Europa é a primeira região do mundo a autorizar o uso do aparelho
A tecnologia ainda precisa ser aprimorada e vai demorar para o serviço estar plenamente difundido, mas a permissão para o uso de celular a bordo dos aviões na Europa, na semana passada, já provoca polêmica.
A União Européia foi a primeira região do mundo a acabar com as restrições, que até então eram impostas com o argumento de que os sinais poderiam interferir nos equipamentos de bordo dos aviões. De acordo com os reguladores europeus, além de não provocar interferências, o celular pode servir como uma proteção contra o terrorismo. O maior problema, contudo, não são os terroristas, mas os passageiros tagarelas. O uso generalizado de celulares poderá acabar com um dos poucos refúgios públicos de tranqüilidade.
Mas, por enquanto, a preocupação é apenas européia. Nos Estados Unidos, o uso é proibido por dois órgãos reguladores: da aviação e de telecomunicação. No Brasil, também existe a proibição, mas a chegada do empresário David Neeleman, americano nascido no Brasil, ao mercado talvez possa acelerar a corrida tecnológica em céus nacionais. O fundador da JetBlue, que pretende lançar uma companhia no Brasil em janeiro do ano que vem, é um apaixonado por tecnologia. Os aviões da nova empresa, jatos E-195 da Embraer, serão equipados com um sistema de televisão ao vivo, disponível em monitores individuais em cada assento. A JetBlue foi a primeira companhia a oferecer esse serviço no mundo, em 2005. Hoje, a JetBlue está testando o uso de internet e de troca de e-mails em aparelhos como Blackberry.
A TAM diz que iniciou estudos para a implementação de telefonia celular e internet a bordo. “Estamos também em contato com as agências reguladoras das referidas áreas (Anac, de aviação, e Anatel, de telecomunicações) para discutir o assunto”, afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.
A Gol ainda não tem planos de oferecer o serviço, mas pretende esperar o aprimoramento das tecnologias para fazer qualquer investimento. “A tecnologia está em processo de mutação e estamos em um momento de definição sobre qual será a melhor tecnologia para os próximos anos. É difícil prever quando vamos introduzir qualquer desses serviços”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, em uma entrevista recente ao Estado.
Na Europa, a AirFrance é a primeira companhia aérea européia a oferecer o serviço de telefonia, em parceria com uma empresa chamada OnAir, especializada em telefonia a bordo de aviões. Mas a companhia francesa está tendo o cuidado de testar a preferência do consumidor. Faz uma série de testes e pesquisas para saber se a preferência é apenas pelo serviço de texto ou se texto e voz.
Os testes começaram em dezembro. Por três meses, foi possível mandar e receber mensagens de texto e e-mails. No início de abril, começou a segunda fase, com o serviço de voz.
Para poder fazer ou receber chamadas, basta ao usuário ter acordos de roaming. A ligação é cobrada normalmente na conta do celular - e não sai barato. O minuto do roaming a 39 mil pés custa 3.
A Lufthansa decidiu que não pretende oferecer o serviço. A empresa disse que tomou a decisão após passageiros manifestarem claramente a insatisfação com a possibilidade de serem incomodados com a conversa no assento ao lado.
Para receber sinal em pleno vôo, os aviões precisam estar equipados com uma espécie de “mini torre” de celular, conectada a um satélite, que, por sua vez, fará a ligação com as redes terrestres. O comandante do vôo terá o poder de ligar e desligar o serviço quando achar necessário.
Fonte: Mariana Barbosa (O Estado de S.Paulo)
A tecnologia ainda precisa ser aprimorada e vai demorar para o serviço estar plenamente difundido, mas a permissão para o uso de celular a bordo dos aviões na Europa, na semana passada, já provoca polêmica.
A União Européia foi a primeira região do mundo a acabar com as restrições, que até então eram impostas com o argumento de que os sinais poderiam interferir nos equipamentos de bordo dos aviões. De acordo com os reguladores europeus, além de não provocar interferências, o celular pode servir como uma proteção contra o terrorismo. O maior problema, contudo, não são os terroristas, mas os passageiros tagarelas. O uso generalizado de celulares poderá acabar com um dos poucos refúgios públicos de tranqüilidade.
Mas, por enquanto, a preocupação é apenas européia. Nos Estados Unidos, o uso é proibido por dois órgãos reguladores: da aviação e de telecomunicação. No Brasil, também existe a proibição, mas a chegada do empresário David Neeleman, americano nascido no Brasil, ao mercado talvez possa acelerar a corrida tecnológica em céus nacionais. O fundador da JetBlue, que pretende lançar uma companhia no Brasil em janeiro do ano que vem, é um apaixonado por tecnologia. Os aviões da nova empresa, jatos E-195 da Embraer, serão equipados com um sistema de televisão ao vivo, disponível em monitores individuais em cada assento. A JetBlue foi a primeira companhia a oferecer esse serviço no mundo, em 2005. Hoje, a JetBlue está testando o uso de internet e de troca de e-mails em aparelhos como Blackberry.
A TAM diz que iniciou estudos para a implementação de telefonia celular e internet a bordo. “Estamos também em contato com as agências reguladoras das referidas áreas (Anac, de aviação, e Anatel, de telecomunicações) para discutir o assunto”, afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.
A Gol ainda não tem planos de oferecer o serviço, mas pretende esperar o aprimoramento das tecnologias para fazer qualquer investimento. “A tecnologia está em processo de mutação e estamos em um momento de definição sobre qual será a melhor tecnologia para os próximos anos. É difícil prever quando vamos introduzir qualquer desses serviços”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, em uma entrevista recente ao Estado.
Na Europa, a AirFrance é a primeira companhia aérea européia a oferecer o serviço de telefonia, em parceria com uma empresa chamada OnAir, especializada em telefonia a bordo de aviões. Mas a companhia francesa está tendo o cuidado de testar a preferência do consumidor. Faz uma série de testes e pesquisas para saber se a preferência é apenas pelo serviço de texto ou se texto e voz.
Os testes começaram em dezembro. Por três meses, foi possível mandar e receber mensagens de texto e e-mails. No início de abril, começou a segunda fase, com o serviço de voz.
Para poder fazer ou receber chamadas, basta ao usuário ter acordos de roaming. A ligação é cobrada normalmente na conta do celular - e não sai barato. O minuto do roaming a 39 mil pés custa 3.
A Lufthansa decidiu que não pretende oferecer o serviço. A empresa disse que tomou a decisão após passageiros manifestarem claramente a insatisfação com a possibilidade de serem incomodados com a conversa no assento ao lado.
Para receber sinal em pleno vôo, os aviões precisam estar equipados com uma espécie de “mini torre” de celular, conectada a um satélite, que, por sua vez, fará a ligação com as redes terrestres. O comandante do vôo terá o poder de ligar e desligar o serviço quando achar necessário.
Fonte: Mariana Barbosa (O Estado de S.Paulo)
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