quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ministro francês afirma que dados sobre acidente são transparentes

As autoridades francesas negaram hoje que estejam escondendo informações a respeito do acidente com o Airbus A330-200 da Air France, que caiu na noite de domingo no Oceano Atlântico. De acordo com o ministro de Relações Exterior da França, Bernard Kouchner, foi constituído, no seu país, um gabinete responsável pela investigação do acidente, que concede entrevistas diárias com informações sobre o desenvolvimento das buscas pela aeronave.

Kouchner explicou que as investigações estão a cargo do Bureau de Inquérito e Análise, órgão independente responsável pela investigação de acidentes aéreos.

Questionado sobre a possibilidade de que o acidente tenha sido causado por uma bomba a bordo, Kouchner afirmou que há várias hipóteses para o caso, mas que ainda faltam provas contundentes sobre as verdadeiras razões para a queda do avião. "Não temos evidência, não temos prova. É possível (que tenha sido um atentado)? Sim. É uma das hipóteses, mas nós não sabemos e nenhuma possibilidade pode ser afastada", afirmou.

O ministro francês contou, inclusive, que tinha ficado sabendo, havia cerca de uma hora, que um helicóptero brasileiro tinha recolhido os primeiros destroços do avião. "Acabei de saber disso assim que liguei para o comitê de crise, em Paris", disse.

Mais cedo, alguns familiares de passageiros da aeronave acidentada criticaram o governo francês pela falta de informações. Nelson Faria Marinho, cujo filho de 40 anos era um dos passageiros, afirmou que as autoridade francesas divulgam menos informações do que poderiam.

"É lamentável. É claro que estão deixando de passar informações, mas as coisas vão vir a tona cedo ou tarde", criticou, revelando que haverá um encontro entre os familiares dos passageiros do voo da Air France com familiares das vítimas do voo da TAM que explodiu em Congonhas, após sair da pista, em 2007.

Fonte: Rafael Rosas (Valor Online)

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