O governador Aécio Neves apresentou nesta quarta-feira (26), ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante reunião em Brasília, um plano de desenvolvimento de longo prazo para o setor aéreo em Minas Gerais.
Na proposta constam o aumento da capacidade do terminal de passageiros e construção de um segundo terminal no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a manutenção dos vôos regionais no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e a concessão do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, próximo a Juiz de Fora.
“O ministro, a princípio, concorda com as nossas ponderações e vai, obviamente, discutir isso mais profundamente com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e com a Infraero, em razão dos investimentos necessários. Acho que ficou muito bem encaminhado”, disse o governador, em entrevista após o encontro com o ministro.
A intenção do Governo de Minas Gerais, já visando a Copa do Mundo de 2014, é dobrar a capacidade do terminal de passageiros de Confins, com a construção de um novo terminal.
“Tivemos em 2008, 5,2 milhões de passageiros em Confins. Já batemos no teto da capacidade daquele terminal e deixamos aqui o pleito, para que esse primeiro terminal, único hoje em Confins, seja ampliado para 7 milhões de passageiros por ano. E solicitamos a elaboração de um projeto executivo para o início das obras do terminal dois, para mais 7 milhões de passageiros a cada ano. O objetivo é que tenhamos esses dois terminais já em funcionamento, com capacidade de 14 milhões de passageiros, em 2014. Mas é preciso que isso se inicie rapidamente”, explicou Aécio Neves.
O projeto executivo é que determinará o valor do investimento a ser feito no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, para a ampliação da sua capacidade. Uma das possibilidades apresentadas pelo governador, para viabilizar o investimento, é a adoção do modelo de Parceria Público-Privada (PPP), a exemplo do que tem ocorrido nos setores de transporte terrestre e de segurança, em Minas.
“Minas Gerais é pioneira em PPPs. Trouxemos ao ministro, inclusive, algumas informações e dados sobre a viabilidade de uma PPP para esse terminal 2, porque temos o objetivo de estar pronto na Copa do Mundo. Se o governo federal não tiver os recursos necessários para a viabilização, a PPP passa a ser a primeira alternativa, e a concessão direta para o setor privado a terceira alternativa. Mas cabe à Infraero fazer o projeto executivo detalhado”, disse Aécio Neves.
PampulhaSobre o Aeroporto da Pampulha, o governador reforçou ao ministro Nelson Jobim a importância estratégica do terminal para o desenvolvimento da aviação regional.
“Fizemos ver ao ministro, mais uma vez, que esse aeroporto tem característica para aviação executiva, vôos regionais e manutenção de aeronaves. Queremos manter os limites de porte de aeronaves que descerão no Aeroporto da Pampulha, para fortalecer essa vocação”, afirmou.
A estratégia do Governo de Minas vem dando resultados positivos. Além do crescimento de mais de 60% da aviação regional no Aeroporto da Pampulha, o Aeroporto Internacional de Confins teve aumento de 123% no lucro operacional, no primeiro semestre de 2008, sobre o mesmo período de 2007, atingindo R$ 12,3 milhões.
Com esse resultado, o Aeroporto Tancredo Neves saltou do 11º para o 6º lugar no ranking de lucratividade dos aeroportos brasileiros, deixando no passado o estigma de “elefante branco”. No ano anterior à transferência dos vôos, em 2004, Confins registrou prejuízo operacional de R$ 7,5 milhões.
O Aeroporto da Pampulha vem se consolidando como centro de distribuição de voos regionais, da principal base de operação da aviação geral, taxi aéreo e helicópteros do Estado, além de sediar, crescentemente, empresas de manutenção aeronáutica.
O Aeroporto Internacional Tancredo Neves já opera 52 vôos internacionais semanais para os Estados Unidos, América Central, Cone Sul e Europa.
Goianá
O plano de desenvolvimento do setor aéreo traçado para Minas Gerais prevê a concessão à iniciativa privada da operação do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, a cerca de 35 km de Juiz de Fora. O pedido de autorização para a realização da concessão foi feito pelo governador ao ministro, durante a reunião em Brasília.
“O ministro está discutindo, já em caráter final, com o presidente da República, um decreto que permitiria à União fazer a concessão daquele sítio aeroviário. Já existem grupos regionais locais interessados em operar aquele aeroporto e dessa forma deixaremos a equação aeroviária de Minas Gerais completa”, afirmou Aécio Neves.
Além do transporte de passageiros, o aeroporto de Goianá terá um importante papel no transporte de cargas. O primeiro passo do processo de concessão do aeroporto foi a abertura de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), no início deste ano, quando quatro empresas apresentaram suas propostas. Com base nos estudos apresentados, foi definida a forma de concessão pura, por um período de 20 anos, com a expectativa de operação plena a partir do sétimo mês de concessão.
Aeroporto IndustrialSobre o Aeroporto Industrial, que vai funcionar nas imediações do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, o governador explicou que as obras estão em andamento e a estrutura da Receita Federal também está sendo implantada. As obras chegaram a ficar por um breve período interrompidas, por questões ambientais.
“Na verdade, houve uma falta de informação de quem paralisou as obras. Não há ali nenhum dano ambiental, ao contrário, há uma preocupação permanente nossa com a preservação ambiental de toda essa região. O ministro conheceu hoje, repito, o master plan de desenvolvimento dentro do sítio aeroportuário, com todas as suas variáveis, inclusive as variáveis ambientais. Estamos fazendo algo que o Brasil ainda não fez: planejar não apenas um ou dois governos, mas planejar as próximas décadas”, disse o governador.
Fonte: Agência Minas via Farol Comunitário
A presidente da agência de segurança em transportes (NTSB, pela sigla em inglês) Deborah Hersman, pediu nesta quinta-feira, 27, o estabelecimento de novas regras de voo para movimentado o espaço aéreo sobre Manhattan. O pedido foi feito menos de três semanas depois de um pequeno avião e um helicóptero de turismo terem se chocado, matando nove pessoas.
