quarta-feira, 23 de abril de 2008

Equipes encontram balões, mas padre continua desaparecido

Helicóptero, avião e embarcações participam das buscas pelo padre Adelir de Carli.

Na terça, balões foram achados a cerca de 50 quilômetros da costa, em Florianópolis.


Equipes de resgate ainda procuram o padre Adelir de Carli que voou preso a balões e desapareceu no litoral de Santa Catarina, na noite de domingo (20). Na terça-feira (22), parte dos balões foi encontrada a cerca de 50 quilômetros da costa, na região de Florianópolis. Mas os barcos enviados ao local não encontraram sinais do religioso.

As buscas aéreas foram retomadas nesta manhã, com um helicóptero da Marinha e um avião da Força Aérea Brasileira. Já as equipes que procuram o padre pelo mar trabalharam durante toda a madrugada. Quatro barcos da Marinha participam da operação de resgate.

Especialistas dizem que, desde que o padre caiu no mar, a temperatura da água se mantém a 20ºC. Nessas circunstâncias, o tempo de sobrevivência é considerado indeterminado, variando de um a quatro dias, dependendo das condições físicas e psicológicas de cada pessoa.

Pedido de ajuda

No domingo pela manhã, com chuva, o padre rezou uma missa especial em Paranaguá (PR). Às 13h, mesmo com o tempo ruim, ele decolou, levado por mil balões coloridos. O objetivo era divulgar a religião e a Pastoral Rodoviária.

O vento forte levou Carli até o litoral. No meio da tarde, ele fez um pedido de ajuda. "Preciso entrar em contato com o pessoal, para que eles me ensinem a operar esse GPS, para dar as coordenadas de latitude e longitude, que é a única forma que alguém por terra possa saber onde eu estou."

O último contato aconteceu pouco antes das 21h.

Primeiro vôo

O padre já viajou do Paraná para a Argentina no dia 13 de janeiro deste ano. Ele levantou vôo na cidade de Ampére (PR). Os balões atingiram 5,3 mil metros de altitude e o vôo durou quatro horas. Para se aproximar do chão e pousar, o padre usou um estilete: foi furando e soltando uma parte dos balões.

Fonte: G1

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