terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Comissários culpam embriaguez por recusa em usar máscara em voos

Comissários de bordo dos Estados Unidos querem que os aeroportos limitem as vendas de bebidas alcoólicas para passageiros antes dos voos, pois o excesso estaria por trás de discussões nos aviões.


“Temos visto um incentivo para o consumo de bebidas alcoólicas para tentar aumentar as vendas”, disse Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Bordo (AFA, na sigla em inglês), citando dados que mostram o número crescente de incidentes. Os aeroportos têm “enviado a mensagem errada sobre pessoas que bebem até o segundo em que entram no avião e até mesmo que podem levar essa bebida alcoólica para o avião”.

Embora uma política de tolerância zero e mensagens aprimoradas tenham tido algum impacto na redução de incidentes em voos, os aeroportos não conseguiram desencorajar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, disse Nelson em conferência da Associação Internacional de Transporte Aéreo na semana passada. Southwest Airlines e American Airlines proibiram as vendas de bebidas alcoólicas a bordo para passageiros da classe econômica até pelo menos janeiro, após o lobby de grupos como a AFA.

Os comentários de Nelson, cujo grupo representa tripulações de cabine dos Estados Unidos, podem ajudar nos esforços para limitar vendas “para viagem” de bebidas alcoólicas nos aeroportos. O chefe da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), Steve Dickson, e o deputado Peter DeFazio, de Oregon, têm feito apelos para que bares de aeroportos parem de vender bebidas para levar.

Nos EUA, incidentes de violência a bordo e comportamento indisciplinado durante a pandemia se concentraram no uso obrigatório de máscaras.

Quase 75% dos mais de 5.300 relatos sobre passageiros indisciplinados registrados pela FAA até 23 de novembro foram relacionados ao uso de máscara. Mais de 1.000 casos eram graves o suficiente para justificarem uma investigação formal, contra cerca de 140 um ano antes da pandemia.

Beber tem o efeito de encorajar pessoas que se ressentem de serem obrigadas de usar máscara para um confronto direto, disse Nelson.

Via Bloomberg

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