Cerca de 10 milhões de passagens aéreas por ano. Esse é o número que será incrementado em vendas de bilhetes aéreos no Brasil, com o ingresso das classes C e D do mercado de aviação do país, o que pode representar um novo gargalo no sistema aeroviário brasileiro. A estimativa é da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (ANDEP). Companhias aéreas, como TAM e Azul, anunciaram, no início do mês, ações para atrair essas classes ao mercado da aviação, principalmente com a venda de bilhetes em redes varejistas. Oferecer condições adequadas para atender à demanda, porém, pode se tornar um desafio.
Segundo o vice presidente da ANDEP, Alcebíades Santini, a inclusão do novo público pode gerar um colapso nos aeroportos brasileiros, se algumas questões do setor não forem revistas. “Falta investimento em infraestrutura, tecnologia e treinamento de mão de obra no segmento da aviação brasileira. Além desse novo público, temos que lembrar principalmente a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, e dos pré-eventos relacionados a eles, que exigem do país uma infraestrutura adequada e cuidado com a imagem que será transmitida aos turistas estrangeiros”, ressalta.
Alcebíades Santini lembra que a inclusão dos novos consumidores é bem-vinda, mas deve haver uma preocupação com segurança, pontualidade e estrutura capaz de atender toda essa demanda. “Para que haja sucesso no ingresso das novas classes, é preciso que todos os atores do setor, como Infraero, Anac, Ministério da Defesa e companhias aéreas tenham consciência do novo cenário e identifiquem as novas demandas, com indicadores que permitam mensurar as ações que deverão ser implementadas.”
Pesquisa da consultoria Lafis, publicada terça-feira no Estado de Minas, já anunciava que a previsão é de que a procura por voos domésticos cresça 35,2% em 2010, devido à elevação de renda, com maior acesso das classes C e D aos serviços aéreos e à expansão dos destinos pelas companhias aéreas. No mercado de voos internacionais, a tendência de valorização do real e de crescimento da renda média devem gerar um incremento de 18,4%.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros transportados vem crescendo acima de 20% por ano, desde 2000. Somente até abril deste ano, o aumento já era superior a 23% em comparação ao mesmo período do ano passado. O consultor jurídico da ANDEP, Marcelo Santini, considera os números alarmantes. “Não existe ainda uma definição clara de estratégias para a infraestrutura aeroviária brasileira. Se continuar assim, um apagão aéreo é questão de meses”.
Procurada pelo EM, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou que não vai se pronunciar sobre a possibilidade de exigir novas providências das companhias aéreas diante desse crescimento, e que há uma preocupação do órgão em rever a legislação para assessorar melhor os consumidores, com informações mais claras sobre seus direitos diante das companhias aéreas.
A Infraero informou, em nota, que “os 67 aeroportos administrados pela empresa têm condições de receber aumento de demanda. Vários desses aeroportos operam com intenso movimento de passageiros e aeronaves em horários-pico, mas nada impede esses aeroportos de receber novas operações em horários de menor movimento. A Infraero, inclusive, trabalha com uma política de aprovar novos voos em horários de menor volume de operações. Além desses procedimentos, a Infraero pode fazer ajustes em sua estrutura, como as mudanças de layout de salas de embarque e desembarque, que possibilitam ganho de espaço para receber um volume maior de passageiros”.
Fonte: Marina Rigueira (Estado de Minas) via Portal UAI
Segundo o vice presidente da ANDEP, Alcebíades Santini, a inclusão do novo público pode gerar um colapso nos aeroportos brasileiros, se algumas questões do setor não forem revistas. “Falta investimento em infraestrutura, tecnologia e treinamento de mão de obra no segmento da aviação brasileira. Além desse novo público, temos que lembrar principalmente a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, e dos pré-eventos relacionados a eles, que exigem do país uma infraestrutura adequada e cuidado com a imagem que será transmitida aos turistas estrangeiros”, ressalta.
Alcebíades Santini lembra que a inclusão dos novos consumidores é bem-vinda, mas deve haver uma preocupação com segurança, pontualidade e estrutura capaz de atender toda essa demanda. “Para que haja sucesso no ingresso das novas classes, é preciso que todos os atores do setor, como Infraero, Anac, Ministério da Defesa e companhias aéreas tenham consciência do novo cenário e identifiquem as novas demandas, com indicadores que permitam mensurar as ações que deverão ser implementadas.”
Pesquisa da consultoria Lafis, publicada terça-feira no Estado de Minas, já anunciava que a previsão é de que a procura por voos domésticos cresça 35,2% em 2010, devido à elevação de renda, com maior acesso das classes C e D aos serviços aéreos e à expansão dos destinos pelas companhias aéreas. No mercado de voos internacionais, a tendência de valorização do real e de crescimento da renda média devem gerar um incremento de 18,4%.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros transportados vem crescendo acima de 20% por ano, desde 2000. Somente até abril deste ano, o aumento já era superior a 23% em comparação ao mesmo período do ano passado. O consultor jurídico da ANDEP, Marcelo Santini, considera os números alarmantes. “Não existe ainda uma definição clara de estratégias para a infraestrutura aeroviária brasileira. Se continuar assim, um apagão aéreo é questão de meses”.
Procurada pelo EM, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou que não vai se pronunciar sobre a possibilidade de exigir novas providências das companhias aéreas diante desse crescimento, e que há uma preocupação do órgão em rever a legislação para assessorar melhor os consumidores, com informações mais claras sobre seus direitos diante das companhias aéreas.
A Infraero informou, em nota, que “os 67 aeroportos administrados pela empresa têm condições de receber aumento de demanda. Vários desses aeroportos operam com intenso movimento de passageiros e aeronaves em horários-pico, mas nada impede esses aeroportos de receber novas operações em horários de menor movimento. A Infraero, inclusive, trabalha com uma política de aprovar novos voos em horários de menor volume de operações. Além desses procedimentos, a Infraero pode fazer ajustes em sua estrutura, como as mudanças de layout de salas de embarque e desembarque, que possibilitam ganho de espaço para receber um volume maior de passageiros”.
Fonte: Marina Rigueira (Estado de Minas) via Portal UAI
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