Equipe européia revela novos resultados com instrumento instalado no Chile.
Avaliação inicial sugere que pelo menos 1 em 3 estrelas tem planetas rochosos.
A estrela HD 40307 não parecia nada especial, um pouco menor, mas bastante parecida com o Sol. Mas, ao observá-la, um grupo de pesquisadores europeus descobriu três planetas ao seu redor - todos eles aparentemente similares à Terra no que diz respeito à composição.
Avaliação inicial sugere que pelo menos 1 em 3 estrelas tem planetas rochosos.
A estrela HD 40307 não parecia nada especial, um pouco menor, mas bastante parecida com o Sol. Mas, ao observá-la, um grupo de pesquisadores europeus descobriu três planetas ao seu redor - todos eles aparentemente similares à Terra no que diz respeito à composição.
Concepção artística da estrela HD 40307 com suas três superterras
O achado é parte de um censo maior que, segundo a equipe liderada por Michel Mayor, do Observatório de Genebra, confirma: a cada três estrelas similares ao Sol, pelo menos uma tem planetas rochosos, como a Terra.
"Será que todas as estrelas abrigam planetas e, se for assim, quantos?", pergunta-se Mayor. "Nós podemos ainda não saber a resposta, mas estamos fazendo grandes progressos."
O segredo do sucesso da pesquisa é o instrumento Harps, do Observatório de La Silla, no Chile - parte do complexo do ESO (Observatório Europeu do Sul). Ele é capaz de detectar mínimas variações no movimento das estrelas - o sinal de que há um planeta ao seu redor.
Foi com esse instrumento que o mesmo grupo encontrou, em abril de 2007, o primeiro planeta potencialmente habitável - um astro rochoso, localizado a uma distância da estrela que permite a existência de água líquida em sua superfície.
Todos os planetas rochosos (também ditos terrestres) até agora descobertos não são exatamente iguais aos que existem em nosso Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte); por uma limitação tecnológica, só se pode encontrar astros com massa superior a duas vezes a da Terra, e por aqui não há nenhum planeta rochoso maior que o nosso.
Essa nova categoria de planetas, que não se encaixa nem nos terrestres do Sistema Solar, nem nos gigantes gasosos, foi apelidada pelos cientistas de "superterra".
As três superterras ao redor de HD 40307, localizada a 42 anos-luz de distância, têm 4,2, 6,7 e 9,4 vezes a massa da Terra. Eles giram ao redor da estrela em 4,3, 9,6 e 20,4 dias terrestres, respectivamente.
Os resultados foram apresentados numa conferência realizada em Nantes, na França. Nela, os cientistas também anunciaram a descoberta de dois outros sistemas planetários - um com uma superterra (7,5 massas terrestres) que orbita a estrela HD 181433 em 9,5 dias e é vizinho de um gigante gasoso como Júpiter, que completa uma volta em cerca de três anos.
O outro sistema contém um planeta com 22 massas terrestres e órbita de quatro dias, acompanhado por um planeta como Saturno com um período de três anos.
Os detalhes serão publicados em artigos aceitos pelo periódico científico "Astronomy and Astrophysics".
Fonte: G1 - Foto: ESO
"Será que todas as estrelas abrigam planetas e, se for assim, quantos?", pergunta-se Mayor. "Nós podemos ainda não saber a resposta, mas estamos fazendo grandes progressos."
O segredo do sucesso da pesquisa é o instrumento Harps, do Observatório de La Silla, no Chile - parte do complexo do ESO (Observatório Europeu do Sul). Ele é capaz de detectar mínimas variações no movimento das estrelas - o sinal de que há um planeta ao seu redor.
Foi com esse instrumento que o mesmo grupo encontrou, em abril de 2007, o primeiro planeta potencialmente habitável - um astro rochoso, localizado a uma distância da estrela que permite a existência de água líquida em sua superfície.
Todos os planetas rochosos (também ditos terrestres) até agora descobertos não são exatamente iguais aos que existem em nosso Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte); por uma limitação tecnológica, só se pode encontrar astros com massa superior a duas vezes a da Terra, e por aqui não há nenhum planeta rochoso maior que o nosso.
Essa nova categoria de planetas, que não se encaixa nem nos terrestres do Sistema Solar, nem nos gigantes gasosos, foi apelidada pelos cientistas de "superterra".
As três superterras ao redor de HD 40307, localizada a 42 anos-luz de distância, têm 4,2, 6,7 e 9,4 vezes a massa da Terra. Eles giram ao redor da estrela em 4,3, 9,6 e 20,4 dias terrestres, respectivamente.
Os resultados foram apresentados numa conferência realizada em Nantes, na França. Nela, os cientistas também anunciaram a descoberta de dois outros sistemas planetários - um com uma superterra (7,5 massas terrestres) que orbita a estrela HD 181433 em 9,5 dias e é vizinho de um gigante gasoso como Júpiter, que completa uma volta em cerca de três anos.
O outro sistema contém um planeta com 22 massas terrestres e órbita de quatro dias, acompanhado por um planeta como Saturno com um período de três anos.
Os detalhes serão publicados em artigos aceitos pelo periódico científico "Astronomy and Astrophysics".
Fonte: G1 - Foto: ESO
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