Nesta terça-feira, ex-presidente da Infraero depôs por mais de três horas sobre o caso.
De acordo com delegado, causa principal da tragédia foi a colocação de um dos manetes.
O delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, titular do 27º Distrito Policial de São Paulo, afirmou nesta terça-feira (22) que o inquérito sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM deverá ser concluído antes que a tragédia complete um ano. "Em junho estará concluído com certeza", disse ao G1. O documento poderá apontar as causas do acidente.
“Não foi apenas um fator. Mas o fator principal é o manete na posição de aceleração”, revelou Barbosa. De acordo com ele, um dos manetes do A320 estava na posição de aceleração máxima, enquanto o outro estava no reverso, responsável pelos freios da aeronave.
Mas o delegado ressalta que a conclusão não implica, necessariamente, em culpa dos pilotos. "O grande questionamento, que talvez não cheguemos a responder, é se essa posição foi devido a um erro humano ou a uma falha mecânica”, afirmou.
Depoimentos
Nesta tarde, o ex-presidente da Infraero, Brigadeiro José Carlos Pereira, foi ouvido por mais de três horas no 27ºDP, que concentra as investigações sobre o acidente com o vôo 3054.
De acordo com o delegado titular, o brigadeiro confirmou que uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) proibia pousos de aviões com defeito no reverso no Aeroporto de Congonhas quando a pista estava molhada.
“Vários pontos foram aclarados. O mais importante é sobre a norma da ANAC, que proibia pouso com reverso ‘pinado’”, afirmou o delegado. “Ele (Pereira) entende que a norma valia”, completou Barbosa.
Ainda de acordo com o delegado, a norma teria sido elaborada em março de 2006, em uma reunião da ANAC com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). No mesmo ano, em dezembro, ela foi referendada. “Todavia, não foi respeitada”, afirmou Barbosa.
Pereira chefiava a Infraero em 17 de julho de 2007, quando ocorreu o acidente. No mesmo dia, por causa da chuva, a pista do aeroporto havia sido fechada e foi liberada minutos antes do pouso do A320 que fazia o vôo 3054. Depois de tocar o solo, o avião seguiu até sair da pista, sobrevoou a avenida ao lado e chocou-se contra um prédio da TAM. No total, 199 pessoas morreram no acidente. O brigadeiro deixou o cargo semanas após a tragédia.
O delegado Barbosa disse ainda que até esta terça-feira (22) 35 pilotos foram ouvidos. Além deles, deram depoimentos à polícia sobre o caso diretores e o presidente da TAM, controladores de vôo e funcionários da Infraero.
A presidente da ANAC na época, Denise Abreu, também foi ouvida. De acordo com o delegado, o depoimento dela foi tomado através de cartas precatórias encaminhadas a Brasília, atendendo a um pedido dos advogados que alegaram ser na capital federal a residência da ex-presidente da autarquia.
Fonte: G1
De acordo com delegado, causa principal da tragédia foi a colocação de um dos manetes.
O delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, titular do 27º Distrito Policial de São Paulo, afirmou nesta terça-feira (22) que o inquérito sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM deverá ser concluído antes que a tragédia complete um ano. "Em junho estará concluído com certeza", disse ao G1. O documento poderá apontar as causas do acidente.
“Não foi apenas um fator. Mas o fator principal é o manete na posição de aceleração”, revelou Barbosa. De acordo com ele, um dos manetes do A320 estava na posição de aceleração máxima, enquanto o outro estava no reverso, responsável pelos freios da aeronave.
Mas o delegado ressalta que a conclusão não implica, necessariamente, em culpa dos pilotos. "O grande questionamento, que talvez não cheguemos a responder, é se essa posição foi devido a um erro humano ou a uma falha mecânica”, afirmou.
Depoimentos
Nesta tarde, o ex-presidente da Infraero, Brigadeiro José Carlos Pereira, foi ouvido por mais de três horas no 27ºDP, que concentra as investigações sobre o acidente com o vôo 3054.
De acordo com o delegado titular, o brigadeiro confirmou que uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) proibia pousos de aviões com defeito no reverso no Aeroporto de Congonhas quando a pista estava molhada.
“Vários pontos foram aclarados. O mais importante é sobre a norma da ANAC, que proibia pouso com reverso ‘pinado’”, afirmou o delegado. “Ele (Pereira) entende que a norma valia”, completou Barbosa.
Ainda de acordo com o delegado, a norma teria sido elaborada em março de 2006, em uma reunião da ANAC com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). No mesmo ano, em dezembro, ela foi referendada. “Todavia, não foi respeitada”, afirmou Barbosa.
Pereira chefiava a Infraero em 17 de julho de 2007, quando ocorreu o acidente. No mesmo dia, por causa da chuva, a pista do aeroporto havia sido fechada e foi liberada minutos antes do pouso do A320 que fazia o vôo 3054. Depois de tocar o solo, o avião seguiu até sair da pista, sobrevoou a avenida ao lado e chocou-se contra um prédio da TAM. No total, 199 pessoas morreram no acidente. O brigadeiro deixou o cargo semanas após a tragédia.
O delegado Barbosa disse ainda que até esta terça-feira (22) 35 pilotos foram ouvidos. Além deles, deram depoimentos à polícia sobre o caso diretores e o presidente da TAM, controladores de vôo e funcionários da Infraero.
A presidente da ANAC na época, Denise Abreu, também foi ouvida. De acordo com o delegado, o depoimento dela foi tomado através de cartas precatórias encaminhadas a Brasília, atendendo a um pedido dos advogados que alegaram ser na capital federal a residência da ex-presidente da autarquia.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário