As grandes companhias aéreas americanas estão se tornando deficitárias com a disparada dos preços do petróleo, e os passageiros nos Estados Unidos começam a pagar o preço, com vôos cancelados, aviões cheios ao máximo e tarifas em alta.
Todas as companhias "históricas", que se tornaram timidamente rentáveis no ano passado após os problemas enfrentados depois do 11 de setembro de 2001, estiveram no vermelho no primeiro trimestre devido ao preço do querosene de aviação.
Nesta quarta-feira a Delta Air Lines, a terceira companhia amricana, e a Northwest Airlines, a quinta, que vão fazer a fusão, anunciaram perdas de 274 milhões para a Delta e de 191 milhões para a Northwest.
Outras "grandes" do céu americano também anunciaram déficits: Continental perdeu 80 milhões; American, 328 milhões e United, 537 milhões.
Todas explicaram que sua fatura de combustível aumentou cerca de 50% em comparação com o primeiro trimestre de 2007, o que se traduz em despesas suplementares de várias centenas de milhões de dólares.
Prevêem um impacto ainda maior no conjunto de 2008, num momento em que o preço do barril do petróleo roça os 120 dólares.
A Continental advertiu que sua fatura de combustível aumentaria de 1,5 bilhão de dólares este ano, a Northwest trabalha com 1,7 bilhão - mais que o dobro de seu lucro em 2007 - e a American prevê um aumento de 2,6 bilhões de dólares, para atingir 9,3 bilhões no total.
O combustível passou para o primeiro lugar em termos de custos, na frente da massa salarial e, segundo o banco Merrill Lynch todas serão deficitárias em 2008, com uma perda corrente acumulada de pelo menos 1,6 bilhão de dólares, e até mais, se o petróleo continuar a aumentar.
O analista da Calyon Ray Neidl julga que "as companhias vão sobreviver em 2008 mas suas contabilidades descerão a níveis alarmantes em 2009".
Muitas pequenas companhias não resistiram. As quebras se multiplicaram, com o fechamento recente de Frontier, Skybus, ATA, Aloha Airlines ou ainda Champion Air, com um acumulado de cerca de 4.600 demissões.
Para limitar os prejuízos, as grandes companhias reduzem sua capacidade de transporte em vôos domésticos nos Estados Unidos. É aí onde enxugam as perdas mais pesadas, em meio à concorrência de uma miríade de companhias de baixo custo impedindo-as até então de aumentar suas tarifas.
Os vôos domésticos americanos vão se tornar, assim, cada vez mais raros.
Até o fim de 2009, a Delta conta reduzir de 9 a 11% sua capacidade, cancelando de 15 a 20 vôos e retirando do serviço entre 60 a 70 aparelhos. A Northwest vai suprimir 5% de sua capacidade atual com menos 20 aviões. United Airlines vai aposentar 30 aparelhos e reduzir sua oferta num percentual de 9%, após uma primeira redução de 5% no final de 2007. A Continental prevê uma redução de 5% assim como a American Airlines.
A maior parte delas pretende aumentar os vôos internacionais, mais rentáveis, graça às viagens de negócios, mas a concorrência aumenta o risco de limitar suas ambições.
As companhias americanas querem também aumentar seus preços. Não forçosamente com os bilhetes mais caros; pretendem superfaturar uma quantidade de serviços: as bagagens suplementares custarão mais 10 a 50 dólares, a reserva dos lugares será muitas vezes paga, sem esquecer os alimentos fornecidos a bordo e a utilização de vídeos...
A United pretende suprimir 1.100 vagas de trabalho e a Delta conta com 2.000 saídas voluntárias.
A Continental pressiona seus pilotos para economizar combustível nos vôos transatlânticos, o que está fazendo aumentar agora em 2007 as demandas por pouso de urgência de aparelhos com os reservatórios quase vazios, segundo um relatório oficial recente.
Fonte: AFP
Todas as companhias "históricas", que se tornaram timidamente rentáveis no ano passado após os problemas enfrentados depois do 11 de setembro de 2001, estiveram no vermelho no primeiro trimestre devido ao preço do querosene de aviação.
Nesta quarta-feira a Delta Air Lines, a terceira companhia amricana, e a Northwest Airlines, a quinta, que vão fazer a fusão, anunciaram perdas de 274 milhões para a Delta e de 191 milhões para a Northwest.
Outras "grandes" do céu americano também anunciaram déficits: Continental perdeu 80 milhões; American, 328 milhões e United, 537 milhões.
Todas explicaram que sua fatura de combustível aumentou cerca de 50% em comparação com o primeiro trimestre de 2007, o que se traduz em despesas suplementares de várias centenas de milhões de dólares.
Prevêem um impacto ainda maior no conjunto de 2008, num momento em que o preço do barril do petróleo roça os 120 dólares.
A Continental advertiu que sua fatura de combustível aumentaria de 1,5 bilhão de dólares este ano, a Northwest trabalha com 1,7 bilhão - mais que o dobro de seu lucro em 2007 - e a American prevê um aumento de 2,6 bilhões de dólares, para atingir 9,3 bilhões no total.
O combustível passou para o primeiro lugar em termos de custos, na frente da massa salarial e, segundo o banco Merrill Lynch todas serão deficitárias em 2008, com uma perda corrente acumulada de pelo menos 1,6 bilhão de dólares, e até mais, se o petróleo continuar a aumentar.
O analista da Calyon Ray Neidl julga que "as companhias vão sobreviver em 2008 mas suas contabilidades descerão a níveis alarmantes em 2009".
Muitas pequenas companhias não resistiram. As quebras se multiplicaram, com o fechamento recente de Frontier, Skybus, ATA, Aloha Airlines ou ainda Champion Air, com um acumulado de cerca de 4.600 demissões.
Para limitar os prejuízos, as grandes companhias reduzem sua capacidade de transporte em vôos domésticos nos Estados Unidos. É aí onde enxugam as perdas mais pesadas, em meio à concorrência de uma miríade de companhias de baixo custo impedindo-as até então de aumentar suas tarifas.
Os vôos domésticos americanos vão se tornar, assim, cada vez mais raros.
Até o fim de 2009, a Delta conta reduzir de 9 a 11% sua capacidade, cancelando de 15 a 20 vôos e retirando do serviço entre 60 a 70 aparelhos. A Northwest vai suprimir 5% de sua capacidade atual com menos 20 aviões. United Airlines vai aposentar 30 aparelhos e reduzir sua oferta num percentual de 9%, após uma primeira redução de 5% no final de 2007. A Continental prevê uma redução de 5% assim como a American Airlines.
A maior parte delas pretende aumentar os vôos internacionais, mais rentáveis, graça às viagens de negócios, mas a concorrência aumenta o risco de limitar suas ambições.
As companhias americanas querem também aumentar seus preços. Não forçosamente com os bilhetes mais caros; pretendem superfaturar uma quantidade de serviços: as bagagens suplementares custarão mais 10 a 50 dólares, a reserva dos lugares será muitas vezes paga, sem esquecer os alimentos fornecidos a bordo e a utilização de vídeos...
A United pretende suprimir 1.100 vagas de trabalho e a Delta conta com 2.000 saídas voluntárias.
A Continental pressiona seus pilotos para economizar combustível nos vôos transatlânticos, o que está fazendo aumentar agora em 2007 as demandas por pouso de urgência de aparelhos com os reservatórios quase vazios, segundo um relatório oficial recente.
Fonte: AFP
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