Imagem da câmera do robô mostra o braço robótico e a areia fina onde está preso
Depois de seis anos rodando no planeta vermelho, o jipe-robô Spirit, da Nasa, não será mais um explorador móvel. A Nasa passa a considerar o robô uma "plataforma científica fixa", depois de meses de esforços infrutíferos para libertá-lo de um atoleiro de areia.
A principal função do robô, nas próximas semanas, será preparar-se para enfrentar o inverno marciano. Se o Spirit sobreviver às condições climáticas adversas, continuará a fazer ciência a partir de sua posição final.
"Spirit não morreu, apenas entrou numa nova fase de sua longa vida", disse, em nota, Doug McCuinstion, diretor do programa de exploração de Marte da Nasa. "Parece que a localização atual do Spirit em Marte será seu local finla de descanso".
Há dez meses, o Spirit estava dirigindo-se para o sul quando suas rodas romperam uma superfície compacta de areia, e passaram a girar em falso no pó fino abaixo.
Desde então, cientistas na Terra vinham buscando uma estratégia para liberar o robô, incluindo o uso de um simulador em uma caixa de areia no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, na Califórnia.
A aproximação do inverno marciano, no entanto, forçou uma mudança de estratégia. Nos próximos meses, a disponibilidade de energia solar para o robô vai diminuir, e deverá tornar-se insuficiente em meados de fevereiro.
Os pesquisadores pretendem usar as próximas semanas para melhorar a inclinação do robô, apontando os painéis solares mais para o norte, onde o So ficará no inverno, permitindo que o robô continue a receber alguma energia e possa comunicar-se com a Terra.
Entre as atividades científicas que o robô estacionário deverá desempenhar, está acompanhar as pequenas irregularidades na rotação de Marte, o que poderá fornecer pistas sobre o interior do planeta. Esse experimento requer o acompanhamento constante, via rádio, da posição de um mesmo ponto da superfície marciana.
Fonte: estadao.com.br - Foto: NASA
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