domingo, 25 de maio de 2008

O último voo do A310 da TAP

Airbus A310 deixam de voar na TAP, após 20 anos em operação

O último avião Airbus A310 a sair da frota da TAP despede-se hoje dos amantes da aviação na base aérea de Sintra, durante a AeroNostalgia 2008, um evento aeronáutico dedicado à aviação clássica, organizado pela Aero Fénix e onde vão estar expostos modelos que marcaram várias épocas, como os Dakota.

O A310 Bartolomeu Dias vai levantar voo do aeroporto da Portela numa viagem que demorará cerca de cinco minutos até Sintra. César Brito, o último comandante a chefiar a frota dos A310 da TAP, vai estar aos comandos do aparelho e promete uma despedida digna do aparelho que diz ser "muito querido para a companhia, por estar relacionado com a sua recuperação", quando começou a voar para o Nordeste brasileiro, com a actual administração presidida por Fernando Pinto.

O Bartolomeu Dias foi o primeiro A310 a chegar à TAP em 1998, de um total de seis que vieram substituir os Boeing 737, alguns com muito pouco tempo de voo na companhia aérea nacional. A substituição da frota composta por modelos da norte -americana Boeing pela europeia Airbus teve a ver com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986. Um ano depois, a companhia criou o gabinete de integração da Airbus, com o objectivo de renovar a frota e ter acesso aos fundos comunitários.

Os A310, vocacionados para o longo curso, com uma autonomia de voo de nove horas, começaram a fazer os voos para Luanda, Maputo, Caracas e Nova Iorque. O aparelho serviu também nas rotas na Europa e para as ilhas. César Brito, que levará no final de Julho o aparelho à sede da Airbus, em Toulouse, refere que o A310 é um "avião muito viável", e que permite uma relação homem/máquina que não existe nos A330, que a TAP tem recebido no âmbito da renovação da frota de longo curso, face ao grau de desenvolvimento a nível digital. A Airbus calcula que em 2050 ainda estejam a voar 600 aparelhos A310. O modelo foi um marco na aviação civil nos anos 90, quando surgiu como o primeiro bimotor a fazer longo curso. O Boeing B737 dispunha apenas de quatro reactores. O Bartolomeu Dias diz adeus ao fim de 70 mil horas de voo.

Fonte: DN Online (Portugal)

Um comentário:

Anônimo disse...

O Boeing 737 não tem nem nunca teve 4 reactores! Não estarão a falar do Boeing 707?