A nuvem de cinzas da Islândia pode estar se dissipando, mas os seus efeitos serão sentidos por muito tempo. Empresários e cientistas estão avaliando os danos e questionando por que tudo deu tão errado. Como é que a Europa poderia se preparar melhor para a próxima erupção?
A revista alemã Der Spiegel fez um levantamento do que está sendo preparado para evitar situações semelhantes no futuro. Confira:
Perigo iminente
Erupções vulcânicas podem ocorrer a qualquer momento. Por isso, as agências de controle de tráfego aéreo, companhias aéreas, aeroportos e passageiros deveriam estar preparados para o pior. Nos últimos séculos, por exemplo, as erupções do Eyjafjallajokull foram geralmente seguidas de erupções do Katla, o vulcão vizinho.
O risco das cinzas
Organizações de tráfego aéreo bateram cabeça sobre o real risco das cinzas vulcânicas para as aeronaves. Ninguém sabe com certeza qual é a concentração mínima de cinzas que obrigaria o fechamento do espaço aéreo. É preciso que meteorologistas tenham o conhecimento necessário e o equipamento apropriado para o estudo da nuvem de cinzas.
Novo seguro
As companhias aéreas têm seguros contra danos a aeronaves ou ferimentos e mortes de passageiros, mas não para protegê-las contra o tipo de cancelamento que a Europa experimentou nos últimos dias. As seguradoras estão considerando a criação de um seguro que cobrisse esses acontecimentos.
Assistência estatal
Certas companhias aéreas temem que sejam incapazes de arcar com os prejuízos do caos aéreo, e algumas delas estão até advertindo que poderão falir. Em vez de exigirem indenizações do governo, elas estão solicitando injeções financeiras governamentais.
Melhoria nas turbinas
A maioria dos especialistas acredita que existe um risco das cinzas vulcânicas danificarem as turbinas dos aviões, pelo menos teoricamente. O aperfeiçoamento dessa tecnologia é difícil, mas existem possibilidades. Uma opção seria filtrar o ar que adere às turbinas e expelir as impurezas do motor usando um efeito de centrífuga antes que as partículas entrassem na câmara de combustão ou tivessem contato com as lâminas das turbinas, onde elas poderiam provocar danos.
Tubulações entupidas
Aperfeiçoamentos das lâminas das turbinas, que possuem numerosos orifícios, também seriam possíveis. Dependendo da sua composição química, a cinza vulcânica pode derreter-se ao entrar na turbina. Esse efeito cria uma película fina de vidro derretido que é capaz de entupir o sistema de arrefecimento da turbina.
Controle único
Na Europa, cada país toma suas próprias decisões de como, quanto e onde os aviões podem voar. Os ministros dos Transportes da União Europeia só chegaram a um acordo quanto a um relaxamento das proibições de voos na segunda-feira. Por isso, ressurgiu a discussão sobre a criação do Single European Sky (SES, sigla em inglês para Céu Europeu Único), que organizaria o espaço aéreo e a navegação aérea em um nível europeu, em vez de nacional.
Os prejuízos
- Segundo a Associação de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), as companhias aéreas perderam um total de 1,3 bilhão de euros (R$ 3,1 bilhões) como resultado da nuvem de cinzas vulcânicas que encobriu a Europa.
- O Conselho de Aeroportos Internacionais (ACI) da Europa diz que os aeroportos tiveram o mesmo prejuízo por terem ficado fechados durante dias.
- Enquanto isso, agências do governo e companhias envolvidas com o controle do tráfego aéreo tiveram um prejuízo diário de 25 milhões de euros (R$ 59 milhões).
Fonte: Zero Hora
A revista alemã Der Spiegel fez um levantamento do que está sendo preparado para evitar situações semelhantes no futuro. Confira:
Perigo iminente
Erupções vulcânicas podem ocorrer a qualquer momento. Por isso, as agências de controle de tráfego aéreo, companhias aéreas, aeroportos e passageiros deveriam estar preparados para o pior. Nos últimos séculos, por exemplo, as erupções do Eyjafjallajokull foram geralmente seguidas de erupções do Katla, o vulcão vizinho.
O risco das cinzas
Organizações de tráfego aéreo bateram cabeça sobre o real risco das cinzas vulcânicas para as aeronaves. Ninguém sabe com certeza qual é a concentração mínima de cinzas que obrigaria o fechamento do espaço aéreo. É preciso que meteorologistas tenham o conhecimento necessário e o equipamento apropriado para o estudo da nuvem de cinzas.
Novo seguro
As companhias aéreas têm seguros contra danos a aeronaves ou ferimentos e mortes de passageiros, mas não para protegê-las contra o tipo de cancelamento que a Europa experimentou nos últimos dias. As seguradoras estão considerando a criação de um seguro que cobrisse esses acontecimentos.
Assistência estatal
Certas companhias aéreas temem que sejam incapazes de arcar com os prejuízos do caos aéreo, e algumas delas estão até advertindo que poderão falir. Em vez de exigirem indenizações do governo, elas estão solicitando injeções financeiras governamentais.
Melhoria nas turbinas
A maioria dos especialistas acredita que existe um risco das cinzas vulcânicas danificarem as turbinas dos aviões, pelo menos teoricamente. O aperfeiçoamento dessa tecnologia é difícil, mas existem possibilidades. Uma opção seria filtrar o ar que adere às turbinas e expelir as impurezas do motor usando um efeito de centrífuga antes que as partículas entrassem na câmara de combustão ou tivessem contato com as lâminas das turbinas, onde elas poderiam provocar danos.
Tubulações entupidas
Aperfeiçoamentos das lâminas das turbinas, que possuem numerosos orifícios, também seriam possíveis. Dependendo da sua composição química, a cinza vulcânica pode derreter-se ao entrar na turbina. Esse efeito cria uma película fina de vidro derretido que é capaz de entupir o sistema de arrefecimento da turbina.
Controle único
Na Europa, cada país toma suas próprias decisões de como, quanto e onde os aviões podem voar. Os ministros dos Transportes da União Europeia só chegaram a um acordo quanto a um relaxamento das proibições de voos na segunda-feira. Por isso, ressurgiu a discussão sobre a criação do Single European Sky (SES, sigla em inglês para Céu Europeu Único), que organizaria o espaço aéreo e a navegação aérea em um nível europeu, em vez de nacional.
Os prejuízos
- Segundo a Associação de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), as companhias aéreas perderam um total de 1,3 bilhão de euros (R$ 3,1 bilhões) como resultado da nuvem de cinzas vulcânicas que encobriu a Europa.
- O Conselho de Aeroportos Internacionais (ACI) da Europa diz que os aeroportos tiveram o mesmo prejuízo por terem ficado fechados durante dias.
- Enquanto isso, agências do governo e companhias envolvidas com o controle do tráfego aéreo tiveram um prejuízo diário de 25 milhões de euros (R$ 59 milhões).
Fonte: Zero Hora
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