O governo brasileiro garantiu à França lucros importantes com as exportações de armamentos em 2009. Enquanto os gastos militares no planeta sofreram uma freada no ano passado diante da crise financeira, as vendas francesas ao mundo tiveram uma alta de 21%, atingindo 7,95 bilhões de euros.
Quase metade das vendas em 2009 é referente a contratos fechados pelos franceses para as exportações de quatro submarinos ao Brasil. Para este ano, o contrato com o Brasil é mais uma vez a esperança dos franceses, que nunca conseguiram exportar a nenhum mercado seu caça Rafale, fabricado pela empresa Dassault.
Os dados são da Direção Geral de Armamentos da França, entidade governamental ligada ao Ministério da Defesa. Em 2008, as vendas de Paris haviam atingido 6,58 bilhões de euros. No final de 2008, os dois países anunciaram que haviam fechado um acordo de 3,7 bilhões de euros para a compra de quatro submarinos de ataque Scorpène. O acordo foi assinado no ano passado. O governo alemão havia oferecido uma proposta com preço inferior ao que foi oferecido pela França.
Para 2010, o governo francês indica que a meta é de obter exportações ainda superiores às taxas de 2009. Mais uma vez, o Brasil promete ser a grande esperança, com a compra de 36 aviões Rafale. Ontem, em uma coletiva de imprensa em Paris, o diretor-geral do órgão governamental, Jacques de Lajugie, indicou que a França espera "com serenidade" a decisão do governo brasileiro sobre os caças.
Os franceses teriam oferecido um desconto. Dos US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) iniciais, o contrato ficaria em US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O valor inicial era considerado muito alto e o governo brasileiro exigiu a redução para garantir a compra e confirmar que a França é seu parceiro militar estratégico.
Os Emirados Árabes Unidos também negociam a compra do avião com os franceses, mas nos últimos anos a tentativa de Paris de exportar seu caça fracassou em todas as ocasiões.
Ontem o governo francês indicou a compra de 60 caças de sua própria empresa, além de gastos em outros equipamentos. Em 2009, a França gastou 19,3 bilhões de euros para se rearmar.
A França é hoje o quarto maior exportador de armas do mundo, superado por Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. O país vinha perdendo espaço, mas com a retomada das vendas, a meta é atingir 10 bilhões de euros em vendas no médio prazo. A França comemora ainda as vendas para a Rússia de um navio militar anfíbio. A encomenda russa tem alarmado as ex-repúblicas soviéticas.
Fonte: Jamil Chade (Estadão)
Quase metade das vendas em 2009 é referente a contratos fechados pelos franceses para as exportações de quatro submarinos ao Brasil. Para este ano, o contrato com o Brasil é mais uma vez a esperança dos franceses, que nunca conseguiram exportar a nenhum mercado seu caça Rafale, fabricado pela empresa Dassault.
Os dados são da Direção Geral de Armamentos da França, entidade governamental ligada ao Ministério da Defesa. Em 2008, as vendas de Paris haviam atingido 6,58 bilhões de euros. No final de 2008, os dois países anunciaram que haviam fechado um acordo de 3,7 bilhões de euros para a compra de quatro submarinos de ataque Scorpène. O acordo foi assinado no ano passado. O governo alemão havia oferecido uma proposta com preço inferior ao que foi oferecido pela França.
Para 2010, o governo francês indica que a meta é de obter exportações ainda superiores às taxas de 2009. Mais uma vez, o Brasil promete ser a grande esperança, com a compra de 36 aviões Rafale. Ontem, em uma coletiva de imprensa em Paris, o diretor-geral do órgão governamental, Jacques de Lajugie, indicou que a França espera "com serenidade" a decisão do governo brasileiro sobre os caças.
Os franceses teriam oferecido um desconto. Dos US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) iniciais, o contrato ficaria em US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O valor inicial era considerado muito alto e o governo brasileiro exigiu a redução para garantir a compra e confirmar que a França é seu parceiro militar estratégico.
Os Emirados Árabes Unidos também negociam a compra do avião com os franceses, mas nos últimos anos a tentativa de Paris de exportar seu caça fracassou em todas as ocasiões.
Ontem o governo francês indicou a compra de 60 caças de sua própria empresa, além de gastos em outros equipamentos. Em 2009, a França gastou 19,3 bilhões de euros para se rearmar.
A França é hoje o quarto maior exportador de armas do mundo, superado por Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. O país vinha perdendo espaço, mas com a retomada das vendas, a meta é atingir 10 bilhões de euros em vendas no médio prazo. A França comemora ainda as vendas para a Rússia de um navio militar anfíbio. A encomenda russa tem alarmado as ex-repúblicas soviéticas.
Fonte: Jamil Chade (Estadão)
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