Para a empresa, momento é delicado, mas falhas foram pontuais e não representam uma crise da companhia aérea
As últimas duas semanas não foram boas para a Gol. A falha no sotware da companhia que organiza a escala dos funcionários provocou atrasos e cancelamentos de voos da Gol por falta de tripulação entre os dias 31 de julho e 3 de agosto. Em poucos dias, imagens semelhantes ao caos aéreo de 2006 e 2007 voltaram a ser vistas nos aeroportos brasileiros: salas lotadas e passageiros revoltados.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que recebeu cerca de 500 reclamações de passageiros em relação à Gol neste período. O resultado foi a aplicação de uma multa estimada em R$ 2,2 milhões contra a companhia, valor que pode ser ainda maior, já que o prazo para as queixas ainda está aberto.
Quatro dias depois de a companhia afirmar, em comunicado, que os atrasos de voos e a multa da Anac devem ter pouco impacto no resultado do terceiro trimestre, a Gol divulgou seu balanço dos três meses anteriores. O resultado apontou para um prejuízo de R$ 52 milhões acumulado entre abril e junho, puxado, principalmente, por um aumento das despesas.
Após divulgar seu balanço pela manhã, a Gol enfrentou mais um problema à tarde. A empresa contrariou os trabalhadores e se recusou a assinar um acordo proposto pelo Ministério do Trabalho no qual se comprometia a pagar uma multa diária de R$ 100 mil se não sanasse supostas irregulariedades na escala da equipe.
Foi a gota d'água para os trabalhadores. Sem uma resposta positiva da empresa para suas reivindicações, eles se reuniram em assembleia na sexta-feira e declararam "estado de greve". Agora, podem interromper as atividades a qualquer momento. A decisão é uma forma de pressionar a empresa a ser mais flexível na próxima reunião com o Ministério do Trabalho, no dia 20.
Os principais pedidos da equipe da Gol são o fim de jornadas de trabalho excessivas e questões salariais. Os funcionáriios querem que a empresa pague o plano de saúde, oferecido pela companhia, mas custeado integralmente pelos empregados. Eles também reivindicam aumento salarial e equiparação da folha de pagamento entre pessoas que ocupam os mesmos cargos dentro da empresa, entre outras questões.
Política de recursos humanos será revisada
A Gol afirmou que respeita a legislação trabalhista e o sistema de escalas da categoria. A companhia disse que não assinou o acordo com o Ministério do Trabalho porque ele definia uma multa não existente na regulação do setor.
A empresa também admitiu que vai reestruturar sua política de recursos humanos e melhorar a escala de trabalho até o fim do ano. As mudanças serão baseadas em pesquisa feita neste ano com 67% dos seus 18 mil funcionários sobre um plano corporativo de melhorias. Iniciativas como a revisão do seguro de vida e a implantação de uma política de ensino de idiomas já foram concluídas, de acordo com a companhia.
Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: AE
As últimas duas semanas não foram boas para a Gol. A falha no sotware da companhia que organiza a escala dos funcionários provocou atrasos e cancelamentos de voos da Gol por falta de tripulação entre os dias 31 de julho e 3 de agosto. Em poucos dias, imagens semelhantes ao caos aéreo de 2006 e 2007 voltaram a ser vistas nos aeroportos brasileiros: salas lotadas e passageiros revoltados.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que recebeu cerca de 500 reclamações de passageiros em relação à Gol neste período. O resultado foi a aplicação de uma multa estimada em R$ 2,2 milhões contra a companhia, valor que pode ser ainda maior, já que o prazo para as queixas ainda está aberto.
Quatro dias depois de a companhia afirmar, em comunicado, que os atrasos de voos e a multa da Anac devem ter pouco impacto no resultado do terceiro trimestre, a Gol divulgou seu balanço dos três meses anteriores. O resultado apontou para um prejuízo de R$ 52 milhões acumulado entre abril e junho, puxado, principalmente, por um aumento das despesas.
Após divulgar seu balanço pela manhã, a Gol enfrentou mais um problema à tarde. A empresa contrariou os trabalhadores e se recusou a assinar um acordo proposto pelo Ministério do Trabalho no qual se comprometia a pagar uma multa diária de R$ 100 mil se não sanasse supostas irregulariedades na escala da equipe.
Foi a gota d'água para os trabalhadores. Sem uma resposta positiva da empresa para suas reivindicações, eles se reuniram em assembleia na sexta-feira e declararam "estado de greve". Agora, podem interromper as atividades a qualquer momento. A decisão é uma forma de pressionar a empresa a ser mais flexível na próxima reunião com o Ministério do Trabalho, no dia 20.
Os principais pedidos da equipe da Gol são o fim de jornadas de trabalho excessivas e questões salariais. Os funcionáriios querem que a empresa pague o plano de saúde, oferecido pela companhia, mas custeado integralmente pelos empregados. Eles também reivindicam aumento salarial e equiparação da folha de pagamento entre pessoas que ocupam os mesmos cargos dentro da empresa, entre outras questões.
Política de recursos humanos será revisada
A Gol afirmou que respeita a legislação trabalhista e o sistema de escalas da categoria. A companhia disse que não assinou o acordo com o Ministério do Trabalho porque ele definia uma multa não existente na regulação do setor.
A empresa também admitiu que vai reestruturar sua política de recursos humanos e melhorar a escala de trabalho até o fim do ano. As mudanças serão baseadas em pesquisa feita neste ano com 67% dos seus 18 mil funcionários sobre um plano corporativo de melhorias. Iniciativas como a revisão do seguro de vida e a implantação de uma política de ensino de idiomas já foram concluídas, de acordo com a companhia.
Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: AE
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