Falcon 900 com material médico aguarda na Guiana Francesa possível libertação da refém.
Governo francês também deve receber guerrilheiros dispostos a se entregar.
O governo francês confirmou à agência de notícias France Presse o envio de um avião oficial para a Guiana Francesa preparado para uma eventual libertação de Ingrid Betancourt, retida pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Segundo o comunicado oficial do palácio Eliseu, sede da Presidência francesa, a medida foi tomada pelo próprio Nicolas Sarkozy “a título de precaução”.
"As informações sobre o estado de saúde de Ingrid Betancourt, assim como as declarações sobre possíveis negociações para sua libertação, levaram o presidente da República a decidir, a título de precaução e para que ela pudesse receber logo os cuidados apropriados e ser encaminhada o mais rápido possível a um centro hospitalar se ela fosse liberada, pré-posicionar um avião com equipamentos médicos na Guiana, pronto para intervir a qualquer momento”, diz o texto oficial, republicado neste domingo na edição on-line do jornal “Le Monde”.
A informação foi revelada mais cedo pelo "Journal du Dimanche", em uma breve notícia.
Segundo o comunicado, o avião ficará à espera na Guiana até a segunda-feira (31). Depois disso, o governo continuará com uma aeronave preparada para agir, mas na França Metropolitana.
O avião oficial, um Falcon 900, chegou na sexta-feira (28) à noite ao aeroporto de Rochambeau, próximo a Caiena, a capital do departamento francês da Guiana no litoral da bacia amazônica.
Troca humanitária
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, declarou na quinta-feira (27) que está disposto a uma troca humanitária dos reféns por prisioneiros das Farc. A decisão foi tomada após a revelação de informações sobre o estado de saúde de Betancourt, que seria bastante crítico.
A decisão está contida em um decreto que o governante assinou e que, segundo o alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, é "um mecanismo imediato para o acordo humanitário".
"Basicamente, o único requisito para que se realize o acordo humanitário é a libertação dos seqüestrados", afirmou Restrepo na sede do Executivo em Bogotá. "Basta que a guerrilha liberte de maneira imediata a doutora Ingrid Betancourt" para que o governo considere que "o acordo humanitário se realizou".
Garantias jurídicas
O presidente da Colômbia disse ainda que o governo da França está disposto a receber os guerrilheiros que sua administração colocaria em liberdade para a troca dos seqüestrados. No sábado (29), ele fez um pedido aos guerrilheiros para que se desmobilizem e que entreguem os seqüestrados, oferecendo garantias jurídicas caso acatem o pedido.
"O guerrilheiro que trouxer consigo os seqüestrados e os liberar, esse guerrilheiro não vai para a prisão. Para esse guerrilheiro vamos buscar o mecanismo jurídico que lhe permita ficar em liberdade", explicou Uribe.
"Necessitamos que as coisas se movimentem e que estes guerrilheiros tomem a decisão de abandonar a guerrilha e de liberar os seqüestrados e bem rápido, para evitar que os seqüestrados continuem piorando", declarou, referindo-se ao estado de saúde de algum deles.
Fonte: G1
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