A rapidez com que os aviões nos transportam em torno do globo terrestre troca completamente as voltas ao nosso organismo. Saiba como minimizar o desconforto
O termo jat lag designa o estado de desequilíbrio entre o ritmo biológico do organismo humano e os indicadores externos ambientais que normalmente lhe servem de referência, causado pelas viagens de avião que cruzam o globo terrestre em direção a leste ou a oeste.
Como a luz do Sol é a referência mais importante de todas, não é de estranhar que o nosso "relógio biológico" se desoriente quando atravessamos rapidamente vários fusos horários e alteramos a sequência habitual do dia e da noite, dos períodos de atividade e de sono. A duração do voo pode influenciar o grau de cansaço, mas é menos relevante: por exemplo, atravessar os EUA de leste a oeste (três fusos horários) causa mais jat lag do que um voo de norte para sul com a mesma duração.
Desconforto
Quanto maior é a diferença horária entre o local de partida e o de chegada, mais acentuado é o jet lag e mais tempo é preciso para acertar o nosso organismo com o hora do destino: em média, cerca de um dia de recuperação por cada hora de diferença.
Verifica-se, ainda, que voar para leste causa um jat lag mais intenso do que no sentido inverso, embora não se conheça, ao certo, a causa.
A desorientação gerada pelo jat lag pode manifestar-se de várias formas. Os sintomas mais comuns são distúrbios de sono, insónia, cansaço, irritação, dores de cabeça, problemas de estômago e intestinais, diminuição do rendimento físico e mental. Mas podem surgir, também, diarreia, enjoos, taquicardia, desorientação, perdas de memórias e até acne.
O mal-estar é geral e afeta os planos físico, mental e emocional. O grau é variável e depende de cada pessoa, do seu estado geral, dos sintomas manifesta, da duração e da frequência dos voos.
Quem é afetado
Os passageiros sofrem mais do que as tripulações dos aviões, que já estão habituadas aos fatores que o originam e, além disso, movimentam-se mais durante os voos.
Por outro lado, as pessoas que têm uma rotina de vida muito rígida são as que sofrem mais com o jet lag. Ao que parece, quem tem um dia-a-dia variado e imprevisível consegue ajustar mais facilmente os seus ritmos biológicos às mudanças. As pessoas que dormem bem e as crianças muito pequenas também têm, geralmente, menos problemas em adaptar-se a novos padrões.
O jet lag pode afetar qualquer um de nós. Mas convém lembrar que todos os nossos ciclos internos são programáveis, como os computadores, e por isso podemos sempre melhorar a resistência e a capacidade de adaptação do organismo. Um bom estado geral de saúde é fundamental. E os truques que aqui lhe sugerimos também podem ajudar.
Medidas de prevenção
Antes do voo:
• Evite fazer refeições pesadas; durma bem na noite anterior
• Se o destino tem mais de 5 horas de diferença horária, comece a alterar progressivamente os seus horários nesse sentido uns dias antes
• Faça exercício nos dias anteriores e caminhe no aeroporto
• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool
Durante o voo:
• Use roupas largas e sapatos confortáveis
• Acerte o quanto antes o relógio para a hora do destino
• Faça uma refeição leve. Beba água frequentemente
• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool
• Não fique de pernas cruzadas
• Tente dormir
• De duas em duas horas, levante-se, estique os braços e as pernas e ande um pouco na cabine de passageiros
À chegada:
• Faça uma caminhada no aeroporto
• Assim que puder, ponha as pernas para cima
• Tome um ducha revigorante
• Passe o máximo de tempo possível em áreas externas, ou pelo menos em locais com janelas, para se habituar às novas condições de luz
• Deite-se só quando chegar a noite, mesmo que esteja muito cansado, para acertar o sono
• Viajando a serviço, organize a agenda para nunca ir diretamente do aeroporto para uma reunião importante
• Programe as atividades mais exigentes para as horas em que estará com mais energia: à noite, se voou para leste, de manhã, se voou para oeste
Fonte: Vera Saldanha (Rotas & Destinos) - Ilustrações: André Kano
Como a luz do Sol é a referência mais importante de todas, não é de estranhar que o nosso "relógio biológico" se desoriente quando atravessamos rapidamente vários fusos horários e alteramos a sequência habitual do dia e da noite, dos períodos de atividade e de sono. A duração do voo pode influenciar o grau de cansaço, mas é menos relevante: por exemplo, atravessar os EUA de leste a oeste (três fusos horários) causa mais jat lag do que um voo de norte para sul com a mesma duração.
Desconforto
Quanto maior é a diferença horária entre o local de partida e o de chegada, mais acentuado é o jet lag e mais tempo é preciso para acertar o nosso organismo com o hora do destino: em média, cerca de um dia de recuperação por cada hora de diferença.
Verifica-se, ainda, que voar para leste causa um jat lag mais intenso do que no sentido inverso, embora não se conheça, ao certo, a causa.
A desorientação gerada pelo jat lag pode manifestar-se de várias formas. Os sintomas mais comuns são distúrbios de sono, insónia, cansaço, irritação, dores de cabeça, problemas de estômago e intestinais, diminuição do rendimento físico e mental. Mas podem surgir, também, diarreia, enjoos, taquicardia, desorientação, perdas de memórias e até acne.
O mal-estar é geral e afeta os planos físico, mental e emocional. O grau é variável e depende de cada pessoa, do seu estado geral, dos sintomas manifesta, da duração e da frequência dos voos.
Quem é afetado
Os passageiros sofrem mais do que as tripulações dos aviões, que já estão habituadas aos fatores que o originam e, além disso, movimentam-se mais durante os voos.
Por outro lado, as pessoas que têm uma rotina de vida muito rígida são as que sofrem mais com o jet lag. Ao que parece, quem tem um dia-a-dia variado e imprevisível consegue ajustar mais facilmente os seus ritmos biológicos às mudanças. As pessoas que dormem bem e as crianças muito pequenas também têm, geralmente, menos problemas em adaptar-se a novos padrões.
O jet lag pode afetar qualquer um de nós. Mas convém lembrar que todos os nossos ciclos internos são programáveis, como os computadores, e por isso podemos sempre melhorar a resistência e a capacidade de adaptação do organismo. Um bom estado geral de saúde é fundamental. E os truques que aqui lhe sugerimos também podem ajudar.
Medidas de prevenção
Antes do voo:
• Evite fazer refeições pesadas; durma bem na noite anterior
• Se o destino tem mais de 5 horas de diferença horária, comece a alterar progressivamente os seus horários nesse sentido uns dias antes
• Faça exercício nos dias anteriores e caminhe no aeroporto
• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool
Durante o voo:
• Use roupas largas e sapatos confortáveis
• Acerte o quanto antes o relógio para a hora do destino
• Faça uma refeição leve. Beba água frequentemente
• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool
• Não fique de pernas cruzadas
• Tente dormir
• De duas em duas horas, levante-se, estique os braços e as pernas e ande um pouco na cabine de passageiros
À chegada:
• Faça uma caminhada no aeroporto
• Assim que puder, ponha as pernas para cima
• Tome um ducha revigorante
• Passe o máximo de tempo possível em áreas externas, ou pelo menos em locais com janelas, para se habituar às novas condições de luz
• Deite-se só quando chegar a noite, mesmo que esteja muito cansado, para acertar o sono
• Viajando a serviço, organize a agenda para nunca ir diretamente do aeroporto para uma reunião importante
• Programe as atividades mais exigentes para as horas em que estará com mais energia: à noite, se voou para leste, de manhã, se voou para oeste
Fonte: Vera Saldanha (Rotas & Destinos) - Ilustrações: André Kano
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