


O eletricista Adriano Kartnei, 32 anos, dono da aeronave, e o vigilante Carlos Ferreira Santos, 38, chegaram a sobrevoar cerca de dois metros acima da água, a aproximadamente 300 metros da praia de Periperi, quando o ultraleve pendeu para o lado esquerdo, bateu uma das asas na superfície da água e caiu de bico.
Os dois foram resgatados por pescadores e encaminhados para o Hospital João Batista Caribé. Adriano saiu ileso e Carlos sofreu ferimentos leves. Eles deixaram o hospital após atendimento.
"Tínhamos consertado (a aeronave) e estávamos testando os comandos", relatou Adriano, o "comandante" do projeto. "Tínhamos flutuado mais ou menos da altura de uma porta, mas ventava muito e batemos com a asa esquerda na água“, contou. “Comprei esse ultraleve há cerca de seis anos de um engenheiro, já morto, que o construiu. Não é um avião, é um ultraleve feito no quintal“, conta o aprendiz de Santos Dumont, que diz ter sido campeão de um concurso de aeroplanos em 2007.
Ele apelidou a aeronave, de prefixo PU-DAS, motor rotax 100 HP, de Jaburu. "É o nome de uma ave que voa perto da água", explica. Carlos, o companheiro de Adriano, disse que fazia o voo por "curtição". “Fiquei muito assustado na hora, pensei que estava morto”, disse. “Já sofri uns quatro acidentes como esse, mas ainda vou comprar meu avião“, contou.
De acordo com o suboficial Paulo Bondan, do 2º Serviço de Investigação da Aeronáutica (SERIPA-2), que inclui Bahia, voar sem permissão não é crime, mas uma contravenção penal, conforme legislação da Aeronáutica aplicada pela ANAC. “O que agente alerta é que outras pessoas não façam isso”.
Fonte: Vitor Rocha e Sidnei Matos (A Tarde Online) - Fotos: Robson Mendes (Correio da Bahia)
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