Um acidente ocorreu na tarde deste domingo (18) nos EUA, quando um jato colidiu contra um solo após o seu piloto perder o controle da aeronave.
O acidente foi durante a Reno Air Races, a mais tradicional corrida aérea do mundo e a única a que, de fato, os aviões disputam lado a lado a melhor posição até a linha de chegada. O avião envolvido foi um jato militar de treinamento Aero Vodochody L-29 Super Delfin, fabricado na Tchecoslováquia, e utilizado muito hoje em dia para voos panorâmicos e diversão.
No comando estava Aaron Hogue, empresário dono da Hogue Inc, fabricante de acessórios de armas e facas estilizadas. Ele tinha sua própria equipe no Reno Air Races, a Hogue Air Force que também tem aviões Cessna, que servem para treinamento e transporte de funcionários.
Durante uma volta ao lado de outro membro da equipe Hogue Air Force, que tem um recorde de velocidade dentro de uma volta no próprio Aeroporto de Reno, em Nevada, onde o jato atingiu 869 km/h. Nas imagens, que circulam na web, é possível ver que o L-29 estava voando em ala com outro avião do mesmo modelo e equipe, mas começou a ir para baixo e bateu com a asa esquerda no chão, antes de virar uma bola de fogo:
“Ele tem um problema, tem algum problema com essa aeronave, ele parece ter controle do jato”, afirmou o narrador a medida que o L-29 saia do “traçado” da pista e voava baixo e para fora do circuito. O comentário foi instantes antes da queda, gravada por outro ângulo e transmitida ao vivo:
Em consequência do acidente, a organização do evento cancelou todas as outras corridas e apresentações (que já estavam no último dia), e informou que apenas uma aeronave foi envolvida, ao contrário de reportes iniciais que os aviões L-29 poderiam ter colidido em voo, causando a queda de um deles. Mais tarde foi confirmado que o piloto faleceu no acidente e que uma investigação será aberta para apurar o que aconteceu.
Esta não é a primeira tragédia envolvendo o evento, que já sofreu várias restrições pelo risco de colisão entre os aviões. A última foi em 2011, quando um caça P-51 Mustang caiu no público, ferindo 69 pessoas e matando outras 11, numa imagem muito forte (abaixo, ver com discrição).
A investigações deste acidente com o Mustang revelou que as extensas modificações feitas para que o caça fosse mais rápido, deixaram ele mais instável, e que o reuso de porcas na fixação de uma parte da cauda (empenagem) fez com que uma parte dela saísse voando, e assim o avião perdendo controle em voo quando atingiu uma velocidade recorde.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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