As duas principais empresas aéreas do País decidiram recorrer a uma fórmula para se proteger da volatilidade do dólar e da esperada queda de demanda. Juntas, TAM e Gol vão investir US$ 12,3 bilhões no longo prazo em renovação e ampliação de frota própria. A meta e deter a propriedade de 60% dos aviões. Atualmente, mais da metade é mantida em sistema de leasing operacional.
O leasing operacional, um aluguel sem opção de compra, é mais recomendado para um cenário de dólar barato e crescimento robusto do fluxo de passageiros. Como a demanda nos últimos anos estava muito aquecida, e as encomendas que as duas companhias possuem junto aos fabricantes Boeing e Airbus levariam mais tempo para chegar, elas aumentaram a oferta no curto prazo por meio de contratos de leasing operacional.
Somente a TAM vai desembolsar US$ 6,9 bilhões até 2018 na renovação e ampliação de frota, conta o presidente da companhia, David Barioni Neto. A Gol, por sua vez, vai aplicar US$ 5,4 bilhões até 201, estima o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Júnior.
"É mais uma engenharia contábil e tributária do que uma engenharia em função de frota. A aviação mundial caminha hoje para alguma coisa entre 35% e 55% de frota própria. Justamente para uma adequação rápida à variação de demanda", afirmou Barioni.
Constantino Júnior tem avaliação parecida. "Nossos planos a longo prazo são os de ter uma frota composta por 60% das aeronaves com leasing financeiro e 40% operacional, para garantir a flexibilidade natural da atividade. Isso é necessário para que em momentos de crise se tenha flexibilidade para, eventualmente, reduzir, aumentar ou renovar a frota. Hoje nós temos menos aviões de leasing financeiro do que operacional", afirmou. Ambos os executivos participaram hoje (22) da abertura do Congresso da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav 2008 - Feira das Américas), no Rio.
A crise mundial ainda não foi sentida pelas duas maiores companhias aéreas brasileiras, avaliam seus presidentes. Para 2009, no entanto, eles acreditam num crescimento inferior a dois dígitos.
"Ainda não percebemos um recuo. Hoje estamos próximos da alta temporada, mas para pensarmos em médio prazo, 2009 e 2010, é razoável supor que o crescimento não será tão grande quanto se esperava", afirma Constantino Júnior. "Por enquanto a gente não sente retração, nenhum grande impacto", acrescenta Barioni.
Tanto TAM quanto a Gol (que está unificando operações com a Varig) descartam aumento significativo em sua malha de vôos domésticos no ano que vem. Para o internacional, somente a TAM planeja agregar mais um novo vôo, para a África do Sul ou Europa
Congonhas
A TAM, disse Barioni, vai protestar contra a nova política de redistribuição das vagas de pouso de decolagem (slots) no Aeroporto de Congonhas. "Vamos usar uma ferramenta democrática que é a de apresentar nosso ponto contrário. Acreditamos que os slots devem regular a parte operacional do aeroporto e não fomentar concorrência entre empresas. Quem fomenta concorrência é o Cade."
Fonte: Agência Estado
O leasing operacional, um aluguel sem opção de compra, é mais recomendado para um cenário de dólar barato e crescimento robusto do fluxo de passageiros. Como a demanda nos últimos anos estava muito aquecida, e as encomendas que as duas companhias possuem junto aos fabricantes Boeing e Airbus levariam mais tempo para chegar, elas aumentaram a oferta no curto prazo por meio de contratos de leasing operacional.
Somente a TAM vai desembolsar US$ 6,9 bilhões até 2018 na renovação e ampliação de frota, conta o presidente da companhia, David Barioni Neto. A Gol, por sua vez, vai aplicar US$ 5,4 bilhões até 201, estima o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Júnior.
"É mais uma engenharia contábil e tributária do que uma engenharia em função de frota. A aviação mundial caminha hoje para alguma coisa entre 35% e 55% de frota própria. Justamente para uma adequação rápida à variação de demanda", afirmou Barioni.
Constantino Júnior tem avaliação parecida. "Nossos planos a longo prazo são os de ter uma frota composta por 60% das aeronaves com leasing financeiro e 40% operacional, para garantir a flexibilidade natural da atividade. Isso é necessário para que em momentos de crise se tenha flexibilidade para, eventualmente, reduzir, aumentar ou renovar a frota. Hoje nós temos menos aviões de leasing financeiro do que operacional", afirmou. Ambos os executivos participaram hoje (22) da abertura do Congresso da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav 2008 - Feira das Américas), no Rio.
A crise mundial ainda não foi sentida pelas duas maiores companhias aéreas brasileiras, avaliam seus presidentes. Para 2009, no entanto, eles acreditam num crescimento inferior a dois dígitos.
"Ainda não percebemos um recuo. Hoje estamos próximos da alta temporada, mas para pensarmos em médio prazo, 2009 e 2010, é razoável supor que o crescimento não será tão grande quanto se esperava", afirma Constantino Júnior. "Por enquanto a gente não sente retração, nenhum grande impacto", acrescenta Barioni.
Tanto TAM quanto a Gol (que está unificando operações com a Varig) descartam aumento significativo em sua malha de vôos domésticos no ano que vem. Para o internacional, somente a TAM planeja agregar mais um novo vôo, para a África do Sul ou Europa
Congonhas
A TAM, disse Barioni, vai protestar contra a nova política de redistribuição das vagas de pouso de decolagem (slots) no Aeroporto de Congonhas. "Vamos usar uma ferramenta democrática que é a de apresentar nosso ponto contrário. Acreditamos que os slots devem regular a parte operacional do aeroporto e não fomentar concorrência entre empresas. Quem fomenta concorrência é o Cade."
Fonte: Agência Estado
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