Após transtornos registrados no mês passado, quando o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), ficou fechado por 45 horas após um avião cargueiro tombar na única pista do terminal, o consórcio administrador decidiu comprar equipamentos para retirada de aeronaves.
No último dia 13, um cargueiro de 130 toneladas derrapou ao pousar, teve o pneu estourado e tombou na pista. Apenas no dia seguinte a Centurion Cargo, responsável pela aeronave, conseguiu alugar da TAM o chamado "recovery kit" (kit de restauração), que teve que sair de São Carlos (146 km de Campinas).
As equipes só conseguiram fazer o equipamento funcionar no final do dia 15, liberando a pista após prejuízos de cerca de R$ 20 milhões e mais de 25 mil passageiros afetados.
Os aeroportos não são obrigados a possuir o recovery kit, sistema que inclui colchões infláveis para erguer e equilibrar a aeronave, mas têm que administrar a solução do problema.
Equipes trabalham na retirada do avião cargueiro da empresa Centurion,
no aeroporto de Viracopos, em Campinas
O Consórcio Aeroportos Brasil, concessionário de Viracopos, disse que investirá cerca de US$ 3 milhões na compra dos equipamentos. A compra esta sendo cotada e o kit deve chegar ao aeroporto no início de 2013.
Outra medida que está sendo estudada pelo consórcio é a reforma da pista auxiliar, para receber pousos e decolagens em casos de emergência. Inicialmente, essa pista podia ser usada dessa forma por aeronaves de pequeno e médio porte, mas a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) definiu em 2006 que, se não passasse por melhorias, a área só poderia ser usada para taxiamento de aeronaves.
As equipes do consórcio já estão realizando estudos de viabilidade para essa alternativa, mas eles ainda teriam que ser aprovados pela agência. A segunda pista do aeroporto, prevista no projeto de obras das empresas, só deve entrar em operação em 2017.
Fonte: Marília Rocha (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Marcelo Justo - 15.out.12 (Folhapress)
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