quinta-feira, 27 de março de 2008

Nova empresa brasileira começa a voar em 2009 com jatos Embraer

Até 2013, companhia terá uma frota de 76 jatos Embraer 195.

Empresa diz que há espaço para terceira companhia aérea de grande porte no Brasil.

Na foto: David Neeleman com uma réplica do jato Embraer 195 (Divulgação)

A nova empresa aérea brasileira que está sendo criada pelo presidente da companhia norte-americana JetBlue, David Neeleman, começará a operar vôos domésticos em janeiro de 2009. A companhia usará aviões da Embraer e terá seu nome escolhido pelos internautas, através do site http://www.voceescolhe.com.br/.

A empresa diz que, em cinco anos, pretende voar para as principais cidades do Brasil. Ele prometeu mais vôos sem escala entre as cidades brasileiras fora da rota Rio-São Paulo. Em relação aos preços, Neeleman diz que haverá flexibilidade.

“Nós pensamos que os preços estão altos demais”, diz. “Nossa meta é estimular os 150 milhões de passageiros em potencial que viajam em ônibus interestaduais, assim como aqueles que deixam de voar por não contarem com alternativas convenientes de transporte."

Ele anunciou a encomenda de 36 jatos Embraer 195, mais 20 aeronaves em opção de compra e outras 20 com direito a compra. O valor total da encomenda pode chegar a US$ 3 bilhões, caso todas as opções sejam confirmadas.

Até 2013, a companhia deverá servir as principais cidades brasileiras, com uma frota de 76 jatos da Embraer 195. As primeiras serão entregues em dezembro.

Na configuração escolhida pela nova empresa, os Embraer 195 terão 118 poltronas dispostas em quatro assentos por fileira, posicionados dois a dois, sem poltrona do meio.

A empresa diz que as aeronaves contarão com mais espaço entre as fileiras do que qualquer outra empresa aérea brasileira. Todos os assentos serão revestidos em couro ecológico. A nova empresa também quer ser a primeira na América Latina a oferecer TV ao vivo, em monitores individuais, através da instalação de um sistema via satélite.

Em relação aos serviços, a empresa diz que o passageiro poderá escolher a hora de comer e beber. Serão oferecidos bolachas, salgadinhos, doces e outros snacks.

Concorrência

Ele diz que a empresa está “preparada para a guerra”, por ser a segunda empresa mais capitalizada da história da aviação, com US$ 150 milhões, atrás apenas da Virgin.

“Estamos preparados para a guerra, mas não acredito que isso vá acontecer”, diz. No início, devem trabalhar na empresa cerca de 400 pessoas. Mas quando a companhia chegar a 70 aviões, serão até 6.000 pessoas.

“Acreditamos que há espaço para uma terceira empresa aérea de grande porte no Brasil. Acreditamos que há um potencial de tráfego não servido que permite a exploração do mercado tanto por nossa empresa como pelas concorrentes”.

Fonte: G1

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