes, ou seja, os montados no centro e à esquerda da cauda do trijet, por quase 50 minutos. No entanto, por questões de segurança, a tripulação acabou optando por fazer um pouso de emergência em Tampa, Flórida.

Fizeram-no em segurança às 09h58, sem feridos a bordo. Foi nesse ponto que a curiosa realidade da situação se tornou evidente. A aeronave não havia perdido apenas a potência do motor montado a estibordo, mas sim o próprio motor! O motor, um Pratt & Whitney JT8D-15, foi localizado perto da cidade de Madison, na Flórida, um dia depois, tendo caído do jato em voo.

A aeronave após o pouso sem um dos motores. Esta foto foi exibida no USA Today e
no New York Times em 05 de janeiro de 1990 (Foto via ASN)
Uma investigação sobre o incidente descobriu que ele foi causado por uma vedação de banheiro instalada incorretamente perto do motor. Isso fez com que o motor em questão ingerisse pedaços de fluido congelado durante o voo, danificando suas pás no processo e, finalmente, causando sua falha. 

No entanto, você sabia que a separação total do motor da aeronave era na verdade uma característica do projeto do Boeing 727?

De fato, o Chicago Tribune informou que os turbofans do trijato foram projetados para desviar "sob certas condições". Isso ajudou a manter a aeronave segura, pois garantiu uma quebra limpa, o que significa que o motor não levou nada da fuselagem com ele ao cair. Afinal, isso poderia causar danos estruturais mais sérios.

Por acaso, esse também foi o caso em um incidente semelhante envolvendo um Boeing 727 da American Airlines em abril de 1985. De acordo com o Los Angeles Times, o trijato estava voando de Dallas para San Diego quando o motor aparentemente 'pegou' sobre o Novo México. No entanto, com a tripulação encontrando apenas pequenas dificuldades, eles continuaram para San Diego, onde a perda física do motor acabou se tornando aparente.

De qualquer forma, este incidente também resultou em um pouso seguro, após o qual a aeronave foi levada para inspeção. No entanto, a quebra limpa significou que a aeronave estava em um estado muito melhor do que poderia estar.

Devido à natureza não dramática do intervalo envolvendo o voo 5, o N280US permaneceu na Northwest Airlines após o incidente. Segundo dados do ATDB.aero, lá permaneceu até 1995, antes de passar para a TransMeridian.

O fez no ano seguinte, e também foi arrendado brevemente à Aeropostal Alas de Venezuela em 1998. Esse ano marcou o fim da sua carreira, após 23 anos nos céus.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e Simple Flying)