As tarifas aéreas subiram 36,15% de janeiro a novembro do ano passado, segundo cálculos da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Trata-se da primeira alta na comparação anual desde 2005.
Na avaliação do órgão regulador, o aumento de preços é reflexo da falta de concorrência no setor. TAM e Gol representam mais de 90% do mercado doméstico. A inflação do período foi de 5,6%.
A agência considerou a variação do “yield” médio (indicador da aviação que relaciona o preço médio pago por quilômetro voado), que chegou a R$ 0,61 no ano passado, em mais de 50 rotas, como a ponte aérea Rio -São Paulo e voos realizados a partir de Congonhas. Segundo a Anac, as tarifas praticamente voltaram ao patamar de 2002.
Para Marcelo Guaranys, diretor da agência, além da variação do preço do querosene de aviação e da valorização do dólar, o resultado mostra que o setor precisa de mais concorrência. "Em 2002, o setor ainda sofria os efeitos da entrada da Gol no mercado. Depois disso, diversas empresas pararam de operar e as outras companhias correram para tentar ocupar esse espaço.
Esse movimento chegou ao fim em 2007 e com a alta do combustível as empresas começaram a repassar para os preços." Guaranys ressalta que, como a agência não pode regular tarifas, os instrumentos para minimizar a alta de preços são as novas regras para o uso do aeroporto de Congonhas, a abertura do Santos Dumont e a liberação dos preços de passagens em voos internacionais.
Impacto do petróleo
O presidente do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, diz que os dados não mostram a concentração do setor.
"Não sei se os números estão certos, mas o mercado já era concentrado antes disso e houve queda de preços. O que teve impacto foi a alta do petróleo", disse Mollo. Em 2007, o "yield" caiu 28,10%.
"Falta concorrência no país. Se houvesse uma disputa real, mesmo em um cenário mais complicado as empresas buscariam outra forma de resolver o problema", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação. Segundo ele, em 2009 as empresas menores estão mais preparadas para enfrentar a crise porque algumas dispõem de uma parcela expressiva de frota própria.
Para a equipe de análise da Planner, o "yield" deve voltar a cair no segundo trimestre por conta da baixa temporada e da política de descontos agressivos das companhias.
Além disso, no começo do ano o preço do querosene de aviação teve queda de 16,76%. No ano passado, o querosene chegou a subir 35% até julho, mas encerrou o ano com queda de 3,71%. Segundo a Planner, a correlação entre a alta do preço do combustível e das passagens é ainda maior em voos que saem de Congonhas.
Fonte: Folha News via UAI
Na avaliação do órgão regulador, o aumento de preços é reflexo da falta de concorrência no setor. TAM e Gol representam mais de 90% do mercado doméstico. A inflação do período foi de 5,6%.
A agência considerou a variação do “yield” médio (indicador da aviação que relaciona o preço médio pago por quilômetro voado), que chegou a R$ 0,61 no ano passado, em mais de 50 rotas, como a ponte aérea Rio -São Paulo e voos realizados a partir de Congonhas. Segundo a Anac, as tarifas praticamente voltaram ao patamar de 2002.
Para Marcelo Guaranys, diretor da agência, além da variação do preço do querosene de aviação e da valorização do dólar, o resultado mostra que o setor precisa de mais concorrência. "Em 2002, o setor ainda sofria os efeitos da entrada da Gol no mercado. Depois disso, diversas empresas pararam de operar e as outras companhias correram para tentar ocupar esse espaço.
Esse movimento chegou ao fim em 2007 e com a alta do combustível as empresas começaram a repassar para os preços." Guaranys ressalta que, como a agência não pode regular tarifas, os instrumentos para minimizar a alta de preços são as novas regras para o uso do aeroporto de Congonhas, a abertura do Santos Dumont e a liberação dos preços de passagens em voos internacionais.
Impacto do petróleo
O presidente do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, diz que os dados não mostram a concentração do setor.
"Não sei se os números estão certos, mas o mercado já era concentrado antes disso e houve queda de preços. O que teve impacto foi a alta do petróleo", disse Mollo. Em 2007, o "yield" caiu 28,10%.
"Falta concorrência no país. Se houvesse uma disputa real, mesmo em um cenário mais complicado as empresas buscariam outra forma de resolver o problema", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação. Segundo ele, em 2009 as empresas menores estão mais preparadas para enfrentar a crise porque algumas dispõem de uma parcela expressiva de frota própria.
Para a equipe de análise da Planner, o "yield" deve voltar a cair no segundo trimestre por conta da baixa temporada e da política de descontos agressivos das companhias.
Além disso, no começo do ano o preço do querosene de aviação teve queda de 16,76%. No ano passado, o querosene chegou a subir 35% até julho, mas encerrou o ano com queda de 3,71%. Segundo a Planner, a correlação entre a alta do preço do combustível e das passagens é ainda maior em voos que saem de Congonhas.
Fonte: Folha News via UAI
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