Apesar das greves, da guerra e dos apelos dos ecologistas pela diminuição dos deslocamentos em avião, o tráfego aéreo europeu atingiu, no ano passado, 83% do nível que tinha em 2019, antes da pandemia de covid, uma recuperação "sólida" impulsionada por companhias de baixo custo e destinos no sul da Europa, informou o Eurocontrol na segunda-feira (2).
O órgão que monitora o tráfego aéreo adiou em um ano, até 2025, sua estimativa da data de retorno do nível pré-crise, devido à fragilidade da recuperação da economia e ao risco de que persista a guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia.
Companhias aéreas e aeroportos registraram 2 bilhões de passageiros em 2022 — em 2019 foram 2,42 bilhões — com fortes "disparidades" entre países e empresas. Estes números incluem todas as partidas e chegadas ao território europeu.
A Alemanha, por exemplo, atingiu 75% do nível de tráfego que tinha antes da crise em 2022, contra 86% na França; 91% na Espanha; e 96% em Portugal. Já na Grécia, o tráfego aéreo chegou a 101% do volume de três anos atrás.
Companhias de baixo custo
De acordo com os dados fornecidos pelas empresas, as companhias aéreas de baixo custo saíram mais fortalecidas da crise, alcançando 85% do tráfego em relação a 2019, ante 75% das companhias aéreas tradicionais.
"Em 2022, a aviação europeia resistiu à tempestade", resumiu o Eurocontrol.
A agência projeta que o número de voos anuais no continente europeu chegará este ano a 92% do nível de 2019. Antecipa, no entanto, um ano "difícil" pelo desafio de limitar os atrasos, um problema que afetou muitos viajantes no início do verão no hemisfério norte, em 2022.
Via RFI (Com informações da AFP)
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