Viajar de avião será de novo um luxo reservado aos ricos por causa do petróleo caro? Sem alardear o fim do transporte aéreo de massa na Europa e nos Estados Unidos, os especialitas do setor concordam ao considerar que os preços das passagens continuarão a subir.
"Trabalho com um aumento das tarifas", previa recentemente Willie Walsh, diretor-geral da British Airways.
Na semana passada, várias companhias aéreas européias, a Air France-KLM, as alemãs Lufthansa e Air Berlin e a austríaca Austrian Airlines, anunciaram que realizarão um novo aumento da taxa de combustível.
Esta, criada em 2004 por iniciativa de algumas empresas para enfrentar a escalada do preço do petróleo, se soma às diversas taxas (aeroporto, seguro...) e tarifas de serviço que são adicionadas ao preço da passagem.
Pela primeira vez na quarta-feira passada, a Air France decidiu instaurar uma taxa específica para os vôos de "distâncias muito longas" de duração superior a 9 horas. Para uma ida e volta desse tipo, o custo adicional é de 242 euros.
Com um barril que ficou próximo nesta segunda-feira da barreira psicológica dos 140 dólares, o combustível é a principal despesa de todas as companhias, afetando as low-cost ainda mais do que as outras, porque elas já economizam em tudo.
As companhias de baixo custo, como a britânica Easyjet e a irlandesa Ryanair, apresentam como sua principal vantagem o fato de não aplicarem essas taxas. Elas apostam na limitação da proporção de assentos baratos por avião para não perder dinheiro.
Considerados até hoje como padrão, alguns preços ficarão mais caros, principalmente nos Estados Unidos, onde as companhias foram muito afetadas pelo aumento do preço do petróleo por causa de sua frota antiga, que usa mais querosene de aviação. Ao contrário dos europeus, que pagam em dólar pelo ouro negro, mas tem suas receitas em euros, elas não são beneficiadas pelo câmbio.
Na quinta-feira passada, a United Airlines anunciou que o registro de uma bagagem nos vôos internos nos Estados Unidos, que era gratuito até então, passará a custar 15 dólares na classe econômica.
Ela acompanhou sua concorrente American Airlines, que havia anunciado uma medida como essa em abril junto com outros aumentos tarifários que tiveram influência sobre o preço das passagens aéreas internas, como as taxas sobre excedente de bagagem ou sobre o transporte de animais domésticos.
Esses aumentos terão conseqüências sobre a demanda? "Para os consumidores, com o poder de compra em baixa, a questão é saber em que eles vão economizar, em sua viagem ou em roupas?", ressalta Robert Esperou, especialista francês em transporte aéreo.
Os clientes que as companhias low-cost tinham conseguido atrair nos últimos anos poderão optar por outros meios de transporte. A situação poderá chegar a tal ponto que "muitas delas, na Europa, poderão desaparecer", previu recentemente Jean-Cyril Spinetta, diretor da Air France-KLM.
"Os empresários, cujas empresas pagam as passagens, deverão continuar a viajar", considerou Esperou. "Mas aqueles que têm o hábito de viajar na primeira classe irão na executiva, e os que usam a executiva, irão na classe econômica".
Fonte: France Presse
"Trabalho com um aumento das tarifas", previa recentemente Willie Walsh, diretor-geral da British Airways.
Na semana passada, várias companhias aéreas européias, a Air France-KLM, as alemãs Lufthansa e Air Berlin e a austríaca Austrian Airlines, anunciaram que realizarão um novo aumento da taxa de combustível.
Esta, criada em 2004 por iniciativa de algumas empresas para enfrentar a escalada do preço do petróleo, se soma às diversas taxas (aeroporto, seguro...) e tarifas de serviço que são adicionadas ao preço da passagem.
Pela primeira vez na quarta-feira passada, a Air France decidiu instaurar uma taxa específica para os vôos de "distâncias muito longas" de duração superior a 9 horas. Para uma ida e volta desse tipo, o custo adicional é de 242 euros.
Com um barril que ficou próximo nesta segunda-feira da barreira psicológica dos 140 dólares, o combustível é a principal despesa de todas as companhias, afetando as low-cost ainda mais do que as outras, porque elas já economizam em tudo.
As companhias de baixo custo, como a britânica Easyjet e a irlandesa Ryanair, apresentam como sua principal vantagem o fato de não aplicarem essas taxas. Elas apostam na limitação da proporção de assentos baratos por avião para não perder dinheiro.
Considerados até hoje como padrão, alguns preços ficarão mais caros, principalmente nos Estados Unidos, onde as companhias foram muito afetadas pelo aumento do preço do petróleo por causa de sua frota antiga, que usa mais querosene de aviação. Ao contrário dos europeus, que pagam em dólar pelo ouro negro, mas tem suas receitas em euros, elas não são beneficiadas pelo câmbio.
Na quinta-feira passada, a United Airlines anunciou que o registro de uma bagagem nos vôos internos nos Estados Unidos, que era gratuito até então, passará a custar 15 dólares na classe econômica.
Ela acompanhou sua concorrente American Airlines, que havia anunciado uma medida como essa em abril junto com outros aumentos tarifários que tiveram influência sobre o preço das passagens aéreas internas, como as taxas sobre excedente de bagagem ou sobre o transporte de animais domésticos.
Esses aumentos terão conseqüências sobre a demanda? "Para os consumidores, com o poder de compra em baixa, a questão é saber em que eles vão economizar, em sua viagem ou em roupas?", ressalta Robert Esperou, especialista francês em transporte aéreo.
Os clientes que as companhias low-cost tinham conseguido atrair nos últimos anos poderão optar por outros meios de transporte. A situação poderá chegar a tal ponto que "muitas delas, na Europa, poderão desaparecer", previu recentemente Jean-Cyril Spinetta, diretor da Air France-KLM.
"Os empresários, cujas empresas pagam as passagens, deverão continuar a viajar", considerou Esperou. "Mas aqueles que têm o hábito de viajar na primeira classe irão na executiva, e os que usam a executiva, irão na classe econômica".
Fonte: France Presse
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