quinta-feira, 10 de abril de 2008

Rússia define 40 pré-candidatos para simulação de viagem a Marte

Seis voluntários passarão 520 dias confinados em um módulo especial.

Projeto pretende estudar possíveis problemas humanos de uma missão a Marte.



O Instituto de Problemas Médico-Biológicos da Academia de Ciências da Rússia (IBMP, sigla em inglês) informou na terça-feira (1) que recebeu da Agência Espacial Européia (ESA) cerca de 40 perfis de voluntários para participarem de uma simulação de vôo para Marte.

A porta-voz da ESA na Rússia, Elena Feichtinger, afirmou à agência russa "Interfax" que 80 pessoas participaram da primeira fase do processo, entre elas dez mulheres, e os 40 nomes finais foram selecionados após entrevista telefônica.

"Toda a informação e os dados médicos dos candidatos estão à disposição do Instituto", disse a porta-voz, que ainda afirmou que em meados de maio representantes da ESA e médicos russos vão selecionar em Colônia (Alemanha) mais oito ou dez candidatos.

A última fase do processo de seleção terá exames clínicos e treinamentos em Moscou.

Em julho do ano passado, quando as inscrições ainda estavam abertas, a ESA e o IBMP informaram ter recebido mais de cinco mil solicitações de voluntários de 28 países diferentes para participarem do projeto, dos quais cerca de 200 pessoas cumpriam os critérios de seleção.

Feichtinger disse que o projeto conhecido como "Marte-500", que terá duração de 520 dias, contará com a participação de quatro candidatos russos e dois europeus, enquanto os outros voluntários selecionados farão parte da tripulação suplente.

Os seis escolhidos permanecerão por um total de 520 dias - tempo da viagem de ida e volta a Marte -, além de 30 simulando uma permanência na superfície do planeta vermelho.

A experiência russa acontecerá em cinco módulos de 550 metros cúbicos, com configuração, instrumentos e equipamentos colocados da mesma forma que poderiam estar nas futuras naves interplanetárias.

A viagem tripulada a Marte é uma meta já estabelecida em programas espaciais de Estados Unidos, Rússia, China e de países-membros da ESA.

Fontes: G1 / EFE

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