Semana passada, o canal Plane Spotting Manaus HD no YouTube, especializado em vídeos das movimentações no Aeroporto Internacional de Manaus, abordou o curioso caso do clássico avião DC-8 que está abandonado no terminal amazonense, mas que tem pessoas do outro lado do mundo interessadas em levá-lo embora do país.
Assim, como o AEROIN havia abordado essa questão no ano passado, a seguir há uma recapitulação dessa curiosa iniciativa, que esbarra em um impedimento. Primeiro, o vídeo do canal Plane Spotting Manaus HD é disponibilizado no player a seguir. Depois, abaixo, há mais informações e outros vídeos sobre o caso.
Recapitulando
Esse objetivo de levar o avião embora do Brasil faz parte de uma campanha lançada há alguns anos por um grupo de civis da Nova Zelândia, chamada “BOBH – Bring Our Birds Home”, ou “Trazer nossos Pássaros para Casa”.
O objetivo da campanha é levantar fundos para salvar seis aeronaves que fizeram parte da frota de companhias aéreas da Nova Zelândia, e levá-las todas para um mesmo local no “país dos Kiwis”, para manter preservada a história.
E a demonstração da seriedade da campanha é vista na pessoa do criador do projeto, Paul Brennan, que participa de entrevistas e fala sobre os trabalhos em vídeos pela internet, e que chegou a vir até Manaus em agosto de 2018 para conversar com o proprietário dessa aeronaves-alvo da BOBH.
Na ocasião, ele fez vídeos do exterior e do interior do jato, conforme as duas gravações a seguir.
Vídeo 1 – vista aérea do exterior do DC-8
Vídeo 2 – visita ao interior do DC-8
A história desse DC-8
O Douglas DC-8-52 de número de série 45752-233 foi entregue da linha de produção à Tasman Empire Airways Ltd (TEAL), precursora da Air New Zealand, em 1965 e voou na companhia até 1981.
A aeronave encontra-se parada em Manaus desde 2003 após ter voado por último pela companhia brasileira TCB sob a matrícula PP-TPC. É a única desse modelo ainda existente, das que foram entregues à TEAL.
Uma oferta já foi feita ao atual proprietário, mas a BOBH precisa aguardar uma liberação da justiça brasileira devido à aeronave fazer parte do inventário do processo de falência da TCB. Com isso, já se vão cerca de quatro anos em que o histórico jato continua se deteriorando ao invés de ser disponibilizado a quem deseja preservá-lo.
Todas as aeronaves que já voaram nas empresas aéreas neo-zelandesas e que o projeto BOBH pretende adquirir para preservação podem ser conferidas neste link.
Via Murilo Basseto (Aeroin)
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