Diversas empresas fabricam sistemas para levar internet aos aviões. Atualmente, a tecnologia que permite navegar com maior velocidade é a que conecta a aeronave com a rede celular. Disponível apenas nos Estados Unidos, onde a rede de telefonia usada é do tipo CDMA, o sistema provê conexão de internet de 3,5 Mbps.
Os sistemas que usam satélites na banda KU também oferecem velocidade próxima às redes celulares dos EUA, mas em poucas regiões do planeta. “O problema é que para prestar o serviço para executivos você precisa mantê-los conectados o tempo inteiro”, explica Bob Geary, diretor de pesquisa e desenvolvimento para cabines da Gulfstream.
Por isso, a tecnologia mais comum nos jatos executivos é também aquela que cobre mais regiões. Chamada Swift Broadband, ela conecta o sistema aos satélites da Inmarsat na banda L, que cobrem quase todo o planeta (menos os pólos Norte e Sul). “Nos oceanos, somente a rede da Inmarsat está disponível”, diz Geary. Apesar disso, os passageiros precisam se contentar com a conexão mais lenta: por volta de 432 Kbps. “É o suficiente para acessar sistemas de gestão, mandar faxes e checar os e-mails”, defende Johnston, da True North.
O internauta ainda terá que enfrentar um pequeno atraso ao abrir páginas. “Em situações comuns pode existir um atraso de três segundos”, explica Geary, da Gulfstream. Isso acontece porque a solicitação do usuário chega a viajar 30 mil quilômetros até a internet por meio da conexão de satélite. E-mails com anexos muito grandes também podem demorar um pouco para serem enviados, segundo os fabricantes.
A Arycom, empresa que instalou o sistema que provê internet e ligações de celular em voos da TAM no Brasil, estima que pouco mais de 10 jatos executivos usem Swift Broadband no Brasil. Entre eles estão dois jatos executivos da Embraer comprados pela Força Aérea Brasileira (FAB) no final de 2009 para serem usados exclusivamente pelo presidente da República. O sistema também foi instalado no Boeing 737-200, um dos aviões mais antigos da frota presidencial, mas ainda em operação.
Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Imagens: Reprodução
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