O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), sediado em frente ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se dispôs na terça-feira (2) a colaborar com a Aeronáutica e com a companhia aérea Air France oferecendo suporte técnico às investigações das causas do acidente com o Airbus A330, que desapareceu na madrugada de segunda-feira (1º) quando sobrevoava o oceano Atlântico.
A afirmação é do diretor técnico e coordenador da área de segurança do SNEA, Ronaldo Jenkins. Com 38 anos de experiência, Jenkins é o mais antigo investigador de acidentes aéreos em atuação no país. Ele, no entanto, não arriscou nenhuma teoria sobre a queda do avião.
"Por enquanto, as possíveis causas dependem da imaginação de quem investiga. Se o sujeito tem muita imaginação, poderá ter mais palpites. Se não, terá menos. Acompanhamos o trabalho de resgate dos destroços e recuperação da caixa-preta, não temos no sindicato nenhuma informação privilegiada, nem vamos arriscar palpites".
Segundo Jenkins, este foi o primeiro acidente nesta rota desde o início da era dos jatos, em 1960 - em 1973, um avião da Varig, depois de sair do Rio, partiu-se ao aterrissar na França, no Aeroporto de Orly - o que torna a investigação mais relevante para a aviação civil mundial, na sua avaliação.
O especialista ressaltou que é importante, agora, encontrar a caixa-preta, que prefere chamar de "gravador de voz". Ele, no entanto, não acredita que, nela, se encontrem as razões do acidente.
"O gravador de voz ajuda na análise de uma série de fatores, mas só revela como a tripulação entendeu a situação que estava vivendo", explicou. "Ela a tripulação é treinada a enfrentar problemas em simuladores e está preparada para as eventualidades durante o voo. Neste caso, penso que a situação foi muito drástica e rápida, a tripulação não deve ter tido tempo para reagir."
Na opinião de Jenkins, uma possível pane parcial do sistema elétrico, raios e turbulências não seriam, isoladamente, suficientes para derrubar o Airbus. "A chamada zona de convergência tropical sempre existiu próximo à linha do equador. Nesta época do ano, deveria estar mais acima, no Hemisfério Norte, mas não pode ter causado o acidente. Raio não pega avião, passa por ele, porque avião no ar obviamente não faz o ponto terra que a descarga do raio procura. E a pane elétrica, se aconteceu, foi entre a aeronave e os computadores da empresa que monitoram a situação de voo".
Sem arriscar fazer qualquer especulação sobre a possibilidade de haver sobreviventes, Jenkins disse que, se houver, "vamos achá-lo e ouvir o que aconteceu".
Terça-feira (2), surgiu mais uma história de alguém que deixou de embarcar no voo AF447, da Air France. A publicitária Vera Marci Cano, que deveria ter embarcado no domingo (31) para Paris, seguiu segunda-feira (1º) à tarde para a capital francesa. Segundo ela, não foi uma questão de pressentimento. Vera disse que estava em Porto Alegre e decidiu passar a noite ali antes de embarcar para o Rio de Janeiro e seguir para o exterior. "Não sei o motivo, mas resolvi ficar em Porto Alegre no domingo. Não foi nenhum aviso. Senti isso como uma coisa normal. Às vezes, faço isso. Marco um voo e depois desmarco, gosto até de marcar na última hora", relatou. A publicitária ficará dois meses em Paris, trabalhando e estudando.
Fonte: Agência Brasil via Terra
A afirmação é do diretor técnico e coordenador da área de segurança do SNEA, Ronaldo Jenkins. Com 38 anos de experiência, Jenkins é o mais antigo investigador de acidentes aéreos em atuação no país. Ele, no entanto, não arriscou nenhuma teoria sobre a queda do avião.
"Por enquanto, as possíveis causas dependem da imaginação de quem investiga. Se o sujeito tem muita imaginação, poderá ter mais palpites. Se não, terá menos. Acompanhamos o trabalho de resgate dos destroços e recuperação da caixa-preta, não temos no sindicato nenhuma informação privilegiada, nem vamos arriscar palpites".
Segundo Jenkins, este foi o primeiro acidente nesta rota desde o início da era dos jatos, em 1960 - em 1973, um avião da Varig, depois de sair do Rio, partiu-se ao aterrissar na França, no Aeroporto de Orly - o que torna a investigação mais relevante para a aviação civil mundial, na sua avaliação.
O especialista ressaltou que é importante, agora, encontrar a caixa-preta, que prefere chamar de "gravador de voz". Ele, no entanto, não acredita que, nela, se encontrem as razões do acidente.
"O gravador de voz ajuda na análise de uma série de fatores, mas só revela como a tripulação entendeu a situação que estava vivendo", explicou. "Ela a tripulação é treinada a enfrentar problemas em simuladores e está preparada para as eventualidades durante o voo. Neste caso, penso que a situação foi muito drástica e rápida, a tripulação não deve ter tido tempo para reagir."
Na opinião de Jenkins, uma possível pane parcial do sistema elétrico, raios e turbulências não seriam, isoladamente, suficientes para derrubar o Airbus. "A chamada zona de convergência tropical sempre existiu próximo à linha do equador. Nesta época do ano, deveria estar mais acima, no Hemisfério Norte, mas não pode ter causado o acidente. Raio não pega avião, passa por ele, porque avião no ar obviamente não faz o ponto terra que a descarga do raio procura. E a pane elétrica, se aconteceu, foi entre a aeronave e os computadores da empresa que monitoram a situação de voo".
Sem arriscar fazer qualquer especulação sobre a possibilidade de haver sobreviventes, Jenkins disse que, se houver, "vamos achá-lo e ouvir o que aconteceu".
Terça-feira (2), surgiu mais uma história de alguém que deixou de embarcar no voo AF447, da Air France. A publicitária Vera Marci Cano, que deveria ter embarcado no domingo (31) para Paris, seguiu segunda-feira (1º) à tarde para a capital francesa. Segundo ela, não foi uma questão de pressentimento. Vera disse que estava em Porto Alegre e decidiu passar a noite ali antes de embarcar para o Rio de Janeiro e seguir para o exterior. "Não sei o motivo, mas resolvi ficar em Porto Alegre no domingo. Não foi nenhum aviso. Senti isso como uma coisa normal. Às vezes, faço isso. Marco um voo e depois desmarco, gosto até de marcar na última hora", relatou. A publicitária ficará dois meses em Paris, trabalhando e estudando.
Fonte: Agência Brasil via Terra
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