A possibilidade de parcelar a passagem aérea em até 60 vezes representa um perigo para o orçamento familiar. Com a facilidade na hora de pagar a viagem das férias, o custo com a operação financeira, já que os juros podem chegar a altísssimos 5,99% ao mês, ou cerca de 100% ao ano, encarece o bilhete aéreo em até 150%, segundo revela reportagem de Erica Ribeiro e Bruno Rosa em reportagem publicada na edição desta segunda-feira do GLOBO.
É o caso do trecho de ida e volta do Rio para Santiago, no Chile. Comprando pela Gol, o preço à vista sai a R$ 1.612,74. Mas se o passageiro optar pelo parcelamento em 36 vezes oferecido pela companhia aérea, com juros de 5,99% ao mês, o mesmo bilhete custará R$ 4.040,64. O trecho Rio-Salvador pela empresa tem o mesmo avanço. A passagem salta de R$ 1.127,24 para R$ 2.824,20.
Os cálculos foram feitos pelo economista Nelson de Souza, professor do Ibmec-RJ. O valor da passagem se refere a um bilhete de ida e volta na primeira semana de fevereiro. Segundo especialistas em finanças pessoais, o ideal é fugir das altas taxas de juros e evitar parcelamentos prolongados, para não prejudicar o fluxo de caixa do orçamento.
A maioria das companhias aéreas, como GOL, TAM, Azul, Air France e Delta parcelam em até seis vezes sem juros, dependendo do destino da viagem. Porém, o fato de a parcela caber no bolso muitas vezes se torna o grande atrativo para quem quer viajar e não tem como pagar á vista.
- Pesquisar as taxas de juros é fundamental. Não tem sentido pagar 5,99% ao mês de juros para comprar uma passagem aérea, já que existem linhas de empréstimo pessoal no banco, que cobram em média 4,82% por mês. Para quem quer viajar e não tem condições financeiras de comprar de uma vez só, o melhor é pegar um empréstimo em alguma instituição financeira e pagar o bilhete à vista. Assim, troca-se o que seria uma dívida cara por uma um pouco mais em conta - atesta Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
Opções de parcelamento não faltam quando o assunto é viajar. A Trip selou parceria com o Banco do Brasil e concede pagamento parcelado em até 60 meses, com juros de 2,1% ao mês. A TAM também fechou parcerias semelhantes, embora com menos prestações: as taxas são de 1,99% ao mês para quem pagar em até 24 vezes; 2,29% ao mês para parcelamentos de 25 a 36 meses e 2,59% ao mês para quem optar por parcelar a compra de bilhetes de 26 a 48 vezes. A vigência é até 31 de janeiro.
O analista de comunicação Bruno Morais (foto), de 28 anos, parcelou a compra do bilhete em suas últimas férias, quando esteve em Berlim e outras cidades europeias. Chegou a pesquisar maneiras de financiar a viagem em parcelas menores e sem juros, mas achou que o valor pesaria demais no orçamento. Por isso, financiou em mais parcelas e pagou R$ 700 a mais somente com os juros.
- Decidi parcelar para não adiar as férias e a vontade de conhecer a Europa. Tracei todas as possibilidades de pagamento e não tive escolha. Mas valeu a pena assim mesmo - diz Morais, que já planeja a próxima viagem. - Se eu não conseguir juntar dinheiro, provavelmente vou optar por parcelar.
Fonte: O Globo - Foto: Carlos Ivan/Agência O Globo
É o caso do trecho de ida e volta do Rio para Santiago, no Chile. Comprando pela Gol, o preço à vista sai a R$ 1.612,74. Mas se o passageiro optar pelo parcelamento em 36 vezes oferecido pela companhia aérea, com juros de 5,99% ao mês, o mesmo bilhete custará R$ 4.040,64. O trecho Rio-Salvador pela empresa tem o mesmo avanço. A passagem salta de R$ 1.127,24 para R$ 2.824,20.
Os cálculos foram feitos pelo economista Nelson de Souza, professor do Ibmec-RJ. O valor da passagem se refere a um bilhete de ida e volta na primeira semana de fevereiro. Segundo especialistas em finanças pessoais, o ideal é fugir das altas taxas de juros e evitar parcelamentos prolongados, para não prejudicar o fluxo de caixa do orçamento.
A maioria das companhias aéreas, como GOL, TAM, Azul, Air France e Delta parcelam em até seis vezes sem juros, dependendo do destino da viagem. Porém, o fato de a parcela caber no bolso muitas vezes se torna o grande atrativo para quem quer viajar e não tem como pagar á vista.
- Pesquisar as taxas de juros é fundamental. Não tem sentido pagar 5,99% ao mês de juros para comprar uma passagem aérea, já que existem linhas de empréstimo pessoal no banco, que cobram em média 4,82% por mês. Para quem quer viajar e não tem condições financeiras de comprar de uma vez só, o melhor é pegar um empréstimo em alguma instituição financeira e pagar o bilhete à vista. Assim, troca-se o que seria uma dívida cara por uma um pouco mais em conta - atesta Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
Opções de parcelamento não faltam quando o assunto é viajar. A Trip selou parceria com o Banco do Brasil e concede pagamento parcelado em até 60 meses, com juros de 2,1% ao mês. A TAM também fechou parcerias semelhantes, embora com menos prestações: as taxas são de 1,99% ao mês para quem pagar em até 24 vezes; 2,29% ao mês para parcelamentos de 25 a 36 meses e 2,59% ao mês para quem optar por parcelar a compra de bilhetes de 26 a 48 vezes. A vigência é até 31 de janeiro.
O analista de comunicação Bruno Morais (foto), de 28 anos, parcelou a compra do bilhete em suas últimas férias, quando esteve em Berlim e outras cidades europeias. Chegou a pesquisar maneiras de financiar a viagem em parcelas menores e sem juros, mas achou que o valor pesaria demais no orçamento. Por isso, financiou em mais parcelas e pagou R$ 700 a mais somente com os juros.
- Decidi parcelar para não adiar as férias e a vontade de conhecer a Europa. Tracei todas as possibilidades de pagamento e não tive escolha. Mas valeu a pena assim mesmo - diz Morais, que já planeja a próxima viagem. - Se eu não conseguir juntar dinheiro, provavelmente vou optar por parcelar.
Fonte: O Globo - Foto: Carlos Ivan/Agência O Globo
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