domingo, 11 de abril de 2010

Milhas: Não perca pontos

Promoções e descontos podem facilitar a troca de milhas por passagens, mas é preciso conhecer bem as regras dos programas de fidelização de cada companhiaFicar atento às complexas regras de resgate das companhias aéreas é um dos segredos para se dar bem no mercado de fidelização do setor. As promoções relâmpago são muito comuns: a Gol permite resgate a partir de 10 mil pontos, mas frequentemente reduz esse limite para 8 mil. No ano passado, por exemplo, uma ação de marketing permitiu o resgate de qualquer trecho dentro do Brasil com apenas 2 mil pontos.

– É preciso estar sempre muito atento se quiser aproveitar ao máximo as vantagens. A cada dois dias, eu vasculho os sites à procura de promoções. Além disso, mantenho meus dados atualizados para receber por e-mail os informes mais importantes – recomenda o engenheiro Cláudio Creitchmann.

Nenhum resgate é possível, entretanto, sem estar cadastrado nos programas de fidelidade – tanto nas empresas aéreas quanto nas unidades parceiras, como supermercados, postos de gasolina e administradoras de cartões de crédito. Além disso, é recomendável acompanhar de perto o lançamento de pontos conquistados no extrato da sua conta e verificar a validade deles – nas duas principais companhias do país, os pontos ou milhas podem ser resgatados em prazos que variam de um a quatro anos.

Para pontuar, as regras são complexas. No caso de compra de passagens aéreas, cada trecho da Gol rende o equivalente à quantidade de milhas da viagem realizada para o programa Smiles. O mínimo de pontuação por trecho é de mil milhas, mesmo que a distância percorrida seja menor. Além disso, quatro faixas diferentes garantem acréscimos de 25% a 100% na quantidade de milhas conquistadas.

Na TAM, os três tipos de cartão (branco, azul e vermelho) oferecem pontos com regras diferentes: para voos internacionais, depende da classe escolhida. Nos voos domésticos, variam de 20% a 150%, de acordo com o valor da tarifa.

O especialista em aviação André Castellini, consultor da Bain & Company, alerta que uma das formas de rentabilidade dos programas é justamente a falta de resgate de pontos por parte dos clientes. O mercado avalia que perto de 30% das milhas caducam e voltam às empresas de aviação. Para Castellini, os planos de fidelidade se transformaram inclusive em ferramentas indispensáveis para a saúde financeira das empresas.

– São fundamentais porque as companhias faturam em três frentes: na margem de negociação de créditos entre as empresas parceiras, no giro de capital que o sistema proporciona e no volume de créditos que ainda não são resgatados – diz.

Mais novas companhias do mercado, a OceanAir e a Azul enfrentam a concorrência como podem. Na OceanAir, o programa de fidelidade Amigo dá mil pontos para cada trecho voado dentro do Brasil. A cada 10 mil pontos, uma passagem. A empresa, porém, tem poucos destinos e só opera no mercado doméstico. Os pontos também devem ser trocados em no máximo dois anos. A vantagem é que a empresa permite que uma conta seja compartilhada por até cinco pessoas, desde que da mesma família.

A Azul, por sua vez, aposta em descontos para melhorar sua performance: a cada tarifa comprada, o usuário recebe um crédito de 5% do valor da compra. A partir de R$ 50, pode usar os créditos para comprar bilhetes ou para ganhar descontos. Não há prazo de validade nem limite de crédito.

Fonte: Zero Hora - Imagem: Arquivo do Blog NSA

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