Recém-criada Abear quer reduzir os encargos do combustível, como custos com frete, uso de dutos e taxas
As principais empresas aéreas brasileiras querem reduzir os encargos que hoje representam 14,7% do preço do querosene de aviação, disse nesta terça-feira (21) o presidente da recém-criada Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz.
Segundo ele, entre esses encargos estão os custos com frete, uso de dutos e uma taxa que é repassada para o Fundo da Marinha Mercante.
"Não queremos ser subsidiados, mas o querosene é cobrado como se fosse, em sua maior parte, importado", disse Sanovicz, referindo-se especialmente à taxa de frete que, segundo ele, equivale sozinho a 7% do preço do combustível usado nas aeronaves.
Anunciada oficialmente hoje, a Abear reúne as companhias Gol (GOLL4), TAM - presente na bolsa brasileira através dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Latam (LATM11) -, Trip, Azul e Avianca. A associação cuidará da representação institucional junto a governo e agência reguladora.
O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), que antes era a única entidade nacional das principais empresas do setor, vai agora se concentrar nas negociações sindicais e em questões jurídicas.
O presidente da Abear disse que as companhias aéreas também querem que o governo mantenha no texto da MP (Medida Provisória) do plano Brasil Maior a inclusão das empresas áreas entre os setores que poderão mudar a contribuição patronal ao INSS, saindo dos 20% da folha de pagamento para 1% do faturamento.
Sanovicz disse ainda que as empresas aéreas são favoráveis às concessões de aeroportos. "A nossa preocupação é apenas com a forma de regular as tarifas (cobradas nos aeroportos)", disse.
Fonte: Reuters via InfoMoney - Foto: Getty Images
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