sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Conheça nova aeronave não tripulada testada pela Petrobras

Primeiros exercícios foram concluídos na semana passada; tecnologia pode reduzir custos no transporte de cargas para plataformas de petróleo.

(Imagem: Cezar Fernandes/Agência Petrobras)
A Petrobras estuda utilizar drones para diminuir custos de transporte e reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Testes nesse sentido vêm sendo realizados desde 2018 pela estatal. E, na semana passada, a empresa concluiu o primeiro exercício de grande escala dessa tecnologia.

Uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA) viajou da base da Petrobras em Imbetiba, Macaé (RJ), até a plataforma P-51, que fica na bacia de Campos. O percurso total tem 180 quilômetros, ou seja, estamos falando de um voo de longo alcance. Essa foi também a maior distância percorrida por uma aeronave do tipo na aviação civil.

A operação contou com a colaboração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da estatal NAV Brasil e da OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.

A experiência foi bem-sucedida. A empresa, no entanto, afirma que ainda vai realizar mais testes antes de adotar o sistema em definitivo.

Como a Petrobras vai usar os drones?


A aeronave é um pouco maior do que outros drones que você já viu
(Imagem: Cezar Fernandes/Agência Petrobras)
  • De acordo com a Petrobras, a aeronave pode levar cargas de até 50 quilos.
  • É material que fica no continente e que precisa ir para alguma plataforma, que fica em alto mar.
  • Atualmente, esse transporte é feito por helicópteros.
  • A operação do drone, no entanto, é muito mais barata.
  • Além de ter outras vantagens, como a possibilidade de viajar à noite.
  • Hoje, a empresa já utiliza essa tecnologia em operações mais simples, como a pintura de embarcações e outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.
  • A grande novidade é o uso desse tipo de aeronave em grandes distâncias.
  • Outra vantagem, segundo o diretor de Logística da Petrobras, Claudio Schlosser, é ambiental.
  • Ele explicou que a iniciativa representa um avanço na descarbonização, porque a emissão de gases das RPAs é menor do que a de helicópteros.

Próximos passos


Após a conclusão dos testes com a tecnologia RPA, a estatal vai iniciar agora a análise dos dados. Isso deve ser finalizado ainda no segundo semestre deste ano.

Como já dissemos aqui, a Petrobras vai simular outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo.

Dependendo dos resultados, o procedimento será implantado de fato, informou a companhia em nota.

Primeiro teste levou material do continente até a plataforma P-51, que fica na
Bacia de Campos (Imagem: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)

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