terça-feira, 26 de outubro de 2021

Bomba Sexual: por que avião espacial hipersônico recebeu esse apelido inusitado?


Se você achou o formato fálico da New Shepard, da Blue Origin, o ápice da referência sexual, precisa conhecer o Mach 5, o avião hipersônico que a canadense Space Engine System (SES) planeja lançar em 2022. Mas, o que chama mesmo a atenção é o apelido bem curioso que a empresa aeroespacial resolveu dar para o veículo: “Sexbomb”, ou, em bom português, Bomba Sexual.

Esquema detalha funcionamento do avião hipersônico canadense Mach 5, a Bomba Sexual da SES
(Imagem: Space Engine System/Divulgação)
Segundo comunicado oficial da SES, o lançamento, que se dará no Aeroporto Lynn Lake, no norte de Manitoba, província na região central do Canadá, servirá para testar o protótipo do motor da espaçonave Mach 5.

Agora, a pergunta que não quer calar é: de onde eles tiraram a ideia do nome Bomba Sexual? Seja como for, é impossível não esperar pelas reações da fábrica de memes de Elon Musk no Twitter.

“A energia cinética em Mach 5 é muito alta”, disse Pradeep Dass, presidente e CTO da empresa, ao site Futurism. “Vai funcionar como uma bomba se atingir alguma coisa. E é sexy, então é uma bomba sexual”, explicou Dass (se é que se pode chamar isso de explicação).

Para Pradeep Dass, presidente e CTO da empresa, o avião tem uma energia cinética
muito alta e é “sexy”, por isso o nome Bomba Sexual (Imagem: SES via Global News)
De acordo com Dass, a Bomba Sexual será lançada de um balão gigante a 33,5 mil metros no ar. A nave, então, acabará caindo a quase duas vezes a velocidade do som antes de ligar seus motores e acelerar a velocidades de mais de 3.700 mph, antes de pousar.

O motor em si usará um sistema de combustão multicombustível de “propelentes sólidos e líquidos não tóxicos”, de acordo com o site da SES.

Embora a empresa tivesse planejado inicialmente um teste para 2021, passou para 2022 devido ao processo de aprovação regulatória, relata o The Manitoba Post.

Segundo a SES, a meta é lançar missões com tripulação até 2025, porém, com passagens custando um terço do que custa em outras empresas de turismo espacial. Além disso, seus executivos esperam que a tecnologia hipersônica abra as portas para novas inovações, sugerindo que seus veículos poderiam “entregar órgãos humanos para transplantes que salvam vidas de Toronto para Edmonton em 30 minutos”.

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