Segundo a agência de notícias Yonhap, citando uma fonte não identificada do governo da Coreia do Sul, o país lançou um outro míssil de curta distância, na manhã desta quarta-feira, no mar do Japão. A medida voltou a desagradar mesmo a aliados, como a Rússia, que considerou inevitável que o Conselho de Segurança da ONU aprove "uma resolução contundente" contra o país, enquanto os Estados Unidos ameaçam com sanções próprias, afirmando que o regime comunista deve pagar o preço por seus atos.
Autoridades de Pyongyang, disseram, na terça-fera, que os testes, condenados unanimemente pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), visam "fortalecer a força dissuasiva nuclear para a autodefesa" do país.
Segundo informações de um jornal sul-coreano, satélites espiãos dos Estados Unidos detectaram indícios de que a Coreia do Norte também reativou a planta nuclear de Yongbyon, da era soviética.
O Tesouro dos Estados Unidos disse, na terça-feira, que estuda sanções financeiras próprias contra a Coreia do Norte. Segundo uma autoridade, o país ainda tem acesso limitado ao sistema financeiro internacional, e o Tesouro dos EUA ainda tem "vasta autoridade" para tomar decisões para isolar o país asiático.
- Nós estamos revendo nossas opções com relação a isso - acrescentou a autoridade.
Na terça-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, negou que a comunidade internacional esteja intimidada pela série de testes nucleares e lançamentos de mísseis que vem sendo realizada pela Coreia do Norte desde segunda-feira. E foi além: disse que o governo de Pyongyang vai "pagar" se prosseguir com o que considerou "atos provocadores e desestabilizadores" e que violam resoluções internacionais.
- Se a Coreia do Norte quer continuar realizando testes e provocando a comunidade internacional, deverá pagar um preço, já que a comunidade internacional é clara: isto não é aceitável - disse Rice à rede de TV CNN.
Os testes violam a resolução 1718 da ONU, adotada em outubro de 2006, após o primeiro teste atômico realizado pelo governo norte-coreano, no mesmo ano. A resolução proíbe o regime comunista de conduzir qualquer teste nuclear ou de mísseis.
Potências globais querem novas punições ao país e o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu apoio aos vizinhos da Coreia do Norte. Susan disse que as sanções poderiam "tomar formas muito diferentes", incluindo as econômicas.
- Nós estamos unidos, a Coreia do Norte está isolada e a pressão na Coreia do Norte vai aumentar - disse Rice ( Governo brasileiro condenou o teste ).
Fontes: O Globo (com agências internacionais)
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quarta-feira, 27 de maio de 2009
Coreia do Norte faz novo lançamento de míssil
A forte pressão internacional que se seguiu após o teste nuclear e de mísseis realizados na segunda-feira não foi suficiente para que o país desistisse de fazer novos lançamentos na terça e também na quarta-feira (noite de terça-feira em Brasília).
Soldados norte-coreanos participam de evento para celebrar o sucesso do segundo teste nuclear realizado pelo país
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