A presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Angelita Rosicler de Marchi, esteve segunda-feira (16) em Sinop e se reuniu com o juiz federal substituto da Vara Única da Justiça Federal (JF) do município, Murilo Mendes, para conhecer melhor o andamento do processo que investiga a causa da queda do Boeing 737, na região de Peixoto de Azevedo, em 29 de setembro de 2006, quando 154 pessoas morreram.
Em entrevista, Angelita disse que a ida a Sinop foi motivada por dois fatores. O primeiro, para ter um contato mais próximo com o juiz. “É importante para ele saber nosso real interesse no processo. É claro que como perdemos nossos entes queridos, temos interesse, mas não vamos aguardar e ver o que vai dar. Estamos acompanhando de perto todos os fatos para ver o que acontece e precisávamos colocar exatamente isso ao juiz. Temos muito interesse e estamos à disposição para ajudar no que pudermos”.
O segundo foi a entrega de um abaixo-assinado contendo 12 mil assinaturas de pessoas de todo o Brasil pedindo clareza e justiça no julgamento do caso. “Toda a população brasileira apóia nosso pedido por justiça. O número de assinaturas é considerável levando em consideração o curto período de campanha. Foi uma resposta muito positiva da população, que mostra que ela espera que a justiça funcione, que traga respostas a esse acidente que foi uma tragédia sem proporção”.
Angelita disse que a partir da visita entende melhor a decisão do magistrado de permitir que os pilotos do jato executivo Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sejam ouvidos nos Estados Unidos. “Sentimos o juiz muito aberto, muito próximo a nós. Ele se colocou a disposição para nos deixar sempre informados a tudo que acontece. Claro que entendemos que ele tem que ser imparcial em todas as decisões que vai tomar, sempre levando em consideração o que a lei manda, e esperamos que seja assim. Mas essa decisão dele foi o principal fator que motivou o abaixo-assinado e nossa vinda até Sinop. Fomos [familiares] pegos de surpresa com a decisão. Ficamos frustrados com essa virada de procedimento. Primeiro, eles seriam julgados a revelia porque não viriam ao Brasil e, de repente, o juiz mudou essa decisão, então isso foi frustrante para os familiares”.
Ela disse ainda que, mesmo entendendo a decisão, vê a justiça brasileira como falha. “Claro que continuamos com o pensamento de que nossa justiça é falha, quando abre precedentes para que os pilotos possam responder nos Estados Unidos baseando-se em uma questão moral, estamos falando do assassinato de 154 pessoas e não de uma ofensa moral. Então, isso foi complicado de aceitarmos. Mas entendemos, ou procuramos entender, que existem regras a serem seguidas e que são baseadas na lei e não há nada que se possa fazer para mudar isso. Na verdade, gostaríamos que eles respondessem na justiça brasileira pela obrigação que eles têm, já que o fato foi aqui. Como não é possível esperamos que a justiça realmente seja feita”.
Fonte: Diário de Cuiabá
Em entrevista, Angelita disse que a ida a Sinop foi motivada por dois fatores. O primeiro, para ter um contato mais próximo com o juiz. “É importante para ele saber nosso real interesse no processo. É claro que como perdemos nossos entes queridos, temos interesse, mas não vamos aguardar e ver o que vai dar. Estamos acompanhando de perto todos os fatos para ver o que acontece e precisávamos colocar exatamente isso ao juiz. Temos muito interesse e estamos à disposição para ajudar no que pudermos”.
O segundo foi a entrega de um abaixo-assinado contendo 12 mil assinaturas de pessoas de todo o Brasil pedindo clareza e justiça no julgamento do caso. “Toda a população brasileira apóia nosso pedido por justiça. O número de assinaturas é considerável levando em consideração o curto período de campanha. Foi uma resposta muito positiva da população, que mostra que ela espera que a justiça funcione, que traga respostas a esse acidente que foi uma tragédia sem proporção”.
Angelita disse que a partir da visita entende melhor a decisão do magistrado de permitir que os pilotos do jato executivo Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sejam ouvidos nos Estados Unidos. “Sentimos o juiz muito aberto, muito próximo a nós. Ele se colocou a disposição para nos deixar sempre informados a tudo que acontece. Claro que entendemos que ele tem que ser imparcial em todas as decisões que vai tomar, sempre levando em consideração o que a lei manda, e esperamos que seja assim. Mas essa decisão dele foi o principal fator que motivou o abaixo-assinado e nossa vinda até Sinop. Fomos [familiares] pegos de surpresa com a decisão. Ficamos frustrados com essa virada de procedimento. Primeiro, eles seriam julgados a revelia porque não viriam ao Brasil e, de repente, o juiz mudou essa decisão, então isso foi frustrante para os familiares”.
Ela disse ainda que, mesmo entendendo a decisão, vê a justiça brasileira como falha. “Claro que continuamos com o pensamento de que nossa justiça é falha, quando abre precedentes para que os pilotos possam responder nos Estados Unidos baseando-se em uma questão moral, estamos falando do assassinato de 154 pessoas e não de uma ofensa moral. Então, isso foi complicado de aceitarmos. Mas entendemos, ou procuramos entender, que existem regras a serem seguidas e que são baseadas na lei e não há nada que se possa fazer para mudar isso. Na verdade, gostaríamos que eles respondessem na justiça brasileira pela obrigação que eles têm, já que o fato foi aqui. Como não é possível esperamos que a justiça realmente seja feita”.
Fonte: Diário de Cuiabá
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